segunda-feira, 23 de março de 2015

A CORRUPÇÃO PAPAL QUE FEDE


1 - A hipocrisia papal ultrapassa todas as medidas.

O Chefe da Igreja Católica Romana foi, no passado sábado a Nápoles, Itália, e fez uma acirrada crítica à Máfia local, ele, como chefe de gangue, que vive da lavagem de dinheiro e do branqueamento de capital daquela instituição criminosa há dezenas de anos.

Numa chamada «vista pastoral», o homem que dirige a maior instituição capitalista corrupta do Mundo ocidental, a par da Wall Street norte-americana, o Banco do Vaticano, tem a lata de proferir com a maior desfaçatez: *A corrupção fede e a sociedade corrupta fede. Um cristão que deixa entrar a corrupção em si, não é cristão, fede*.

"Caros napolitanos, - falou, enchendo o peito balofo e corrupto de ar - não deixem que roubem suas esperanças. Não cedam à tentação de dinheiro fácil. Reajam com firmeza às organizações que se aproveitam e corrompem os jovens, os pobres, os necessitados, com o cínico comércio da droga e com outros crimes. Não deixem que a juventude seja aproveitada por essa gente", criticou Francisco.

Bento XVI e o chefe político da Máfia, Giulio Andreotti

Merecia somente o desprezo este paleio papal se não fosse grave a corrupção mafiosa que percorre todo o sistema católico: financeiro, social e, até político!!!!

3 – Desde os tempos do Papa Paulo VI, que se tem conhecimento documental da ligação directa do Vaticano com a MÁFIA.

O principal conselheiro económico do desaparecido Sumo Pontífice da Igreja Católica Apostólica Romana chamava-se Michele Sindona e era o elo de ligação entre as Máfias italiana e norte-americana e o IOR, o Banco do Vaticano, controlando parte do sistema financeiro daqueles nos Estados Unidos.

Foi *suicidado* numa prisão de máxima segurança de Itália, naturalmente à ordem dos seus patrões – laicos e religiosos.

Estávamos nos tempos da falência do banco da Igreja Católica de Milão, o Ambrosiano, cujo Presidente Roberto Calvi foi enforcado numa ponte em Londres, em 1982, cuja investigação policial veio a demonstrar que foi estrangulado num terreno baldio localizado perto e depois pendurado para que se admitisse como tendo sido um suicídio.

De todo o processo – judicial e parlamentar – italiano veio a conclui-se que o Banco Ambrosiano, cujo acionista dominante era o IOR, o banco central da Santa Sé, era um dos principais meios de lavagem de dinheiro da MÁFIA, e apoiava a manobras golpistas e terroristas da loja maçónica Propaganda Due – P2, onde pontificavam alguns dos principais cardeais, políticos, comandantes das unidades militares, dos serviços secretos e das finanças e policiais.

(Roberto Calvi era um homem de confiança do Papa Paulo VI, desde os tempos que ele fora o arcebispo primaz de Milão).

3 – Durante o reinado do Papa João Paulo II, o Banco do Vaticano foi um instrumento privilegiado da interpenetração do capital católico com o capital judeu de Wall Street.

Foi dos fundos do IOR que o Papa Paulo II utilizou, indiscriminadamente e sem prestar contas, mais de 300 milhões de euros, em associação com a Administração norte-americana, para sabotar a ligação da Polónia à antiga União Soviética.

Ligação que ainda hoje se mantém com os principais actuais dirigentes polacos.

4 – Os temas laudatórios de todos os Papas contra a corrupção são sempre desmentidos ao longo destes anos pelas auditorias e investigações (forenses ou judiciais).

Após a falência do Ambrosiano e de uma hipotética bancarrota do IOR, o Papa de então, ainda João Paulo II, socorreu-se dos bancos da OPUS DEI, nomeadamente, BBVA, SANTANDER, SABADELL, POPULAR, PASTOR e outros para refinanciar e gerir as finanças vaticanas.

Paulo VI e o fundador do OPUS DEI

O IOR – e os sistema bancários e de seguros seus associados – entrou no campo da pura especulação bolsista, que era apanágio do crescimento do lúmpen capital financeiro nos meandros sinistros e mafiosos da Santa Sé.

Na primeira década deste século, ascendeu, pois, no poderio bancário do Vaticano o OPUS DEI – com correspondência directa no aumentos dos seus hierarcas cardeais na Cúria.

É, neste intervalo, que para liderar o IOR é chamado um senhor chamado Ettore Gotti Tedeschi, que chefiava o SANTANDER em Itália.

Agudizam-se as *guerras* de poder nos corredores do Palácio Papal. Estava em causa o controlo de toda a corrupção e jogo de influência económica-política, não só em Itália, mas no mundo, incluindo os EUA.

Tedeschi elabora, então, um dossiê, que, formalmente, deveria ser secreto, mas que o jornal italiano Corriere dela Sera tornou público em Junho de 2012.


O relatório com cerca de 200 páginas, que enquadravam dezenas e dezenas de mails, apontamentos à mão, páginas de agenda com números precisos, locais de encontros e reuniões.

O jornal italiano refere mesmo que parte das informações vindas a público continuam contas cifradas dos grupos mafiosos que utilizaram o Banco do Vaticano, bem como dados assinalados sobre depósitos com chorudas comissões ilegais pagas por empresas a importantes funcionários internos e políticos italianos.

Ora, este dossiê que Tedeschi montara, para o caso de poder vir a ser *suicidado* veio a cair nas mãos da Justiça Italiana.
A Santa Sé ficou de calças na mão e actuou de imediato, com a arrogância, que lhe é habitual.

Emitiu mesmo um comunicado manifestado a *sua surpresa e preocupação*, mas fez valer logo as ameaças sobre a magistratura, sublinhando que espera que sejam tidas em conta «a máxima confiança nas prerrogativas soberanas reconhecidas à Santa Sé pela legislação internacional» e como tal essas prerrogativas, assinadas no tempo do fascista Mussolini, «sejam adequadamente respeitadas» pelas autoridades do país.

(Claro o aviso era para aqueles – autoridades - que recebiam os bónus dos envelopes da caridade papal).

O dossiê, sublinha o jornal italiano, contem todo um conjunto de documentos que mostram que o apadrinhamento da corrupção permanece dentro da Cúria romana e que Gotti Tedeschi se sentia impotente para modificar o estado de coisas.

Admitia que o IOR conteria um valor de cinco mil milhões de euros, que diziam respeito a umas 44  mil contas que não conseguiam ser controladas, pois estavam nas mãos de hierarcas eclesiásticos e muito poucas de entidades privadas.

Este dossiê já teria sido elaborado, depois do Papa, agora demissionário, Bento XVI ter emitido, em 2010, uma lei que exigia a transparência financeira, que não era posta em prática.

Tedeschi foi substituído pelo aristocrata alemão Ernest von Freyburg, membro proeminente de uma das Ordens mais secretas e endinheiradas da Igreja Católica, a Ordem de Malta.

Freyburg foi proposto pelos cinco cardeais que superintendem o IOR e provem do principal Estado financiador do Vaticano, a Alemanha.

Além do mais é o dirigente dos estaleiros controlados pelo dinheiro do Vaticano o «Blohm+Voss Group».

5 – Este trajecto de corrupção não é um desvio, inconsciente, de meia dúzia de sacerdotes que fugiram ao seu *catecismo* ideológico.

É uma acção, programada, estimulada e enquadrada desde sempre pela Igreja Católica desde que teve acesso directo ao poder económico – naturalmente ao político.

Está, perfeitamente, retratado por um dos seus homens da economia e das *batinas negras* corruptas que o fez público ao mandar entregar a sua documentação a um jornalista italiano anos atrás.

E o jornalista, Gianluigi Nuzzi, transformou esse desejo em livro, deu *voz* ao documentos de um fiel servidor da Igreja Católica Apostólica Romana.

Não era um mero sacerdote, era um alto dirigente da Cúria Papal e da administração do IOR. 

Chamava-se monsenhor Renato Dardozi, economista e homem dos grandes negócios vaticanistas.

Faleceu em 2003, e deu autorização de publicação do que sabia e tinha documentado, após a sua morte.

Nuzzi colocou parte em livro e chamou-lhe *Vaticano S.A.*, que saiu em 2009, sem qualquer desmentido formal do Papa, do IOR ou da própria Santa Sé.

Referindo-se ao Vaticano, Nuzzi escreve: "o silêncio protege toda a sua economia, e, portanto, também os negócios mais discutíveis que caracterizam a vida financeira da Igreja Roma. O silêncio protege a relação de confiança com os fiéis, evitando assim os estragos do passado mais recente. Enfim, o silêncio é indispensável para que o grupo de cardeais possa consolidar o poder que eles próprios representam, sobretudo, depois dos escândalos da Banca Privata Italiana, de Michele Sindona, do Ambrosiano, de Roberto Calvi e do IOR com o arcebispo Paul Marcinkus".

É a revista portuguesa Sábado, que sublinha já em Junho de 2012, o que continuam a serem "os negócios obscuros do banco secreto do Vaticano".

Acusando taxativamente: "Tem ligações à máfia, à política e às ilhas Caimão. Os titulares das contas são anónimos e tudo o resto é segredo. Uma das poucas coisas que se sabe é que aceita depósitos em barras de ouro".

6 – O novo Papa, um jesuíta, procurou mudar a estrutura dirigente do sistema financeiro do Vaticano, o IOR.

A grande penetração negocial dos jesuítas está centrada nas América e, curiosamente, na América do Norte. 

Eles têm bases accionistas e de poder nos grandes bancos dos Estados Unidos da América, e, em grande maioria, no sistema educacional, de saúde, e hospitalar de toda a região.

No conjunto, o Vaticano controla ou mexe os cordelinhos em cerca de 10 por cento do sistema bolsista especulativo internacional, cujo centro, apesar das mudanças que se estão a produzir no Mundo, está centrado em Wall Street.

Foi, precisamente, ao movimento especulativo bolsista que o actual Sumo Pontífice Francisco, o novo cara alegre de uma tentativa de lavagem da face negra e sinistra da corrupção papal, foi buscar, em Agosto de 2014, o francês Jean-Baptista de Franssu para Presidente excutivo do IOR.
Franssu era o directo executivo da INVESCO EUROPA e membro do comité de gestão da INVESCO Worldwide, são essencialmente magnates norte-americanos, mas, curiosamente, segundo o documento oficial desta empresa de especulação bolsista (Invesco Funds): é «um agrupamento de fundos de investimento aberto constituído ao abrigo das leis do Luxemburgo e harmonizado ao abrigo da Directiva do Conselho da EU 2009/65/CE».

Ou seja, a Santa Sé faz parte do mercado dos fundos de investimento e aposta na sua expansão.

Está a combater a corrupção? 

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Pope Francis pulls in George Pell over $700k office set-up

National Education Correspondent - Brisbane
FRUGAL Pope Francis has ­questioned Australian cardinal ­George Pell’s spending, ­according to Italy’s prestigious L’Espresso magazine.
The current affairs magazine has branded Cardinal Pell “the “Cardinal of luxury’’, claiming he last year spent half a million euros ($720,000) in six months setting up his new office after the Pope appointed him to reform Vatican finances.
It claims the Pope questioned Cardinal Pell about the cost, which included furniture, rugs, made-to-measure clothing and business-class flights.
The article, published yesterday, says the Pope was critical of an under-sink storage unit that cost €4600 and asked: “What, is it made of solid gold? Can you tell me how you managed to spend half a million euros?’’
According to the magazine, Cardinal Pell replied: “Your Holiness, trust me. I have purchased only what is needed. I know what I’m doing.’’
L’Espresso says Cardinal Pell — the former archbishop of Sydney — hired his “personal bursar’’, fellow Australian Danny Casey, on a tax-free monthly salary of €15,000.
“The monsignore wants the best for his protege,’’ the article says. “He even rented an apartment for €2900 per month in Via dei Coronari and has paid for quality furnishings for the office and the residence.’’
The bill, according to the ­report, included €33,000 for minor renovations, €7292 for “tapezzeria’’ (wallpaper or upholstery), and nearly €47,000 for furniture and wardrobes.
Mr Casey previously worked as the business manager for the Archdiocese of Sydney, organised World Youth Day 2008 in Sydney and managed the purchase and restoration of a pilgrim house, Domus Australia, in Rome. In his new Vatican position, Mr Casey is in charge of Cardinal Pell’s project management office.
At the time of his appointment last June, he said it had “taken many hours of prayer and reflection before making the decision to … relocate to Rome’’.
L’Espresso says the expenditure — which includes computers and office equipment — is “not bad for an entity that is not yet ­operational’’.
It says that in comparison, another Vatican office with five times more staff members spent €95,000 in the same period.
The article claims that Cardinal Pell regularly flies business class and spent $US1103 ($1585) on a flight from Rome to London last year.
“His travelling companion, the Australian priest Mark Withoos, paid only €274 for a seat on the same flight,’’ it says.
Cardinal Pell allegedly billed the Vatican €2508 for custom-made clerical clothing from the famed Gamarelli tailor — L’Espresso noted that the clergy usually “pay from their own ­pocket’’.
L’Espresso says the spending is notable given that Cardinal Pell has ordered a spending review across the Vatican to ensure money is spent helping the poor.
It says “the Australian’s gaffe” has irritated many in the church hierarchy.
Cardinal Pell ruffled feathers in December when he boasted that he had “discovered’’ hundreds of millions of euros that the Vatican had “tucked away’’.
Cardinal Pell and the Catholic Communication Office in Sydney did not respond in time for publication yesterday, and the Vatican refused to comment on theL’Espresso article.
artigo de um jornal australiano
Conversa de crianças. Cada vez mais corrupção, mais embrenhada na usura, mais enquadrada na vigarice financeira mundial.

A revista italiana *L´Espresso* publicou recentemente – Fevereiro - uma longa reportagem sobre as lutas de *galos* dos cardeais e confrades da instituição católica sobre o controlo do IOR.

Na revista é assinalado, com documentos internos, os posicionamentos dos hierarcas, não desmentido pelo porta-voz oficial do actual Papa, o padre Federico Lombardi, que procuram dominar as finanças do Vaticano.

Segundo a revista, estão frente a frente duas correntes, uma liderada pelo cardeal australiano George Pell – uma espécie de Ministro das Finanças papal – e outra tendo como cabeça visível Pietro Parolin, que é o Secretário de Estado do Vaticano.  

O editor do L´Espresso sublinhou, na sua justificação dos documentos, que as notícias publicadas provêem das actas da APSA  (o organismo papal que administra o património da Santa Sé), onde estão inseridos confrontos entre cardeais pela gestão do poder interno, do IOR, de hospitais estratégicos como o IDI.

A revista assinala ainda que o cardeal Pell tem um curriculum de cadastro, referenciado pelo governo australiano, quando era simples arcebispo de Sydney, como cúmplice da pedofilia que grassa na Igreja Católica da Austrália, tendo inclusive sido afastado do país e refugiar-se na Cúria, onde o Papa o elevou a cardeal.

L´Espresso denuncia que o cardeal Pell é um gastador de extravagantes sinecuras pessoais: utilizou 500 mil euros ao seu serviço, para comprar paramentos de último modelo, bem como móveis de luxo, além de ter instituído para si um salário de 15 mil euros/mês e viajar em classe executiva em aviões e em alugueres de pensões de luxo.
cardeal Pell e o actual Papa

A revista sustenta que fez esta reportagem, precisamente, para denunciar os falsos pregadores do combate à corrupção dentro do Vaticano.
  


quarta-feira, 11 de março de 2015

UCRÂNIA: O AVIÃO MALAIO ABATIDO DEIXOU DE SER ÚTIL?

1 – A 17 de Julho de 2014, as principais agências de informação ocidentais noticiavam que um avião da aviação civil da Malásia, que viajava de Amesterdão para Kuala Lumpur,  com 298 pessoas a bordo, teria sido abatido *por armamento sofisticado em terra ou no ar* na região leste da Ucrânia, apontando, com uma grande certeza, que o autor desse abate ter sido a Rússia.
cabine de avião malaio com tiros de metralhadora
Seguiu-se uma campanha de propaganda, tendo os Estados Unidos da América convocado, para a sexta-feira seguinte, o Conselho de Segurança das Nações Unidas continuando o dedo apontado à Rússia.
Através dos meios de comunicação social norte-americanos, que os solícitos congéneres portugueses seguiram de olhos fechados, como o então suplemento económico do Diário de Notícias, chamado *Dinheiro Vivo*, cujo director era um funcionário chamado André Macedo, agora director desse DN, reflectia em paragonas: *O governo dos Estados Unidos divulgou terça-feira imagens de satélite e outras provas que demonstravam que a Rússia treinou e equipou rebeldes ucranianos que, alegadamente, derrubaram o avião da Malaysia Airlines com 298 pessoas a bordo*.
E ressaltavam a propaganada norte-americana: *Jornais com o The Washington Post ou a cadeia de televisão CNN difundiram algumas imagens, terça-feira, por funcionários dos serviços secretos e não identificados.

Washington Post sustentou que o avião foi abatido por separatistas ucranianos

*Os funcionários citaram dados – prosseguia o suplemento liderado por André Macedo -  de, segundo o The Washington Post, sensores que seguiram a trajetória do míssil que, alegadamente, abateu o avião da Malaysia Airlines, marcas de estilhaços na aeronave, análise de conversas com os rebeldes em que assume a autoria do abate e fotos publicadas em redes sociais.

As fontes disseram ainda que os Estados Unidos detectaram o lançamento de míssil terra-ar no momento do acidente com o avião malaio e na zona leste da Ucrânia controlada pelos rebeldes pró-russos.

Os norte-americanos descartam também que as forças ucranianas sejam as responsáveis pelo abate do avião*.

Referiam, explicitamente, que o avião em causa teria sido abatido de território controlado pelos separatistas ucranianos com mísseis terra-ar de alcance médio da classe BUK.

(Tanto a Rússia como a Ucrânia estavam e estão na posse de mísseis daquele tipo, mas o seu manejamento e movimentação é facilmente referenciável).

2 – Os russos exigiram provas aos norte-americanos.

Assinalaram, inclusive, que as tinham porque havia satélites norte-americanos a passar no local no momento do abate.

Nunca as divulgaram…até hoje.

E, o caso para a democracia norte-americana, era de transcendência, porque se tratava, na sua douta apreciação de uma violação flagrante dos direitos humanos.

A 17 de Julho, o Estado Maior General das Forças Armadas russas deu uma conferência de imprensa – e cito da Agence France Presse - e apresentou fotografias de satélite e imagens de radar que sustentavam que um caça ucraniano SU-25 estava a uma distância de 3 a 5 km do Boeing da Malaysia Airlines pouco antes da queda do avião.

"Nós constatamos a presença de um avião ucraniano SU-25 voando em direção ao Boeing malaio que se encontrava a uma distância de 3 a 5 km. O Su-25 pode chegar a uma altitude de 10 mil metros e dispõe de mísseis terra-ar que podem disparar a até 12 km e garantir a destruição de um alvo a até 5 km", declarou o general o general Kartapolov, daquele Estado-Maior, durante uma conferência de imprensa no ministério russo da Defesa.

 Versão do Estado-Maior russo sobre  a presença de um avião militar ucraniano junto da aeronave malaia

"Nós nos perguntamos: qual o propósito de um caça estar voando naquela altitude ao mesmo tempo que um avião civil?", acrescentou.

O general lançou outros factores que podem acusar as forças ucranianas de ter disparado contra o Boeing que transportava 298 pessoas.

"Depois de Donetsk, o avião malaio mudou de direcção, saiu de seu corredor e desviou para a esquerda, até 14 km. Ele então tentou voltar para o seu corredor, mas não foi capaz de realizar essa manobra.

Às 17H20, houve uma queda significativa na velocidade e às 17H23 desapareceu dos radares dos controladores russos.

A pergunta é: porque estava fora de seu corredor, foi um erro do piloto ou uma ordem dos controladores ucranianos?", questionou

O general também disse que os mísseis terra-ar das forças ucranianas (BUK), capazes de derrubar um alvo a 35 quilômetros de distância, estavam posicionados perto de Donetsk no dia da catástrofe.

"Porque as forças ucranianas estavam lá e contra quem essas armas anti-aéreas estavam apontadas, enquanto todo mundo sabe que os combatentes (separatistas) não têm aviões?", prosseguiu.

E referiu que a Rússia não cedia mísseis sofisticados aos separatistas.

3 – Nove meses depois, a importância transcendente dos direitos humanos desapareceu da linguagem viperina dos dirigentes norte-americanos.

Verificamos que a guerra civil na Ucrânia continua, com o Exército de Kiev a capitular massivamente – talvez mais de quatro mil mortos, fora os prisioneiros e desertores.

Mas verifica-se que existem *Batalhões* formados por elementos pró-nazis, como o Azov e outros com militantes e apoiantes do Partido *Pravyy Sektor* (partido fascista que se diz seguidor do nazi ucraniano do tempo de Hitler, Stepan Bandera, cuja formação paramilitar actual se apelida de Assembleia Nacional Ucraniana de Auto-defesa-UNA-UNSO. Foi fundado por grupos como o Tridente (Tryzub) liderados por fascistas assumidos como Dmytro Yarosh e Andriy Tarasenko.

parte do batalhão Azov

Outros grupos militares actuantes, formando batalhões, são os *Patriotas da Ucrânia*, a +Assembleia Nacional-Socialista* «White Hammer».

Algumas dessas unidades, com muitos estrangeiros, foram integradas, directamente, no Ministério do Interior e destacadas para o leste, nomeadamente para Mariupol.

O objectivo actual do complexo industrial militar dos Estados Unidos, através dos seus legisladores e congressistas é dotar estes batalhões, com armas sofisticadas, e forçar uma guerra europeia contra a Rússia.

O seu mentor e expoente é o general norte-americano Philip Breedlove.

A ajuda militar, em armamento e homens, norte-americana está a entrar na Ucrânia, por via dos países europeus limítrofes, dependentes do dinheiro de Washington.

Uma propaganda desenfreada tem sido desenvolvida, como a desesperada do actual Presiddente Pryot Poroshenko, que há dias atrás, apareceu em Davos, (Fevereiro de 2015) a exibir documentos como sendo passaportes de soldados russos.

Quando lhe foi pedido pelo governo russo que lhes desse cópias dos citados passaportes, o tema desapareceu da agenda.

 

Poroshenko e os passaportes

4 – Chagamos novamente ao avião. 

Já passaram quase nove meses e não existe um inquérito oficial.

Os direitos humanos, segundo parece, não serviram para alguma coisa.





   

domingo, 8 de março de 2015

OS CRIMES SECRETOS DOS PRESIDENTES NORTE-AMERICANOS

1 –No passado dia 3, realizou-se em Moscovo o funeral de um oligarca judeu (convém referir este facto, pois adiante dissertaremos sobre ele) e deputado russo, assassinado dias atrás, junto à catedral de S.Basílio, em Moscovo, de nome Boris Nemtsov, de 55 anos, quando se passeava com uma jovem modelo ucraniana, de 23 anos, Anna Duritskaya.

De repente, a comunicação social ocidental, sem qualquer presença de *cabeça fria*, escreveu com toda a ligeireza, que o oligarca Nemtsov seria um honesto opositor russo, e, provavelmente, poderia ser sido assassinado a mando do poder político encabeçado pelo Chefe de Estado da Federação Russa, Vladimir Putin, lançou uma campanha desenfreada nesse sentido.

Claro que esta hipótese não pode ser descartada, porque as forças dominantes do poder russo agem, perante os opositores, com mão de ferro.

O sistema político russo, embora formalmente uma democracia parlamentar, é uma potência – em especial nuclear – e está numa concorrência feroz, sem meios-termos, com a sua homóloga norte-americana.

Mas voltemos a Boris Nemtsov e ao seu endeusamento ocidental.

Primeiro que tudo: era um oligarca, e, no sistema societário russo actual era esse o seu estatuto. Enriquecimento ilícito e fraudulento à custa do Estado.

Boris Nemtsov Yefimocich chegou a ser vice-primeiro-ministro da Federação Russa e ministro dos Petróleos e Energia de Boris Yeltsin, que esteve ligado às grandes privatizações do sector de que foi beneficiário directo.


Yeltsin e Nemtson

Tornou-se, em três tempos, um ultramilioniário, sendo, de entre outras grandes empresas, dono do banco Neftyanoi e Presidente do Conselho de Administração da empresa petrolífera Neftyanoi, que controlava, realmente, a instituição bancária.

Pertenceu a uma clique que dominou as fraudulentas privatizações do antigo poder soviético, sob a liderança do então secretário do Comité Central do PCUS Boris Ieltsin, que tinha como mentor um primeiro-ministro chamado Anatoly Chubais.

Dessa clique, que sacou a seu favor as riquezas e interesses económicos russos, contavam-se - ou ainda se contam - Mikhail Khodorkovsky, Alexei Navalny, Vladimir Bukovsky, Vladimir Milov, Vladimir Ryzhkov, Nikolai Gluchkov, Mikhail Freidman, Vladimir Gusinsky, Vladimir Potain, Alexander Vinogradov e Boris Abramovich Berezovsky, entre outros.

Ora, toda esta máfia, que viveu da antiga ordem soviética e se apoiou no bêbado e ignorante Ielstin, para fazer reverter as grandes empresas, desde as companhias de aviação, automóveis, petróleo, alta tecnologia, instituições bancárias para a esfera privada dos seus interesses pessoais, em ligação directa com o poder económico de Wall Street.

Todos eles eram ou são de origem judaica e alguns depois, ao serem desmascarados fugiram para Israel.

Quando Putin subiu, pela primeira vez ao poder, verificou, tal como o rei português D. João II, que o Estado russo somente *era dono das estradas*.

Naturalmente, apoiou-se numa parte do poder de Estado, em especial os antigos organismos de defesa de segurança, para fazer uma razia sobre uma parte significativa daqueles que roubaram, descaradamente, biliões de rublos.

Entre eles, estava Nemtsov, e, uma parte da máfia judia. 

Este foi um jogador.
Putin e Nemtson

Ao princípio, apoiou Putin, depois entrou em negócios com a Ucrânia e juntou-se ao então Presidente Viktor Yushchenko, de que se tornou assessor económico, contra Viktor Yanukovych, que veio a vencer, posteriormente, as eleições ucranianas.

(Uma curiosidade: o actual Presidente da Ucrânia Poroshenko foi ministro da Economia e Negócios Estrangeiros de Yushenko, e, depois ministro da Economia de Yanukovych. Tudo boas pessoas…).

As grandes dúvidas do Kremlin sobre o papel de Nemtsov nasceram em 2002, quando o seu nome aparece numa lista dos sequestradores da crise dos reféns do teatro de Moscovo com quem aqueles estavam dispostos a negociar.

Das investigações, as autoridades judiciais russas detectaram que as empresas daquele estavam ligadas a negócios obscuros, lavagens de dinheiro, transacções ilegais de Capital.

Foi preso e o chamado Ocidente transformou-o em *prisioneiro de consciência*, cujos principais fomentadores eram os senadores John McCain e Joe Lieberman, aquele ligado a Israel e o segundo judeu, abertamente lobista do Estado judaico, que foi candidato a vice-Presidente dos EUA.

Nemtsov disse ter abandonado, formalmente, os negócios e ter passado, apenas, a opositor político de Putin.

Continuou, todavia, na senda da oligarquia financeira, agora sem grande poder, pois nem sequer era deputado nacional, mas sim estadual.

Foi assassinado por ordem de Putin?

Não sei.

Temos de meditar sobre o seguinte: foi um assassínio, no meio do Kremlin, demasiado evidente de um opositor desacreditado.

Posso duvidar, todavia não ponho as mãos no fogo. 

Não sei as conexões de toda a escroqueria russa.

2 – A questão central que eu quero denunciar, todavia, é o papel sanguinário, arrogantemente mafioso, e, secretamente consistente de criminosos que todos os Presidentes dos Estados Unidos da América, depois da II Grande Guerra assumiram e levaram a efeito as maiores mortandades e assassinatos decididos na Sala Oval, sob as garras das suas agência de serviços secretos e de segurança.

Não só no estrangeiro, mas, igualmente, no seu território contra adversários políticos e contra chefes de Estado ou de governo que lhes eram adversos.

Não é especulação. Netsov fica fora deste sequema? Não o poderei afirmar. Tudo pode acontecer.

A política encoberta assassina dos lideres de Washington está inserto em documentos desclassificados.

Alguns transcritos em livros, que, praticamente, não mereceram uma linha nos nossos democratas grande órgãos de comunicação social.

Vou exemplificar com apenas um livro, saído à estampa em português em 2014, sob a chancela da Bertrand Editora e escrito por um jornalista e investigador italiano chamado Eric Frattini.

O livro intitula-se *CIA –Jóias de família*, e, curiosamente, tem prólogos de duas personalidades que sabem da poda: Jorge Silva Carvalho, ex-Director-Geral do Serviço de Informações Estratégicas de Defesa (SIED) e Jorge Descallar, ex-Director-Geral do Centro Nacional de Inteligência (CNI) de Espanha.

Do livro: “Na manhã de 9 de Maio de 1973, James Schlesinger, director da CIA, decidiu assinar uma «directiva» que ordenava a compilação num só relatório de todas as operações secretas ilegais realizadas pela instituição, tanto dentro como fora do território norte-americano.

Sem dúvida, Schlesinger, nomeado pelo Presidente Nixon DCI (Director of Central Intelligence) da CIA três meses antes, não sabia que estava a brincar com o fogo e que, sem dúvida, seriam muitos a queimar-se”, assim inicia Eric Frattini o seu livro.

Este relatório veio a revelar o papel de assassinos instituicionais de todos os Presidentes dos Estados Unidos desde Dwight D. Eisenhover, John F. Kennedy, Lyndon B. Johnson, e, assinala Frattini, Richard Nixon.

Mas os *serial killer* presidenciais continuaram com Carter, Gerald Ford, Jimmy Carter, Ronald Reagan, George H.W. Buh, Bill Clinton, George W. Bush até ao actual Barack Obama.

“Este livro – assinala Frattini a finalizar a sua introdução - é um resumo de algumas das 300 operações ilegais ou «actividades altamente voláteis»  (sublinhado meu) conduzidas pela CIA, tanto dentro como fora dos território dos Estados Unidos, e retiradas das 703 páginas tornadas públicas pela CIA”.

Foi Eisenhower quem enquadrou o sistema de assassinato e eliminação de opositores e de actuações criminosas, partindo da Casa Branca, com o assentimento dos Presidentes, mas sem que algo ficasse escrito ou implicasse directamente o chefe de Estado.

Cito um pequeno apontamento (pag. 67 do citado livro):

“William Colby – foi DCI da CIA – ouviu com atenção as intenções do presidente comandante-chefe dos EUA. Antes de abandonar a Sala Oval e quando Ford (Presidente que substituiu Nixon) já dera por terminada a conversa, o DCI decidiu dar mais um dado.

«-É certo que nós (a CIA) planeámos operações para assassinar dirigentes estrangeiros. Ainda que saibamos que não foram nunca levadas a cabo – atirou Colby, perante o olhar surpreendido do próprio presidente e dos seus assessores, Buchen, Marsh e Scowcroft».

O experiente director da CIA mencionou casos como o de Fidel Castro, de Cuba, Rafael Trujillo, da República Domicana; Patrice Lumumba, do Congo, o general Abdul Karim Kassem, do Iraque ou do caso do general Schneider, do Chile. De seguida, Colby despediu-se dos seus interlocutores e saiu da Sala Oval perante o silêncio sepulcral dos que estavam ali reunidos”.

Mas foi sob a supervisão do general Eisenhower, como Presidente, que a CIA é autorizada a criar uma Divisão Técnica que se vai refinar, ao longos dos anos, até hoje, como o centro promotor das maiores atrocidades humanas, merecedoras de serem julgadas em Tribunal Penal Internacional, nada ficando a dever às experiências e massacres dos SS e SS Wafen hitlerianos.

O homem que esteve à frente dessa Divisão, pelo menos até 1973, foi um ser semelhante ao sinistro Joseph Mengele alemão e teve, sempre, mas sempre, o assentimentos dos Chefes de Estado de Washington.

Esse homem era um judeu que modificou o seu nome inicial – Joseph Scnneider – para Sidney Gottlieb, licenciado em Química.

A sua Divisão veio a ser conhecida dentro da própria CIA, como a *Casa dos Horrores* e o «modesto» judeu apelidado pelos pares de *doutor Morte*.

Eis o relato, retirado dos documentos desclassificados, e escolhidos por Frattini:

«Pouco a pouco, o Doutor Morte foi ganhando nome dentro da comunidades dos serviços secretos, uma vez que Gottlieb era o cientista encarregado de desenhar e criar nas décadas de cinquenta e sessenta os venenos que seriam depois utilizados  pela CIA para assassinar um espião inimigo ou um Chefe de Estado ou de governo incómodo. Seria o responsável de fazer experiências com drogas  para tentar dominar  de possíveis inimigos, durante as operações Mkultra e MKSearch...

Documento oficial de autorização de envenenamento por LSD


«Por exemplo, Gottlieb financiou, coordenou e superintendeu diversas experiências de torturas realizadas sob apertada monitorização médica. Para tal reuniu um grupo de médicos, químicos e especialistas com ideias semelhantes às suas numa equipa +ultrasecreta+  e compacta. Sidney Gottlieb pagava aos seus colaboradores com fundos especiais da CIA que apenas ele geria. Para o cientista, o seu trabalho na CIA era vital para a segurança nacional dos EUA, e ele próprio via-se como parte integrante de uma grande engrenagem que serviu única e exclusivamente um só cliente: o presidente dos EUA e os seus interesses em qualquer ponto do planeta».

Gottlieb com Allen Dulles e o general Edward Lansdale

3 – Finalmente, um jornalista do New York Times Mark Mazzetti (10 de 2014)  que escreveu e escreve durante dezenas de anos sobre assuntos de guerra e *segurança nacional* dos Estados Unidos, sintetiza no seu livro, que lhe valeu o prémio Pulitzer,e que intitulou «Guerra nas Sombras – O Exército Secreto da CIA» denuncia o papel nefasto e criminoso das agências de informação e das Forças Armadas do país em todo o mundo, principalmente nos últimos 15 anos.

Citamos alguns extractos:* E assim como a CIA passou a assumir tarefas tradicionalmente associadas às Forças Armadas, como os espiões convertidos em soldados, o contrário também ocorreu. As forças armadas foram dispersadas pelos vãos escuros da política externa norte-americana com equipas de comando  conduzindo missões de espionagem que Washington nunca sonharia aprovar nos anos anteriores ao 11 de Setembro. Antes dos ataques, o Pentágono realizava pouquíssima espionagem humana e a CIA não tinha permissão oficial para matar (apenas encoberta – NM). Nos anos subsequentes, cada qual desempenhou ambas as funções e um binómio exército/inteligência surgiu para conduzir o novo estilo americano de guerra.


massacres norte-americanos no Afeganistão

Os contornos históricos das guerras do Afeganistão e do Iraque são hoje bem conhecidos. Mas, ao longo de mais de uma década, tem sido travada uma guerra separada e paralela, um reflexo sombrio das +grandes guerras+ iniciadas pela América após os ataques do 11 de Setembro. Numa guerra obscura conduzida à volta do globo, a América tem perseguido os seus inimigos por meio de robôs assassinos e tropas de operações especiais. Tem contratado sicários para estabelecer redes clandestinas de espionagem e confiou em ditadores temperamentais, serviços estrangeiros suspeitos e exércitos maltrapilhos que agem por procuração. Em locais onde os Estados Unidos não podiam mandar tropas para o solo, personagens marginais materializaram-se para desempenhar papéis de destaque, incluindo um oficial do Pentágono, fumador inveterado que juntou forças com uma figura da CIA dissidente do escândalo Irão-Contras para conduzir uma operação clandestina de espionagem no Paquistão e uma herdeira do clube de equitação da Virgínia, que ficou obcecada com a Somália e convenceu o Pentágono a contratá-la para apanhar membros da AL-Qaeda naquele país».

E mais à frente: “As fundações da guerra secreta foram lançadas por um presidente conservador do Partido Republicano e abraçadas por um esquerdista do Partido Democrata, que se enamorou daquilo que herdou”.