sexta-feira, 29 de março de 2013

PAPADO ROMANO: DA TRAGÉDIA À FARSA


1 -Numa obra muito célebre intitulada “o 18 de Brumário de Luís Bonaparte”, o filósofo e economista político alemão Karl Marx escrevia, no século XIX, indo buscar o argumento inicial a Hegel, segundo o qual os grandes factos e pensamentos da história universal aparecem como que duas vezes.

E acrescentava, então da sua autoria, que tal acontecia uma vez como tragédia e a outra como farsa.

A história da nomeação dos últimos quatro papas da Igreja Católica Romana tem todos os ingredientes económicos, políticos e sociais numa interligação com a evolução societária mundial desde a crise de 1973, que, em grande medida, atingiu também o próprio sistema financeiro capitalista onde se movimenta e medra a estrutura dirigente do Vaticano.
Nos primeiros quatro a cinco anos da década de 70 do século passado, o Vaticano, através do IOR, com a liderança do arcebispo norte-americano Paul Marcinkus, já falecido, envolveu-se juntamente com a Máfia dos Estados Unidos e Itália, numa enorme fraude de compra e venda de títulos, aparentemente falsificados, de grandes companhias e bancos, bem como de investimentos obscuros que levaram a movimentações ilegais de tráfico de dinheiro que ascendeu a vários mil milhões de dólares. 

Uma fonte histórica, não desmentida, para uma parte substancial deste acontecimento, é o livro “Escândalo no Vaticano”, do norte-americano Richard Hammer, (Publicações Europa- América – 1982), que se baseia nas investigações policiais oficiais efectuadas, quer pelas autoridades de Washington, Alemanha e Interpol.

O Sumo Pontífice da Igreja Católica Paulo VI esteve envolvido até ao pescoço, neste e noutros negócios, igualmente escandalosos, que emaranharam, candida e sinistramente, pelas paredes do palácio papal.
Paulo VI – ou melhor dizendo, o cardeal Giovanni Battista Enrico Antonio Maria Montini -, que já chafurdava no maquiavelismo financeiro da Igreja Católica, desde os tempos que estivera na Secretaria de Estado, onde se iniciou em 1922 e ascendeu à sua chefia, principalmente, com o Papa Pio XII, o aristocrata cardeal Pacelli. 

Que, aliás, enobreceu, com todo o espírito prático, quase toda a sua família mais próxima.


Ora, o sucessor de Montini, o cardeal patriarca de Veneza Albino Luciani, porque não apresentava grandes sintomas visíveis da lama do pântano fraudulento bancário e bolsista vaticanista, foi escolhido, a dedo, para tentar limitar os efeitos nefastos do poder temporal do seu antecessor, com o objectivo de preconizar uma “ruptura” com o sistema de administração financeira da Santa Sé. 

O que sucedeu apenas como “uma pretensão pia”, porque o Papado, em si, não domina a justiça social, mas, está estreitamente ligado a o poder do sistema financeiro internacional.

Durou apenas um mês a sua permanência no cargo (26 de Setembro a 28 de Setembro de 1978).

Apareceu morto na sua cama, ao princípio do dia, sem que a Cúria tivesse divulgado a causa da morte, com contradições, na altura, das fontes oficiais vaticanas de como teria ocorrido esse falecimento. Enterrado sem autópsia.

Foi a tragédia.

2 - O papa seguinte, o cardeal polaco Karol Wojtyla, personalidade religiosa que representava e representou o papel da evolução pró-nazi da Igreja Católica na Polónia, embora oponente ao regime contra-revolucionário ditatorial existente no país, com rotulagem de socialista, foi o escolhido.

Havia, já então, uma aliança política, financeira e militante entre os hierarcas católicos daquele país e a Administração norte-americana, cujo expoente foi, no pós II Guerra, o cardeal primaz Wyszynski, um agente do regime de Washington.

Nomeado pelo sector dos hierarcas cardinalícios imbricados no sistema financeiro instituído do Vaticano, o papa Wojtyla procurou, nos seus rituais iniciais, assemelhar-se ao falecido cardeal Luciani, ligando o seu novo cargo ao do antecessor, intitulando-se João Paulo II, e dizendo-se apostado em reestruturar a decadente estrutura político-religiosa da Santa Sé.

O cardeal polaco organizou uma imagem de “missionário” viajante e de manipulador de multidões, alicerçado numa mensagem política de defesa da “democracia ocidental”.

Na realidade, foi o impulsionador da mais destravada especulação financeira mundial em íntima ligação com os financeiros judeus de Wall Street e o crime organizado da Máfia e da Cosa Nostra.

Foi um dos banqueiros da Máfia norte-americana, Michelle Sindona, o principal conselheiro económico de João Paulo II, Sindona este que, mais tarde, foi assassinado numa das grande prisões de alta segurança de Itália, quando se prontificava a falar sobre o que sabia nos negócios do Capital internacional.

A investigação judicial e parlamentar desenvolvida em Itália depois do envolvimento criminoso da Loja Maçónica P-2, veio a mostrar a íntima ligação entre o Papa João Paulo II e a Cúria Papal (os cardeais Agostino Casaroli, Jean Villot, John Cody - o homem da Igreja Católica considerado mais poderoso nos EUA - e ao arcebispo Paul Marcinkus, entre outros) nas tentativas de subversão do regime italiano para edificar um poder ditatorial, e os negócios mais tenebrosos da lavagem de dinheiro, falsificações de títulos, agiotagem, assassinatos, como do jornalista Mino Pecorelli e do banqueiro Roberto Calvi.



Roberto Calvi enforcado

A que se somava o imenso processo de corrupção nacional, envolvendo os principais partidos, chamado de Tangentopoli , e que levou a dissolução da Democracia Cristã e do Partido Socialista italiano.

Entre os homens da P-2, acobertados pelo Vaticano estava um capitalista em ascensão chamado Silvio Berlusconi, protegido de Giulio Andreotti e sempre em ligação estreita com a Santa Sé, através dos seus homens de mão, primeiro, no negócio, depois, na governação berlusconiana ( a dupla Letta e Tremonti, ministros e o seu homem de mão Bisignani, antigo assessor de imprensa de Andreotti, como primeiro-ministro) e, posteriormente, no executivo de Mário Monti .


Karol Wojtyla foi um dos maiores “inquisidores” de toda a tentativa de “mudar introduzir novas ideias no interior da Igreja Católica”, em especial a perseguição material e ideológica a padres e instituições religiosas que pretendiam uma “Igreja dos pobres”, como os promotores da Teologia da Libertação. 

Quase todos tiveram de sair da corporação religiosa para seguir as suas ideias, como o teólogo suíço Kung e o franciscano brasileiro Boff.

O executor desta política de “ostracismo” foi um então obscuro cardeal alemão, mas ligado,como civil, ao nazismo hitleriano, e, já dentro da carreira religiosa alemã, abertamente conotado com “o conservadorismo mais puro” do catolicismo, chamado Joseph Ratzinger, que foi nomeado por João Paulo II, líder da Congregação para a Doutrina da Fé, como se intitula hoje, no ritual romano, a antiga Inquisição.

Wojtyla não condenou o sistema político existente em El Salvador, que assassinou, em 1980, o arcebispo Óscar Romero, nem se atreveu a questionar as ditaduras sul-americanas, fazendo questão mesmo de ir apoiar Augusto Pinochet, quando este já estava e, agonia do seu poder, em 1987.

O Papa João Paulo II interveio, directamente, no derrube ou intrusão nos assuntos internos de governos, que não mantinham ligações ou não toleravam a interferência da Igreja Católica nos negócios materiais e assuntos de natureza religiosa, como o caso da Polónia (financiou com perto de 300 milhões de dólares os movimento liderados pelos padres e por um chefe de uma equipa de operários chamado Lech Walesa, que alçaram, mais tarde, a Chefe de Estado polaco), Federação Jugoslava (o Papa foi um dos principais apoiantes, juntamente com a Alemanha e os Estados Unidos na desagregação daquela, apoiando abertamente a cessão da Croácia), Argentina, na transição política da ditadura, Brasil, entre outros.

Foi ainda com o reinado do cardeal polaco, que se descobriu que o Papado entravou as investigações ao papel de vários criminosos da II Grande Guerra, como Ante Pavelic, Klaus Barbie e Adolf Eichmann, os quais teriam recebido protecção no final da guerra.

Mas, foi João Paulo II o principal encobrir dos abusos sexuais de crianças – pedofilia – quando os casos de hierarcas começaram a ter relevo público. 

Propositadamente.

Sabe-se hoje que Wojtyla protegeu o fundador de uma das seitas internas da Igreja Católica, a Legião de Cristo, Marcial Maciel, das centenas de crimes que cometeu, e evitou que fosse presente à Justiça.

João Paulo II, para se impor numa estrutura teocrática, monárquica, e ditatorial que é o Vaticano, teve de se apoiar e intrigar entre as mais influentes instituições religiosas que pululam em torno do que se convencionou apelidar de Igreja Católica Apostólica Romana, enquadrada em Estado material vulgar, mas anormal, com o nome de Santa Sé.



Marcial Maciel e o Papa


E uma delas, possivelmente, a mais importante e poderosa financeiramente, foi o OPUS DEI, que, na sequência do escândalo do Banco Ambrosiano, socorreu as finanças vaticanas com a sua teia subterrânea bancária mundial.

A ascensão do Opus Dei foi visível nesse período, desde a elevação da seita a uma prelatura pessoa, cujo líder se tornou bispo, sob supervisão do Chefe da Igreja Romana, o fundador Escrivá tornou-se santo, à escolha de vários cardeais do Obra, bem como a sua colocação em lugares de destaque na hierarquia do Vaticano, como espanhol Julián Herranz, presidente do Pontifício Conselho para os Textos Legislativos, e a nomeação para seu porta-voz de um influente membro, Joaquin Navarro-Valls.
Claro que esta preferência levou ao afastamento de outros grupos dentro da Igreja Católica do poder que detiveram muitas dezenas de anos atrás, como os jesuítas.

A escolha do novo Chefe da Igreja Católica, em 2005, que recaiu no alemão Joseph Ratzinger, um braço direito do anterior, aparentemente reforçado com o poder económico do “ramo teutónico” do Vaticano – é das congregações europeias católicas mais ricas, quer em economia, quer nas finanças – veio, no entanto, na orientação central do poder do dinheiro.

O OPUS DEI tinha-se apoderado do IOR, o Banco do Vaticano, e ditava leis.

Além do mais representava, em termos ideológicos, um dos ramos do “poder conservador” que submergia, de dia para dia, a orientação vaticanista.

Desde Paulo VI, que fechou o badalado Concílio Vaticano II, já prenunciava o atoleiro vigarista financeiro onde o Vaticano estava metido e as instituições que lidaram com a entrada da Igreja Católica nos meandros do sistema capitalista financeiro mundial, como os jesuítas, franciscanos e outros sugeriam uma aplicação diferente dos dinheiros do potentado .


Com o alargamento do Vaticano nos negócios mundiais e, principalmente, fazendo parte do lúmpen grande capital financeiro, os dirigentes de topo da estrutura da Santa Sé – Cúria e leigos que lhe serviam (e servem) de correia de transmissão - apostaram, também, numa ideologia mais radical, de direita, pró-nazi, de presença na cena política mundial.

E esta ideologia estava e está concentrada nas chamadas “comunidades” modernas, que recrutam nas élites políticas, económicas e sociais sem escrúpulos, que mobilizam as multidões que se concentram nas visitas do Sumo Pontífice da Santa Sé nas suas viagens pelo mundo.

Além do Opus Dei, adquiriram preponderância “Os legionários de Cristo”, o “neocatecumenismo” (uma seita populista, de raiz ditatorial, nascida, em Espanha, com o beneplácito de Paulo Vi e oficializada em 2012 pelo Papa Bento XVI, com largo apoio na Cúria Papal e entre os cardeais pró-fascistas, que permitiu que se tornasse, através do seu líder, um laico, Francisco José Gómes Arguelo Wirtz, auditor da XIII Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos), a Sociedade Pio X (SSPX), que o cardeal Ratzinger reintegrou na hierarquia da Igreja Católica e a Sociedade de São Pedro.

3 – A farsa.

A 28 de Fevereiro findo, numa reunião de cardeais, num ritual muito ao gosto do tradicionalismo papal, pronunciou-se em latim, cuja transcrição se faz: "No mundo de hoje sujeito a rápidas mudanças e agitado por questões de grande relevância para a vida e para a fé, para governar a barca de Pedro e anunciar o Evangelho, é necessário vigor, tanto do corpo como do espírito, vigor que, nos últimos meses, diminuiu de tal modo em mim que devo reconhecer a minha incapacidade de administrar bem o ministério a mim confiado. (...) Deverá ser convocado, por quem de direito, o Conclave para a eleição do novo Sumo Pontífice.

O acto apareceu como algo inesperado, uma coisa nunca vista desde a Idade Média no seio da Igreja Católica.

Um Papa deve permanecer no seu posto até ao fim.

É o único monarca teocrático no interior do Vaticano, não pode haver dois. Mas, vai haver e, naturalmente, ir-se-ão confrontar, no futuro, ainda que, possivelmente, subterraneamente.
A razão principal da renúncia não foi a idade, pois o cardeal Ratzinger, que viveu anos e anos, na Cúria Papal em Roma, que foi o ideólogo do seu antecessor, sabia muito bem aos trabalhos que se metia quando foi escolhido aos 80 anos.

Aliás, para um estudioso mediano do que se passa nos meandros do Vaticano sabe que, em primeiro lugar, está a enormidade do poder económico-financeiro da Santa Sé, como entidade aparentemente unida numa crença metafísica irracional, e, o crescimento de poder também económico-financeiro das diferentes instituições e grupos de interesses que germinam no seu interior, mas que são concorrentes e até divergentes, não só na economia política, mas na geo-estratégia e até na própria concepção ideológica com que deve ser regido o colosso do Vaticano.

Além do mais verifica-se uma diminuição drástica dos chamados “fiéis” católicos no mundo, ao mesmo tempo que a opulência e a arrogância dos magnatas cardeais e bispos, e dos leigos intimamente ligados à Santa Sé, provocaram a inversão de todos os valores que aquela procurava fazer crer do que seria a chama da sua “evangelização” casta e humilde do cristianismo.


A realidade é outra: a corrupção entrou por todos os poros, os hierarcas tornaram-se pederastas, capitalistas gananciosos, mentores das maiores tropelias em todo o mundo e no próprio submundo.

Com a sua base de apoio a fugir-lhe, inclusive da parte da “sua” base nacional alemã, o cardeal Ratzinger estava fechado numa concha.


Tinha perdido o poder autocrático papal.

Fugia-lhe entre os dedos a obediência canina de outrora. (Tudo isto aparece retratado no livro do jornalista Italiano GianLuigi Nuzzi “Sua Santidade – As cartas secretas de Bento XVI /COMO O VATICANO VENDEU A ALMA”).


As ordens e congregações da Igreja Católica, como os jesuítas, beneditinos, franciscanos, entre outros, que outrora influenciavam as decisões negociais vaticanas foram afastadas do grupo mais próximo dos Papas, desde os anos 70 do século passado.

Mas não se afastaram de Roma.

Eles intrigaram, fizeram movimentar o seu poder material, actuaram sobre os próprios seus representantes junto dos grandes bancos e instituições de crédito e grande empresas capitalistas.

Tudo isto se enrodilhou, quer nos países onde são poderosos, quer nas redondezas do palácio papal.

Quer os próximos do Papa e beneficiados directos da sua “generosidade”, quer os mais afastados, todos eles, desde cardeais a padres, desde administradores laicos a simples bispos de locais distantes, são “gestores” encobertos ou identificados do poder de bens móveis e imóveis imensos, controlam o sistema de saúde e de educação em grande parte do Mundo.

4 – Ora, o central de todo o emaranhado e imbróglio que domina o Vaticano é, justamente, a crise capitalista económico-financeira e societária que percorre e está a afundar, em primeiro lugar, o chamado mundo ocidental, em particular os Estados Unidos e a União Europeia.

E esta crise perpassa, precisamente, por um dos principais esteios desse mundo, o Vaticano, o outro é Wall Street, de Nova Iorque, e, em plano secundário, mas muito importante para o papado, a City londrina, onde aquele investiu, em grande, desde que Benito Mussolini e o papa Pio XI, assinaram o Tratado de Latrão, que fez acorrer ao cofre do IOR muitas centenas de milhões de dólares.

Este mundo ocidental é o centro político, actuante, da Igreja Católica Romana.

Ele está estraçalhado pela crise. Os valores patrimoniais do Vaticano estão, portanto, em risco nesta parte do Mundo.


Se o bolo pode diminuir, os interesses concorrentes entram em choque mais acentuado pelo seu controlo.

E mais conflitos podem duplicar, porque a entrada de dinheiro também pode minguar por outra via: há menos fiéis a contribuir.

Mas, acrescente-se um outro dado, este de pura economia política, o centro produtivo internacional está a desenvolver-se, rapidamente, noutras partes do globo.

E com isso novas estruturas de grande poder económico e financeiro se incrementam nessas regiões, em que a influência da Igreja Católica não é tão preponderante como no chamado “primeiro mundo”.

Para pôr em prática uma “nova política económica” no Vaticano teria – ou terá – de haver “uma revolução” mexendo essencialmente nos interesses instalados na Cúria, e principalmente, no domínio central do Banco do Vaticano.

5 – Aqui é que a farsa “amadurece” dentro do grupo dirigente que domina a Santa Sé para lançar um tipo de responsável máximo, despojado dos “pecadilhos” do centro.

O grupo lúmpen capitalista financeiro e os seus ideólogos pró-nazis lançam mão de um cardeal que, já na reforma, pode ser uma “lança” nos chamados países emergentes, sem ferir a linha ideológica dominante, o argentino Jorge Maria Bergoglio, colaborante, por omissão activa ou passiva, ou até participante, com a Junta Militar fascista que governou a Argentina nos anos 60 e 70.

É o primeiro Papa católico, saído dos jesuítas (Ordem de Jesus), uma das congregações religiosas mais tenebrosas da História do Catolicismo.

Numa manobra demagoga, escolhe o nome de Francisco, e di-lo, com toda a candura e sem pejo de vergonha, que o fez, porque quis associar-se á pretensa obra “de pobreza” do fundador dos franciscanos, Francisco de Assis.



Videla e o cardeal argentino: alegria do encontro

Embora se apresentem como modelo de religiosos despojados de bens terrenos, a Companhia de Jesus é a maior e a mais poderosa Ordem da Igreja Católica.

Domina, praticamente, todo o ensino privado de elite em todo o Mundo, e penetrou, também, profundamente, nos negócios financeiros, bolsistas e grandes empresariais, não só dos Estados Unidos, mas de toda a América Latina.

Dos seus documentos oficiais, retira-se que detêm em todo o globo mais de 200 Universidades e 225 grandes Colégios.

Só nos Estados Unidos estão referenciadas, pelo menos, 28 universidades, a mais famosa das quais a de Georgetown (Washington), que além do ensino, é um poderoso centro de pesquisas, no campo médico, da economia, da saúde pública.

Por exemplo, foi sob o impulso da Ordem que se montou e desenvolveu uma das maiores empresas de frutas mundiais, a Di Giorgio Fruit CO, que opera em larga escala, na Florida, na Califórnia, estendendo-se para a América Central. Tem inclusive uma frota mercante marítima para mercadejar pelo mundo.

Mas também se pode exemplificar com a sua penetração no grande sistema financeiro norte-americano, onde se admite que controla uma parte substancial do conglomerado accionista do Bank of America.

Refira-se igualmente esta ligação bancária com outras estruturas accionistas que passam pela Boeing, Lockheed, Douglas, entre outras, cujos braços se expandem pelos grupos poetrolíferos desde os EUA até à Venezuela.
O Papa Francisco, com as suas tiradas em torno da pobreza e da humildade, será o títere da manipulação e mistificação, porque o essencial do papel real será efectuado pelos “senhores do Capital” dentro do Vaticano.

Naturalmente, uma Igreja Católica em crise financeira, terá de se reestruturar e evolucionar no meio do decadente sistema capitalista onde ela se impulsionou e ganhou foros de grande potência.

Esse será o papel verdadeiro que o cardeal argentino terá de enfrentar, no meio da farsa, que foi a sua nomeação. 

A sobrevivência do poderio da Igreja Católica está na própria sobrevivência do sistema capitalista mundial, que ela co-lidera com a Wall Street e a City Londrina.




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