quarta-feira, 21 de outubro de 2015

OS MONSTROS QUE GOVERNAM OS ESTADOS UNIDOS

1 – Foi publicado, recentemente, nos Estados Unidos da América um livro de Bob Woodward, antigo jornalista do *Washington Post*, intitulado «The Last of President´s Men» (O último dos homens do Presidente), em que Alexander Butterfield, um dos principais assessores do falecido Chefe de Estado norte-americano Richard Nixon dá a conhecer parte da faceta pessoais presidenciais, bem como dados de documentos confidenciais dos quatro anos que passou com aquele na Casa Branca.

O ex-assessor de Nixon descreve-o como *solitário, vingativo e traiçoeiro, torpe e inseguro ao ponto de atingir a paranóia*. Uma pessoa capaz de *estratégias perversas* e *obsessivamente secreta*, acrescenta.




Na década de 70 do século passado, Woodward, conjuntamente com Carl Bernstein, então ambos jornalistas do diário *Washington Post, denunciaram o papel de Richard Nixon no chamado «escândalo Watergate», que levou à sua demissão.

Um dos documentos citados no livro agora editado, refere-se a um pequeno episódio, com data de Janeiro de 1972, no qual o falecido Presidente protesta junto do então seu assessor de segurança nacional, mais tarde Secretário de Estado, Henry Kissinger, porque os bombardeamentos norte-americanos sobre o Vietname do Norte não tinham conseguido *nada de nada*.

Uns dias antes, perante a Nação sustentava que *os resultados tinham sido muito, muito eficazes*.

Mas, mais tarde, por razões de política interna - estava em causa a sua reeleição -, mandou reforçar, indiscriminadamente, com milhares de mortos, os bombardeamentos contra as populações do Vietname.


A este respeito, o seu antigo assessor político Butterfield refere, agora, no livro que Nixon *mentiu* perante os norte-americanos.

Este mesmo assessor sublinha também que Richard Nixon, que ele apelida de *pobre homem, miserável*, maltratava, abertamente, a sua mulher Pat, na frente dos seus colaboradores.

Colaboradores estes, bem como a sua própria Administração, que permitiam, pelo que se retira das declarações de Butterfield, que Nixon fosse um *mulherengo*, assediando as próprias jovens funcionárias da Casa Branca.

Um relato exemplar da cumplicidade vergonhosa dos que depois denunciam: Numa viagem de helicóptero *quando Nixon convidou uma secretária em minissaia a sentar-se ao pé dele. A secretária – confessa o ex-assessor – sentou-se entre o assessor presidencial e o mandatário e este começou a apalpar-lhe as pernas enquanto falava com a comitiva que seguia na aeronave*.

2 – Os trechos atrás citados foram retirados da imprensa norte-americana e inglesa.

O livro ganha relevância na fase actual da campanha eleitoral para a Presidência dos Estados Unidos da América.

Não porque revele dados muito desconhecidos da vida do falecido Chefe de Estado norte-americano, mas, principalmente, porque nos leva a questionar como governam os principais dirigentes dos EUA.

O caso de Nixon não é isolado. Pelo que conhece, actualmente, dos seus antecessores e sucessores, verifica-se que era – e é - uma prática comum na actividade política dos governos norte-americanos.

O mais idolatrado Presidente do poder político e económico norte-americano John Kennedy é o protótipo de monstro que representou o regime mais corrupto do Mundo.

Com Kennedy, a Casa Branca funcionou como bordel, tanto para o Presidente, como para com a sua mulher Jacqueline, apresentada, exteriormente, como uma *primeira dama* recatada.

Como artistas de +alterne+, John Kennedy – sabe-se agora - *mercadejou sexo* com Angie Dickenson, Kim Novak, Janet Leigh, Jean Simmons, Jayne Mansfield e Marilyn Monroe, entre outros casos *amorosos*, sempre escondidos pela grande imprensa do país..e pela Casa Branca.



Jacqueline, a sua esposa, respondeu-lhe na mesma maneira. São conhecidos e badalados os casos com o actor William Holden, o artista Bill Walton e o multimilionário Aristóteles Onassis, com quem, aliás, veio a casar, após o assassinato do Presidente.

Claro que estes casos, aparentemente, são do domínio do moral.

Mas mostra o cinismo do moralismo da classe dirigente que propaga, aos sete ventos, a sua conduta balizada pelo matrimónio religioso monogâmico, quando os *vícios* encobertos se transformavam em segredo de Estado.

Outros Presidentes, antes e depois, lhe seguiram as pisadas.

Todavia, a sua faceta de monstros criminosos a dirigirem uma superpotência é que deve ser denunciada e transmitida à população norte-americana e mundial.

São os *assassinatos políticos* planeados na Casa Brança, pelos próprios Presidentes, contra Chefes de Estado ou de governo de países que não concordavam, ou fugiam à tutela férrea do capitalismo norte-americano, e, efectuados ou dirigidos por sicários contratados pelos serviços secretos ou por estruturas diplomáticas da Secretaria de Estado, como os casos de Patrice Lumumba (Congo), Rafael Trujillo (República Dominicana), Ngo Dinh Diem (Vietname do Sul), Karim Kassen (Iraque), Salvador Allende (Chile), René Schneider (general chileno, ex-CEME), entre muitos outros.
Ngo Dinh Diem assassinado e funeral do general Schneider 

Para não falar nas numerosas tentativas falhadas para assassinar Fidel Castro, o antigo Chefe de Estado cubano, onde alguns dos seus executantes seriam *soldados* da Máfia norte-americana, onde estava inserido o próprio Kennedy e a família.

Não esquecer os casos de utilização de produtos químicos para utilização, como venenos ou substâncias alucinogénas, quer individualmente, que em massa sobre figuras e personalidades políticas e/ou conjunto de pessoas tidas como *dissidentes* da política instalada em Washington/Casa Branca.

Ou o controlo da produção e comercialização de drogas quer a partir do Vietname/Laos/Cambodja ao Afeganistão, bem como os crimes de guerra efectuados um pouco por todo o Mundo: Médio-Oriente, Extremo-Oriente e mesmo na Europa.


As torturas no Iraque

Não esquecendo, antigamente, como agora a prática generalizada de tortura, prisões ilegais e execuções indiscriminadas, sob uma pretensa luta contra *o terrorismo* interno e externo, decretada e mantida *secretamente* pela chancela dos Presidentes.





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