sexta-feira, 11 de julho de 2014

UCRÂNIA: HAVERÁ EM BREVE UM GENERAL INVERNO?


 1- O acto mais relevante de toda a mudança geo-estratégica mundial na zona de influência do chamado mundo ocidental capitalista depois da crise financeira norte-americana de 2007 teve o seu epílogo, em 2014, com a crise da Ucrânia.

Os centros de poder que se sustentavam, em supremacia, praticamente unilateral, sem contestação, no eixo capitalista financeiro especulativo Washington/Bruxelas/Londres acabaram.

E a argamassa militar que parece, ainda, sustentá-lo, a NATO, está a esboroar-se, dia após dia, com os senhores que pareciam deter todos os cordelinhos da geo-política unilateral, a meterem o "rabo entre as pernas", com mudanças subterrâneas de fidelidades, jogadas de tronco de governantes que antes "cuspiam fininho" e agora, alguns, por vezes, em surdina, já consideram que o que acontece na Europa não pode ser manobrada pelos Estados Unidos.

Para argumentar sobre tal decadência não podemos concentramo-nos, apenas, na aparente força castrense que representa a NATO, ou seja essencialmente os Estados Unidos da América, porque constituem, ainda, o maior Exército mundial

E isto porque essa força pode ter pés de barro - e tem-nos - porque ela custa, cada vez mais, dinheiro.

Em parte, a recessão que se faz sentir, profundamente, nos EUA, está ligada à sua voracidade por encher o seu Orçamento de militarismo e este está a destruir o país, como grande potência, porque se, aparentemente, se "mostra músculo" no exterior, o país está, na realidade, a definhar porque a sua produção nacional está em decréscimo acentuado.

Temos de analisar, desde os finais dos anos 90 do século passado, o conjunto das convulsões que atravessam as diferentes partes do planeta, os movimentos revolucionários e/ou nacionalistas que se deram, ainda antes daquela data, em várias partes do mesmo, verificar, com espírito analítico, o que representaram as evoluções geo-estratégicas, geo-económicas no Médio-Oriente, na Ásia, na própria Rússia, na União Europeia, e, acima de tudo, dentro dos Estados Unidos da América.




(A década de 90 foi toda ela marcada por grandes movimentações anti-capitalistas, embora sem um programa de poder alternativo ao sistema existente, cujos pontos relevantes foram os actos de Colónia, Alemanha, e de Seattle, EUA, em 1999.

Em 1993, já se tinham reunido cerca de 500 mil manifestantes em Bangalore, Índia. 

Em Maio de 1998, perto de 100 mil manifestantes, em Génova, Itália, obrigaram a mudar a cimeira dos G-8. Outras idênticas tiveram lugar em Londres, Praga- Rep. Checa e Quebeque- Canadá.

É também nesta década que a questão nacional na Europa envereda por um novo método de luta. 

O Sein Feinn, o principal e emblemático partido nacionalista irlandês, troca a luta armada, após conseguir amplo apoio popular, e, através da propaganda da batalha parlamentar ganha força no interior da Irlanda do Norte, primeiro, posteriormente, nos último anos, na própria República da Irlanda.

Situação que vai ser seguida, com avanços, contradições e resistências ineficazes do poder central madrilista, já neste século no País Basco e, de maneira menos violenta, na Catalunha.

Situações idênticas surgem na Escócia, na Bélgica, neste país é até um partido separatista interno o mais votado.

A realidade é que nenhuma desta *ânsia* nacionalista, embora haja uma política eurocéptica em Estados, caso do Reino Unido, - com as suas variantes -, pressupõe uma separação da UE, mas uma integração mais democrática nas suas instituições, caso da Escócia.

Em 1994, inicia-se, com o apoio directo dos EUA, a guerra da Bósnia.

Finda esta, Washington introduz uma nova destabilização na Europa com a conflito no Kosovo, em se inicia em 1996, com o financiamento e apoio monetário e castrense à chamada guerrilha-máfia kosovar, treinada pela CIA. 

Por esta altura, a influência imperial norte-americana concentra-se no corno de África e provoca a separação da Eritreia da Etiópia, que, já neste milénio se espalha ao Sudão. 

Em 1994, o controlo das matéria primas, em particular o lítio (essencial para a alta tecnologia electrónica), leva os norte-americanos a acirrarem uma guerra inter-étnica sanguenta e criminosa colocando vários países africanos frente a frente, de um lado, o Uganda, o Ruanda e o Burundi, onde pontifica o carniceiro agente da CIA Paul Kagamé, do outro a República Popular do Congo, Angola, Namíbia, o Zimbabué e o Tchade.

Um genocídio fomentado pelo lítio

Nessa década enquadrando-se ainda os inícios de dois conflitos de hoje que estão ligados, pelo mesmo fomentador, Washington, e seu cúmplice central, a Arábia Saudita, ao controlo geo-estratégico e o desenvolvimento dos conflitos actuais: 

- um, a chamada guerra na Tchétchénia, com seguimentos, claro noutras condições, na Ucrânia;

- o outro, a primeira guerra do Iraque, que se dilata no Líbano, no Afeganistão, na Síria, e, indirectamente, no Irão).

2 - A crise da Ucrânia não pode, portanto, ser vista como uma mera questão de democracia, mas, sim, acima de tudo, uma luta, sem tréguas e quase de olhos vendados, do imperialismo norte-americano para evitar um avanço maior independente da Europa (A UE não tem um Exército capaz e unificado!).

E de actuação, ao mesmo tempo, sobre a Rússia para desarticular o seu incremento na indústria petrolífera e de gás, procurando limitar, por um lado, o seu comércio em extensão, por outro, o alçamento da sua tecnologia na construção de pipelines e gasodutos, a grandes distâncias e a preços mais competitivos, fora do controlo das grandes multinacionais norte-americanas do sector.

O arrastamento da UE para um conflito com a Rússia tem o objectivo central de desfazer a unidade europeia e, ao mesmo tempo que produz desorientação dentro da própria União na busca de uma possível aliança geo-económica-política com aquela, e, paralelamente, com a China, para consolidar uma parceria cambial comum, que está em fase embrionária (irá levar anos, certamente), mas se tiver pernas para andar (e os primeiros indícios assim o apontam) irá menorizar o dólar nas trocas comerciais internacionais.

Ao mesmo tempo, obstaculizar um incremento trilateral, no mercado de matérias-primas da Rússia com a Europa, por um lado, e da Rússia com a China por outro.

Mas, antes de entrarmos, directamente, nesta análise, vejamos, pois, qual era, nos finais dos anos 90 do século passado, o estado da UE, da Rússia e da China, e finalmente, dos EUA.

A Europa comunitária, ou seja a União Europeia tornou-se, - grosso entre 1990 e 2000 - a principal potência económica e comercial do Mundo. 

Era - e, apesar de incertezas, continua a ser - o centro atractivo do planeta nas relações económicas e políticas. 

Serviu, ainda nos anos 80 do século passado, de "farol" orientador para o aparecimento de "mercados únicos" em grandes regiões da América, como o MERCOSUR, em concorrência com a América do Norte; mais, tarde, em África, com um embrião de União económica, independente; na própria Ásia, com a evolução da ASEAN, para um espaço de grande comércio, cujo "farol" de supremacia estava a deixar de ser os Estados Unidos, mas uma China e um Japão em crescimento (claro com pressupostos políticos diferenciados).

A Europa ultrapassou a destruição produtiva da II Grande Guerra, lançou-se numa via de alargamento do seu mercado interno, primeiro pelos espaços territoriais mais ricos e pujantes da sua burguesia, trucidou desde os anos 70 as hesitações e fraquezas do Estados capitalistas mais periféricos, modernizando e incrementando as suas economias, transformou, radicalmente, os atrasos ancestrais da sua agricultura - quase semi-feudais - desses mesmos países. 

Ao caminhar para a moeda única e ao consegui-la impulsionar como moeda forte, ao mesmo tempo que fazia cair, uma grande parte das amarras nacionalistas, como a livre circulação de mercadorias, pessoas, serviços e capitais, com a extensão progressiva, ainda que lenta, de direitos e garantias sociais dos trabalhadores, a UE adquiriu uma capacidade económica de concorrência directa com a potência dominante, os EUA, principalmente, no sistema cambial e de comércio em expansão.

Uma força que, em 1995, passa de 12 Estados-Membros para 15 - adesão da Áustria, Finlândia e Suécia - para, em 1997, começar as negociações de mais 10 Estados da Centro e oriente europeu: Bulgária, Eslováquia, Estónia, Hungria, Letónia, Lituânia, Polónia, República Checa e Roménia. E ainda com dois países ilhas do Mediterrâneo - Chipre e Malta.

(Hoje, são 27 os Estados-membros).

Naturalmente, aquela última adesão do centro-leste e leste europeu não sucedeu por uma especial predilecção por uma ligação à Europa. 

Foi uma medida prática das burguesias saídas da dependência da URSS/COMECON, um mal menor naquele momento. 

Por um lado, procuravam fugir às ligações económicas que ainda mantinham com a Federação Russa, herdeira do desmembrado império chamado União Soviética; por outro, pensavam receber de dois lados - um apoio financeiro e até militar dos EUA e uma integração num mercado pujante e mais moderno, que lhes convinha, o europeu.

Mas, infelizmente, a burguesia desses países não ficou com os dois pés assentes na edificação europeia, eles enquadraram-se, na prática, embora com pequenos detalhes contraditórios, até agora, como os mais ferozes membros da quinta-coluna do imperialismo norte-americano na divisão da UE (a velha e a nova Europa) e no entrave a uma relação de cooperação mais harmoniosa e contínua com a Rússia.

Felizmente, o processo de adesão continua e a moeda permanece, ainda hoje, como referência.

Os "vira-casacas" vão ter de optar. 

Mas, os perigos estão lá. E são fortes e imprevisíveis.

Não se pode dar nada como adquirido, permanente.

A economia avança por meio desses encolhos.

E isto porque a unidade da Europa não é um processo linear, nem definitivo, nem sequer, nesta fase, um problema de integração harmoniosa por si só; é um processo classista, que tem inimigos internos, mas, essencialmente, nesta fase da sua existência, detractores e inimigos poderosos externos, que actuam sob o disfarce de amigos para a desintegrar.

3 - A ideia de forjar a unidade da Europa, idealizada logo após a II Grande Guerra, tinha sido conseguida pela percepção da burguesia mais avançada do centro do continente - França, Alemanha e os pequenos países que rodeavam as sua fronteiras na parte norte e noroeste -, mas também pela injecção de capital norte-americano, principalmente pelo seu capital financeiro.

Mas, a partir do momento que se tornou uma atracção para o resto dos Estados europeus, principalmente ocidentais, a unidade para avançar teve de abrir caminho, acima de tudo, contra o seu "aliado", ainda que subterraneamente, que pretendia, e pretende, manter "essa" Europa, sob o seu controlo, sob a forma de protectorado, através da bota da NATO.

Quando a UE inicia a sua calvagada para se tornar uma potência autónoma, verifica, quando surge a primeira crise com a guerra do Iraque, em 1990/91, que está a meio caminho da sua estruturação política: falta-lhe a força independente das armas e da diplomacia.

E, a desintegração da ex-URSS, naquele ano de 1992, por paradoxal e contraditório que possa parecer, pois trouxe muitos mais países para o alargamento da UE, não serviu a sua necessidade de independência e cessão do Exército ocupante da NATO nessa Europa.

Pelo contrário, os EUA, como superpotência sem rival concorrente, congeminou a formação de um império idealizado num sonho absurdo da dominação da sua democracia burguesa oligárquica como modelo para todo o planeta. 



Adquiriu, o que é hoje, o patamar do Estado nazi moderno.

Forçou, deste modo, a burguesia capitalista que estava instalada na União Europeia, com especial relevo o seu "braço armado", a Inglaterra, a seguir os ditames do chauvinismo capitalista norte-americano contra tudo a que "cheirava a comunismo".

Essa burguesia europeia colocou-se, de imediato, de cócoras, à espera de receber uns trocos no repasto imperial, ajudando os Estados Unidos da América, primeiro com Ronald Reagan, esse bufo policial analfabeto, depois com George Bush, pai, a intitularem-se em ídolos burgueses da carnificina sangrenta de rapinagem de riquezas, em nome de uma abstracta democracia capitalista.

Com a desarticulação da URSS, a Federação Russa, através de um golpe de Estado, autonomizou-se daquela união falida.

A URSS entra em colapso, principalmente, porque o seu desenvolvimento económico estagnara ou nem sequer avançara na industrialização de bens de consumo, e na própria produtividade interna no processo fabril (teoricamente, não havia desemprego, mas não bem-estar das classes laboriosas).

O processo produtivo tornou-se, ao longo de dezenas de anos, burocrático e negligente, já que a modernização não acompanhava a concorrência estrangeira, o que se traduzia na existência de uma corrupção intensa, que atingia os altos cargos de Estado, e na formação de uma adulterada economia paralela, que desvalorizava, cada vez mais, a moeda nacional, o rublo, face às moedas fortes - dólar e euro.

O militarismo e a própria ineficácia tecnológica e humana da organização das Forças Armadas soviéticas contribuíram para um crescimento desmesurado das despesas estatais e da falência da sua capacidade castrense.

Com o desmoronamento do Capitalismo de Estado, que enquadrava o sistema económico desde a Revolução de 1917, os "novos" grandes capitalistas privados provieram dos altos cargos dirigentes do velho sistema político, de segurança e de gestão das empresas da velha União Soviética, que se tornaram donos de grandes firmas, bancos, transportes e riquezas em matérias primas do país.

(Ielstin, que era membro do secretariado do PCUS, deu um golpe de Estado contra o sistema que encimava, e, rodeando-se de quadros daquele partido, como Yegor Gaidar (que se tornou oligarca e seu primeiro-ministro fautor das privatizações selvagens), Anatoly Chubais, vice-primeiro ministro, oligarca que controlou a energia e a nanotecnologia, outro burocrata daquele partido, adepto do grande capital financeiro, Boris Berezovsky, que controlou a indústria automóvel, de uma garnde companhia petrolífera e da Aeroflot, Vladimir Gusinsky, que dominou parte dos grandes meios de comunicação social, do sistema bancário e empresas de especulação, Mikhail Khodorkwsky, magnate do petróleo, detentor de uma empresa chamada Yukos, que obteve através da privatização barata e da corrupção mafioso e ainda, entre outros, Roman Abramovich, um oligarca, semi-refugiado, que obteve milhões e milhões de rublos de roubos descarados do património nacional.


Todos estes oligarcas são judeus capitalistas, bem como outros em actividade na Federação Russa, como o actual PM Dimitry Medveded, tendo mesmo Gusinsky, ocupado o cargo de vice-presidente do Congresso Mundial Judaico)
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Os oligarcas russos judeus de Ieltsin

Com privatizações a baixo custo e obtidas por métodos corruptos e fraudulentos, os bancos privados a serem capitalizados por dinheiro do Estado sem quaisquer contrapartidas, as matérias-primas a serem vendidas ao deus-dará por aqueles funcionários, de onde surgiu uma élite de antigos burocratas judeus, ligados a Wall Street e ao crime organizado, com uma mutilação tremenda da sua capacidade educacional (milhares de investigadores e cientistas emigraram) e um declínio atroz da sua capacidade tecnológica e negocial castrenses.

Com o afastamento forçado da equipa económica e política que rodeava Eltsin, nos finais dos anos 90, uma burguesia "nacional" e "desenvolvimentista" tomou conta do poder em finais da década, liderada por Putin, ultrapassando, ainda que lentamente, os efeitos da crise financeira, que atingiu a Rússia, tendo como centro o sudeste asiático em 1998.

Ressurgiu uma classe média, embora a situação das classes laboriosas não sofresse uma modificação visível.

Conseguiu controlar uma parte da privatização, com renacionalizações nos sectores energéticos e de matérias-primas, desarticulou uma parte das máfias mais poderosas, renegociou a dívida externa, deu grande impulso às exportações.

Fomentou a industrialização nas altas tecnologias e mesmo no complexo militar. 

Acalmou as fomentações radicais religiosas, que ameaçavam a Tchétchenia, impos-se à fermentação pró-americana no Cáucaso, dando origem a mini-Estados, ligados à Rússia - Ossétia, Moldava.

Em cerca de 15 anos, restaurou uma potência que faz frente à falida única superpotência.

Contou, é certo, com o aparecimento de outras potências concorrentes com Washington, o que obrigou aquele a dispersar forças. 

Contribuiu, quase sem lutar, para conter as ambições ultra-imperialistas de Washington, nos últimos cinco anos.

Lançou a bases de uma novo sistema cambial, procurando a aliança com o euro e o yuan. 

Esperemos para ver qual será o desenvolvimento nos próximos dois a três anos.

Abriu caminho a novas alianças, incluindo mostrando o seu potencial no Médio-Oriente.

3 - O surgimento da China como potência económica, comercial, e, nos dias de hoje, com certa capacidade militar, tem de ser buscado a uma revolução, que se intitulou socialista, mas que, na prática, se desenvolveu sempre como processo progressivo sob a influência do capitalismo. Até hoje.

Quando se dá a Revolução na China em 1949, a composição das diversas classes que constituíam o país, apontavam para a existência de uma forte componente de feudalismo, especialmente nas regiões rurais com um asfixiante, servil e explorado campesinato, praticamente analfabeto, com uma pequena burguesia insignificante e uma média e grande burguesia reduzida confinadas às grandes cidades.

(O próprio Exército de Mao tsé Tung era constituído, essencialmente, por camponeses, bem como a maioria dos seus comandantes).

E a rota histórica do processo de desenvolvimento económico na China foi o caminho normal da evolução da burguesia, que não era rica, nem concentrada no país, neste caso balizado, durante décadas, pelo Capitalismo de Estado, e, nos anos 90, em simultâneo, com um crescendo acentuado do lumpen capitalismo financeiro, concentrado nas "grandes famílias alargadas" das élites dirigentes a vários níveis.

De certo modo e em certo sentido, a China passou de uma fase pré-feudal para o grande capitalismo financeiro da época actual, beneficiando, em grande parte, do facto das duas grandes potências do capitalismo, uma de Estado, a ex-URSS, a outra do capital liberal, os EUA, na primeira fase da segunda metade do século XX (anos 60/70) estarem obcecadas pela sua concorrência e vigilância mútua planetárias.

Embora utilizando fraudulentamente o comunismo como semente ideológica da sua sustentação interior no meio das desigualdades, massacres, razias humanas no bem-estar das mesmas, o certo é que a China, sob a consigna do socialismo, efectuou, na realidade, uma revolução burguesa no seu interior.

Claro foi uma revolução "por cima", nada tem a ver com o socialismo, mas foi mesmo assim uma revolução na sua evolução societária. 

Não foi executada por meio revolucionários.  

A exploração desenfreada do processo produtivo, em claros modelos burgueses de capitalismo estatal, forneceu-lhe o objectivo estratégico do seu desenvolvimento actual. 

Os Estados Unidos aplainaram-lhe o caminho, fornecendo-lhe o investimento, e permitindo-lhe a formação de quadros nas universidades norte-americanas, incluindo na indústria nuclear - sim, porque alguns dos principais cientistas do sector, considerados *desertores* pelo regime de Pequim "fugiram", mais tarde, da América para a China - a partir de 1972. 

E tudo isto, jogando com as contradições sino-soviéticas, surgidas nos princípios dos anos 60.

A gestão quase militar da *elite comunista* capitalista completou esse impulso e entrada no desenvolvimento capitalista feroz. 


os oligarcas vermelhos chineses

Foi ela o elo executor que conduziu a China a tornar-se, em praticamente três décadas, uma potência concorrente e orgulhosa, que ultrapassou, em economia e em tecnologia militar todos os países capitalistas já desenvolvidos da Ásia, a começar pelo Japão e Coreia do Sul. 

4 - Os Estados Unidos da América formaram-se como Nação fragmentada inicialmente, mas sob a movimentação militar de uma revolução anti-colonial e progressista contra o Império britânico.

Nasceu como uma Revolução pura burguesa, sem os entraves de uma estrutura estatal anterior provinda do feudalismo, com as suas restrições. 

Não havia nobreza, nem entraves fronteiriços senhoriais.

Os poucos territórios de leste do país, que vieram a dar lugar à estrutura económica e política da futura federação de Estados (13 nessa altura), embrenharam-se em contradições, e, acima de tudo, em mesquinhas ideias de garantir a sua soberania.

Mas, a realidade da economia fez mexer os interesses limitados de uma burguesia muito desenraizada e agarrada a preconceitos tacanhos de raiz religiosa. 

(O comércio da religião faz parte da economia norte-americana - Igreja Católica, Mormóns, Budistas, Hindus, Protestantes das diversificadas seitas, etc,  talvez mais de 300 - e das suas próprias ilusões ideológicas como portadores de um messianismo imperial. Na realidade, são accionistas especulativos do sistema financeiro e industrial).

(Os EUA forjaram-se, como massa humana, de migrantes, muitos deles desclassificados, ladrões, fanáticos religiosos, charlatães da indústria que se transformaram em potências de finanças, onde começaram a pontificar judeus fugidos ou não a perseguições.

Mas pelo meio deste emaranhado quem vai romper é a economia, e, principalmente a economia capitalista financeira).

Foi, pois, o seu começo de extensão em território, a necessidade de comerciar a maiores distâncias, a introdução de novas maquinarias industriais, a crescente concorrência que se fazia já notar em territórios já descolonizados e outros colonizados, que levou as classes burguesas norte-americanas, naquela altura essencialmente comerciais, a sentirem a necessidade de união e de uma moeda que as ligasse.

Da proliferação de moedas localizadíssimas, - finais do século XIX/princípios do XX - aquela burguesia avançou para um banco central, que tendo o aval do Congresso e dos primeiros Presidentes, se forjou como estrutura federal privada, mas centralizada.

Naturalmente, criou, de imediato clivagens, porque os beneficiários dessa Reserva Federal eram os ricos e as classes trabalhadoras que ganhavam alguma força protestaram.

Caiu, ainda nos finais do século XIX, a primeira instituição de Reserva centralizada, mas houve tentativas várias de a reerguer, porque o alargamento forçado e violento, por vezes, dos Estados Unidos da América para sul e oeste, obrigou a forjar grandes estradas férreas e rodoviárias, grandes indústrias, com a introdução do automóvel, descoberta de ouro na Califórnia, e, deste modo, um chamariz enorme de pessoas de todo o Mundo.

O antepassado institucional da actual Reserva Federal foi, portanto, formalmente, estabelecido em 1913, e nela já estavam dominantes homens antecessores do actual capital de Wall Street, como JP Morgan, Rothschild, Du Point, Vanderbilts e Kuhn Loeb, entre outros.

(Nos Estados Unidos actuais, os quatro maiores bancos - Bank of América, JP Morgan Chase, Citigroup e Wells Fargo, claro através de descendentes e aparentados, são as instituições que dominaram a finança dos EUA nos princípios do século XX. E também, por interligação de negócios e acções os *monstros* do petróleo daquele país - Exxon Mobil, RoyalDutch/Shell, BP e Chevron Texaco. E, segundo a Fortune, controlam o seu "top" das 500 maiores empresas).



O dinamismo interno industrial e a sua inovação, bem como um espaço enorme comercial, fortemente protegido, e apoiado, estatal e militarmente como componente imperial, fizeram guindar os EUA, rapidamente, a potência mundial.

Potência esta que "trabalhou", desde sempre imperialmente, nas intrigas bélicas internacionais desde a I Grande Guerra, sem se beliscar em profundidade.

Investiu fortemente no primeiro grande conflito europeu, com o rabo praticamente de fora, e instigou, de maneira aberta o desejo expansionista das grande burguesia alemã, na preparação da II Grande Guerra, onde se manteve neutral, até verificar que aquela iria perder e uma nova potência vinda leste poderia ser a nova dona do poder mundial. 

(O curioso é que os EUA foram das principais potências envolvidas, nas duas guerras, a que menos perdas humanas teve e mais ganhou com a vitória).

Quando chega aos anos 90, e se desagrega a URSS, a grande burguesia capitalista de Washington estava ensarilhada numa grande contradição.

Por um lado, considerava-se e actuava na arena internacional com a exigência de que o poder político e militar era da sua única *paternidade*.

Ou seja, ela impunha os ditames da geo-política internacional, quer com aceitação da ONU, quer de maneira unilateral.

Ela sustentava que o seu modelo político e económico teria de ser implantado em todo lado. E queria que isso fosse reconhecido em todas as instâncias. 

O mundo, para a grande burguesia capitalista financeira norte-americana, que desde Reagan, se tornou dominante e avassaladora (os seus teóricos e práticos chamaram-se neocons) era "o seu espaço vital", ficava enquadrado, para a expansão do seu comércio e do seu conceito imperial, "no seu interesse nacional".

Mas, para efectuar esta pretensão, porque para grande parte dos Estados e Nações, principalmente da África e Ásia, exigiria, na prática, uma ruptura revolucionária. 

Ora, para estilhaçar resquícios de sociedades pré-capitalistas e mesmo com grandes resquícios de despotismo oriental e feudais, teria de empregar a violência.

Uma ruptura revolucionária em Estados de desenvolvimento económico atrasado somente teriam consistência, para a concepção das elites dirigentes de Washington, se houvesse um controlo ditatorial sob a pata das Forças Armadas norte-americanas.

Caso contrário, quando não houvesse esse poder violento de exercício efectivo da dominação classista imperial norte-americana entrar-se-ia em situações de violência popular não organizada, em que os sectores populares adquiriam preponderância.

Nos últimos 30 anos nos EUA, o papel da burguesia capitalista de Washington foi levar a sua acção de potência dominante militarmente para desintegrar os desejos nacionalistas dos Estados emergentes, e, tentar empurrar principalmente as Nações que desejavam seguir uma via independente e que se lhe opunham, particularmente no Médio-Oriente (Irão). América Latina (Venezuela, Brasil, Argentina, Bolívia) para situações de rupturas através de conflitos internos ou alternativas de poder ditatorial.

Internamente, procuraram organizar e consolidar, sem outros obstáculos de novas alternativas partidárias, o poder político oligárquico entre dois partidos (Republicanos e Democratas) como instituições legislativas e de acção executiva de domínio absoluto do grande capital financeiro.

Militarizaram a sociedade e desprezaram a produção nacional, enviando as suas estruturas produtivas para países de mão de obra barata, fazendo com a a fracção mais desclassificada dessa burguesia ocupasse todos os domínios económicos, políticos e sociais do Estado.

Ora, essa política imperial fascista abriu, nestes 30 anos, um período de fomento castrense e expansão de bases militares por todo o mundo.

Um império que se dilata traz um acréscimo desmesurado de despesa.

E este facto tornou a política de Estado - aqui ressalta-se o papel de Wall Street e a sua ligação umbilical aos neocons - em gestão sem limitação das forças militares como existência primordial da própria organização e manutenção da sua existência como Nação.

Esta militarização "abocanhou" o seu sistema produtivo inútil. Alimentou despesa, atrás de despesa. 








o anti-imperialismo norte-americano

Que leva a época actual. 

Até 2012, essa despesa crescente e devoradora era obscurecida pela "explosão" de papel moeda, que disfarçava uma recessão que hoje é evidente.

Esta situação de militarismo e especulação financeira trouxeram a crise de 2007.

Esta nunca mais foi ultrapassada na realidade. 

Os EUA, na realidade, estão à beira da bancarrota. 

E como tal, porque são potência militar, podem utilizar o desespero para tentar garantir a concorrência que lhe foge. 

O que significa mais gastos, mas também mais conflitos e guerras.

Quem alerta para tudo isto são os seus especialistas.

Escreve a Reuters, agência inglesa, em despacho de há dias de Nova Iorque: "Numa série de entrevistas com os principais executivos de grandes bancos, novos detalhes surgiram sobre a extensão do plano de contigência que foi idealizado antes e durante a paralisação de 16 dias do governo dos EUA, (isto no Outono passado.NM)na medida que uma potencial falência do país surgiu com força.

"O planeamento para os piores cenários não si nada barato. O JP Morgan, e apenas ele, já gastou mais de 100 milhões de dólares com planos de contigência para enfrentar crises orçamentais nos EUA nos últimos anos, incluindo a última passada, segundo fontes do banco. (...)

"O acordo orçamental temporário que o Presidente Barack Obama assinou pouco depois da meia-noite de 17 de Outubro para acabar com a paralisação do governo e eliminar a ameaça de calote, autorizou os gastos do governo apenas até 15 de Janeiro de 2014 e facilitou a aplicação do limite da dívida até 7 de Fevereiro de 2014, o que pressupõe uma possibilidade de uma nova crise do orçamento já no início do próximo ano, mesmo que alguns republicanos (em oposição a Obama) prometam que vão evitar uma nova ameaça de calote".

Um jornal como o USA Today, da passada semana, analisava a situação externa da dívida pública norte-americana.

"É bastante mal ter uma dívida pública de 14 biliões de dólares, que significa ultrapassar o vermelho, mas é ainda pior estar dependente, com essa dívida, dos seus concorrentes económicos.(...)

E o jornal prevê que face ao aumento previsível da dívida e as despesas crescentes governamentais, principalmente na área da defesa, essa dívida entre num espiral difícil de controlar.

Apresenta a seguir os dados da Secretaria do Tesouro, retirados de um relatório intitulado "principais accionistas estrangeiros dos títulos do tesouro e da uma década de histórico". 

Os dados inscritos abaixo são em mil milhões de dólares.


PaísAbril 2014Dezembro 2013Julho 2013Dezembro 2012Julho 2012Dezembro 2011
China, Mainland1.263,21.270,01.279,31.220,41.160,01.151,9
Japão1.209,71.182,51.135,41.111,21.119,81.058,4
Bélgica366,4256,8167,7138,8141,3135,2
Carib Bkg CTRS308,4295,3286,6---
Exportadores de petróleo255,5238,3257,7262,0268,4261,1
Brasil245,8245,4256,4253,3256,5226,9
Todos Outros195,9191,2192,8233,7221,7205,9
Reino Unido185,5163,6157,0132,6135,4114,3
Suíça177,6176,7178,2195,4184,8142,4
Taiwan175,7182,2185,8195,4194,4177,3
Hong Kong155,1158,8120,0141,9137,1121,7
Luxemburgo141,3134,4146,8154,7135,1147,6
Rússia116,4138,6131,6161,5156,2149,5
Irlanda112,1125,4117,9103,193,297,7
Cingapura93,186,281,599,396,475,1
Noruega85,687,374,675,168,256,7
México70,665,163,361,153,929,4
Índia68,768,558,959.559,343,5
Alemanha63,067,356,363.266.560,7
França62,353,849,851,455,244,7
Canadá60.555,865,666,261,345,1
Coréia55.354,051,447.646,547,3
Peru50,552,255,057,630,332,0
Tailândia46,951,743,753,653,051,6
Holanda36,237,030,432,025,821,7
Suécia35,033,932,527,828,528,9
Filipinas33,940,238,936,836,932,7
Colômbia32,933,033,130,227,623,5
Cazaquistão32,729,227,6---
Itália32,030,327,527,527,722,8
Austrália31,233,833,127,426,721,8
Polônia30,530,932,131,528,828,5
Chile26,426.129,233,029,723,0
Israel26.123,721,224,123,119,3
Espanha22,323,021,927,424,524,0
Dinamarca15,314,513,013,815,616,5
África do Sul14.211.313,813.113,012.1
Vietnã14.210.29,7---
Peru13,014,815,414,511,98.8
Bélgica-Luxemburgo------
Carib Bnkng CTRS-290,9286,6268,3247,6227,2
Egito------
Coreia do Sul-53,951,447.646,547,3
Malásia-11,815,919,320,120,6
Uruguai-10,788.8--

A questão mais bicuda e central da falência económica dos Estados Unidos - claro que os efeitos serão mais claros à medida que se confrontarem com grande outras economias concorrentes - é que está em recessão  contínua desde 2008. 

Os propagandisticas da Administração Obama e de Wall Street para animar as *hostes* fizeram constar que, este ano, iria haver uma reversão em todos os campos da sociedade norte-americana.

O que o próprio FMI (Fundo Monetário Internacional), que aquele país é accionista maioritário, veio contradizer: a economia norte-americana está pior do aquela instituição tentou *embelezar*. 

Foi obrigado a rever em baixa - significativa - as suas previsões de crescimento para este ano da ainda grande potência que é os EUA, de 2,8% desceu para 2%, e adiantou que as próprias previsões de retoma do mercado de trabalho não se produzirão.

A gravidade da situação norte-americana é mais tangente, pois são vários os sectores da economia que estão em declínio - desde a construção civil até à indústria automóvel. 

Com a consequente perda de confiança interna numa melhoria, desde as classes trabalhadoras até aos sectores capitalistas que não investem.

(Se fizermos uma análise mais exaustiva e profunda, temos de reconhecer que esta recessão, na realidade, é permanente, pelo menos desde 2001, e, a relativa melhoria que se notou entre aquele ano e 2007, deve-se à emissão descontrolada de papel-moeda e da imposição da produção inútil através da fomentação de guerras externas - Iraque e Afeganistão).

Hoje, já não é somente a permanência do desemprego real na ordem dos 8 a 9 %, mas o que está a suceder com o próprio salário que está a ser cortado, paulatinamente. 

O que significa, necessariamente, empobrecimento das classes trabalhadoras e de uma parte significativa da pequena burguesia.

Além da constante deslocalização externa da produção nacional, que só favorece o grande capital financeiro, o que se está a verificar é uma venda em catadulpa de grande empresas norte-americanas. Ou seja, o próprio capital financeiro norte-americano está a procurar outras paragens.

Os dados são do USA Today:



CompanhiaAdquirente ExteriorNação adquirenteEstadoIndústriaDataQuantidade
Hawker Beechcraft Corp nos EUA Combustível [Goldman Sachs Group Inc]BBA Aviation PLCReino UnidoKansasAerospace and Aircraft2008-07-24$ 128.500.000
Parkway Laboratórios Clínicos IncRosetta Genomics LtdIsraelPensilvâniaServiços de Saúde2008-07-24$ 3200000
DIC Entertaiment Holdings IncCJ Aquisição Inc [Cookie Jar Grupo]CanadáCalifórniaRádio e Televisão Emissoras2008-07-2331,2 milhões dólares
Bentley Pharmaceuticals IncTeva Pharma Inds LtdIsraelNew HampshireDrogas2008-07-22352100000 dólar
Blue Hill Creek OuroOtis Capital CorpCanadáIdahoMineração2008-07-16400000 dólares
Electro-Chem Tech-Intelectual [Electro-Chemical Tech Ltd]Puricore PLCReino UnidoMissouriSabonetes, Cosméticos e Produtos de Higiene Pessoal-2008-07-16$ 8300000
MovieBeam Inc [Filme Gallery Inc]Dar Capital LtdReino UnidoCalifórniaMotion Picture Production and Distribution2008-07-152,2 milhões dólares
Sauer-Danfoss IncDanfoss A / SDinamarcaIowaMaquinaria2008-07-11$ 493,0 milhões
NAVTEQ CorpNokia OyjFinlândiaIllinoisSoftware Prepackaged2008-07-10$ 8,0 bilhões
Reliant Energy Inc-Channelview [Reliant Energy Inc]GIM Channelview CogeraçãoReino UnidoTexasElétrica, Gás e Distribuição de Água2008-07-09$ 500,0 milhões

Acrescentam-se dados do mesmo jornal sobre o volume enorme de importações de bens essenciais, que já não são fabricados, ou a sua produção interna é insuficiente, nos Estados Unidos. (United International Trade Comission - 2006-2010).



Produto20062007200820092010Aumento acumulado no ano
Equipamentos de transporte303,979309,924288,235199,808266,94633,6%
Os minerais e metais169,510174,207184,994117,025156,19933,5%
Produtos relacionados com a energia319,168344,829472,325260,878338,18429,6%
Produtos eletrônicos332,485353,009351,622311,419377,61521,3%
Produtos químicos e produtos relacionados179,410194,331223,492182,515218,02019,5%
Maquinaria131,091139,131142,560110,062130,47018,5%
Calçados19,03819.27019,45117,66620.71017,2%
Diversos fabricantes94,099103,905100,83784,43797,34615,3%
Têxteis e vestuário104,563107,678104,32990,581104,19915,0%
Os produtos florestais50,41646,56142,29131,51135,74913,4%
Os produtos agrícolas81,45688,13696,23887,30197,57211,8%
Disposições especiais59,83761,88264,10955,9605



A desorganização e desorientação que a supercrise financeira e económica de 2007 provocou na estrutura produtiva (comercial e industrial) dos Estados Unidos começam agora a adquiriu proporções de catástrofe dentro da sociedade norte-americana, e, estão afligir e a afastar, cada vez mais, as potências concorrentes do domínio do lumpen grande capital financeiro norte-americano, que está consciente de que será improvável que receba qualquer apoio das suas congéneres concorrentes.                                                                   
Ao ver o acosso onde está metida essa grande burguesia apenas tenciona evitar a bancarrota do seu Estado *padrão* procura fomentar a divisão em todas as potências concorrentes e fazer germinar os conflitos por si armados, na busca de uma nova organização institucional mundial que possa vir a servi-la.

(Síria, Ucrânia, norte de África, Iraque,e inclusive, se necessário mudar de alianças no Médio-Oriente, indo ajoelhar-se ao antigo inimigo Irão. Poderá inclusive deixar cair as velhas monarquias do Golfo em troca de *parcerias* do gás e petróleo como o "eixo do mal" iraniano para sabotar a aliança económica russa-chinesa).

5 - Ora, para conseguir recuperar o terreno perdido, a grande burguesia financeira necessitará de impor a sua dominação económica, usando o seu braço armado. 

Mas isso, somente poderá ser conseguido pela introdução de encargos monetários enormes e suplementares. 

E principalmente conseguir um capital humano para o levar a efeito o que não o consegue, até agora, arrebanhar em número crescente e suficiente.

É que do outro lado, os concorrentes estão a forjar alianças cambiais e sistema de comércio que ultrapassam o agora vulnerável poder do padrão dólar. 

E claro estão a incrementar as suas inovações tecnológicas na arte da guerra. 

A armadilha do acirramento da guerra na Ucrânia não conseguiu meter todos os Estados europeus debaixo das asas da *águia* norte-americana.

Vai ser, em primeiro lugar, a economia que irá ditar qual a barricada que sobreviverá.



Certamente, haverá um estrondo nos próximos meses e o Inverno poderá transformar-se em general.

1 comentário:

  1. E' pa' partilhei o teu txto mas deixei-o identeficado.Obrigado e um abraco e continua que vais bem !
    Esta aqui : https://www.facebook.com/notes/luiz-basilio/ucr%C3%A2nia-haver%C3%A1-em-breve-um-general-inverno-por-serafim-lobato/310231912487111

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