quinta-feira, 5 de novembro de 2015

AVIÃO RUSSO/SINAI: OS EUA SERÃO PARTE INTERESSADA?


1 – Reparem como se faz manipulação e como actuam os responsáveis  políticos, neste caso norte-americanos e ingleses, a propósito da queda, há dias, de um avião comercial russo na península do Sinai (Egipto), causando a morte de mais de 200 pessoas.

Durante o dia de ontem – terça-feira, 4 de Novembro – os meios de comunicação dos Estados Unidos da América e da Europa noticiaram a uma só voz que *um responsável norte-americano – curiosamente não identificado, seria quem, o Presidente, o chefe da CIA, o director do departamento governamental X – considerou «altamente provável» que a explosão de uma bomba tenha sido a causa da queda do avião russo da MetroJet no Egipto*.

Uma reviravolta para lançar mais confusão, o mesmo anónimo precisa:
"Não estou a dizer que é uma afirmação definitiva sobre o que aconteceu".

Em que factos é que se baseiam para «achar»?

Nicles.


Só se for no complemento da notícia: *O ramo do grupo extremista Estado Islâmico assumiu a responsabilidade pela queda do Airbus A231 da companhia russa MetroJet, no sábado, no Egipto, que provocou a morte a 224 pessoas, mas não especificou como o fez*.

Na mesma altura que se divulga a notícia provinda do *responsável norte-americano*, já um novo despacho é lançado de Londres…e Washington.

Cita-se: *Governo britânico teme que o acidente com avião russo tenha sido causado por uma bomba e quer investigar antes de deixar partir aviões.

*O Reino Unido e os Estados Unidos suspeitam que o avião que se despenhou no Egito, na Península do Sinai, caiu devido a um engenho explosivo. Depois de o Reino Unido ter decidido suspender todos os voos Sharm el-Sheik com destino ao país, devido a estas fortes suspeitas, a CNN avança que os últimos relatórios dos serviços secretos norte-americanos apontam também para a explosão de uma bomba ter causado a queda do avião russo, com 224 pessoas a bordo.

Fonte dos serviços secretos disse à CNN que, embora não existam conclusões oficiais, a investigação aponta para a existência de uma bomba colocada pelo grupo Estado Islâmico ou por um grupo afiliado.

Uma porta-voz de Downing Street, a residência oficial do primeiro-ministro britânico, confirmou a medida de suspensão dos voos, considerada "provisória", à imprensa local: "Enquanto a investigação prossegue não podemos afirmar categoricamente a razão pela qual se despenhou o avião russo. Mas à medida que mais informação vai sendo conhecida, ficámos mais preocupados com a hipótese de ter sido um engenho explosivo a provocar a queda do avião. À luz deste facto, e como medida de precaução, decidimos que os voos que deveriam partir de Sharm el-Sheik para o Reino Unido esta noite seriam atrasados. Isto dará tempo a que uma equipa de especialistas britânicos, que neste momento estão em viagem para Sharm, avalie os procedimentos de segurança no aeroporto e identifique se mais alguma acção é necessária. Esperamos que esta avaliação fique completa esta noite".

O governo admitiu que a medida poderá ser "preocupante" para os britânicos de férias no 'resort' e para aqueles que têm viagens marcadas para Sharm el-Sheik, aconselhando os cidadãos a entrar em contacto com as companhias aéreas e operadores turísticos.

Segundo o jornal Telegraph,  o primeiro-ministro britânico, David Cameron, estará presente ainda esta quarta-feira numa reunião convocada de urgência para debater a matéria*.

2 – Como se pode verificar é uma mão cheia de nada.

Apenas suposições.

Na realidade, tudo pode ter sucedido: abate por míssil, bomba, sequestro, falha técnica ou mesmo erro humano.

Mas qual a razão desta mistificação. 

Por razões de pura propaganda política, para instigar veneno sobre a presença militar russa na Síria.

Pensemos agora de outra maneira.

Entremos nós na especulação.

Se foi um míssil ou bomba quem os utilizou?


Quem fornece os mísseis ou quem permite que uma bomba, com as medidas de segurança que existem hoje se coloque no interior do aparelho?

Um míssil para atingir um avião a voar a mais de nove mil metros teria de ser de certa complexidade, superior aos terra-a-terra que atingem, mais ou menos, cinco quilómetros.

Ora, afirmamos nós: esses mísseis, aparentemente na posse do Exército Islâmico, teriam de ser fornecidos, encobertos ou legalmente, apenas pelas potências que promovem e fomentem aquela formação nebulosa?

Pela sua complexidade, os fornecedores (governos – e só são fornecidos com o assentimento das mais altas instâncias do poder) apenas os utilizam através de indivíduos que lhe são, rigorosamente, afectos.

Mas a pergunta pode ser mais complexa ou rebuscada, se quiserem, mas mais do que nunca numa investigação terá de ser feita.

Se suspeitam, se acham, se sabem ou admitem, não poderá ser porque estão metidos no acto monstruoso?

Dos Estados Unidos da América ou da Inglaterra, já tudo será de esperar.


Basta atentar sobre o realizar ao longo destas décadas: assassinatos de governantes de outros países, mortes provocadas indiscriminadamente de cidadãos do seu país, raptos e sequestros de oposicionistas dentro e fora dos Estados Unidos ou de Inglaterra.

Com a assinatura secreta dos seus máximos dirigentes.

Espero que desta vez a queda do avião russo tenha sido, somente, por falha técnica ou erro humano.


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