segunda-feira, 18 de março de 2013

EUA: UM SISTEMA NAZI EM CRIAÇÃO, COM A COBERTURA DE ELEIÇÔES



1 – Quando faleceu, a 12 de Abril de 1945, o 32º Presidente dos Estados Unidos da América Franklin Roosevelt, os seus sucessores tiveram todos, mas todos, o condão de surgirem no firmamento político – nacional e internacional – como figuras, burguesmente, tacanhas, travestidas mais tarde, até, como espantalhos de opereta, com Ronald Reagan, servidoras de uma ascensão lenta, mas progressiva, que se acelerou, após a crise de 1973, de estratificação no poder do lúmpen do grande capital financeiro.

O primeiro sintoma de que os Estados Unidos iriam militarizar a sua vida em sociedade deu-se logo com a ascensão do sucessor de Roosevelt, o vice-Presidente Harry Truman. 


Terminando a II Grande Guerra em 8 de Maio de 1945, na qual os Estados Unidos só entraram quando o sistema nazi-fascista europeu estava em retrocesso e acossado pelo avanço soviético (pouco desgaste humano – menos de 500 mil mortos militares e civis e material norte-americanos tiveram lugar face aos países europeus e União Soviética, que no conjunto tiveram mais de 40 milhões de mortos e a destruição de grande parte da suas infra-estruturas económicas), o complexo industrial militar norte-americano ganhou, de imediato, força política, económica e militar, ligado ao capital financeiro, que se direccionou, em primeiro lugar, numa exportação maciça de 12 mil milhões de dólares para a Europa ocidental, ao mesmo tempo que fomentava a criação de armas de destruição maciça, construindo a primeira bomba atómica. 

O primeiro sintoma evidente e letal por parte dos Estados Unidos, na sua orientação abertamente imperialista já no final da guerra na Europa foi o lançamento propositado de duas bombas atómicas sobre Hiroshima e Nagasaki, sem evidente impacto militar, apenas para mostrar o impulso da capacidade, à sua concorrente, ainda aliada ex-URSS, de ser a potência castrense enquadrada por nova tecnologia de ponta de violência guerreira 

A grande burguesia norte-americana, como o governo Truman, julgava-se no topo da supremacia mundial, porque saíra pouco beliscada da guerra. 

Estava empenhada em exportar, logo nos meses finais de 45 e nos anos seguintes, o capital florescente com o desenvolvimento industrial do seu país à custa das produções internas desenfreadas para “vender” aos empobrecidos países, vencedores e perdedores da batalha sangrenta global. 

E, ao mesmo, desejava impor o seu caminho capitalista, centrado num ideologia de transmissão a todo o custo da democracia, como forma ideal de governação face à outra grande potência que vencera a guerra, a antiga União Soviética, que apresentava um modelo de desenvolvimento, enquadrado num pretenso socialismo, assente na realidade no Capitalismo de Estado, mas que era contrário ao ideário de capitalismo liberal vinculado a uma obscura doutrina liberdade abstracta e iniciativas pessoais. 

Mas, como não o poderia fazer, naquela altura, na Europa que, realmente sentira os efeitos da rapina capitalista nazi, através da lisura de uma verdadeira liberdade de eleições livres, onde os partidos que se diziam comunistas surgiam com uma capacidade mobilizadora e até eleitoral crescente, forjaram, logo em 1949, um estrutura militar supranacional, a NATO, que impedia e sabotava toda a possibilidade de uma verdadeira representação progressista e até revolucionária nos Estados europeus pós-guerra. 

Ao mesmo tempo, ocuparam militarmente o Japão, tornando-o seu protectorado e lançaram-se, em 1950, numa aventura militar de envergadura na Coreia, na tentativa de limitar do Extremo-Oriente a acção soviética e amedrontar, se possível, a China, cujo Partido Comunista ascendera ao poder em 1949, isto, portanto um ano antes, destroçando os financiados aliados ianques do Kuomintang, que se refugiaram, atrapalhadamente, numa ilha chinesa, hoje denominada por Taiwan. 

2 – Após a morte do líder soviético José Stálin, - frisemo-lo, com mais precisão, depois de em 1956, o então secretário-geral do PCUS Nikita Khrutchov ter denunciado que a acção política do seu antecessor fora contra-revolucionária e contrária aos interesses da construção de uma sociedade socialista -, a grande burguesia norte-americana, em especial o sector em ascensão que dominava já o sistema financeiro interno, e, mundial devido à sua expansão agressiva considerou que era ela que devia impor a sua orientação ao planeta, através de um pretenso fanatismo ideológico de conquista, sem partilha, de um poder alicerçado na democracia oligárquica dos Partidos rotativos reinante nos Estados Unidos da América. 

Estava em embrião um novo tipo renovado de doutrina de carácter nazi, ainda, na altura, discutida a nível de institutos fomentados pelo grande capital financeiro e em certas revistas de especialidade, que considerava que os EUA eram a potência da supremacia mundial e, nesta perspectiva não deveria limitar a sua acção expansionista em todos os ponto do globo, que tivessem valor estratégico, económico ou político para impor o seu modelo de poder político ou manter parcerias de acção com governos “autoritários” que fizessem frente “ao poder totalitário”, que indicavam explicitamente existir em países ou territórios sob uma eventual “ameaça comunista”, mesmo que o propósito fosse apenas o alcance de um poder nacionalista, como sucedeu no Egipto, República Dominicana, Tailândia, Congo ou no Líbano, entre outros. 

Esta doutrina foi instituída em orientação estratégica oficial e actuante sem disfarces do regime norte-americano a partir do desmembramento da antiga URSS, em 1992. 

Ficou a ser chamada, desde esta última data, de doutrina do “neo-conservadorismo”, conhecida pelo “petit non” de neo cons”, em vigor desde os governos de Ronald Reagan e George Bush, actualmente cristalizada e radicalizada na administração norte-americana, que sustenta que os Estados Unidos são “a única superpotência a quem compete gerir a “Ordem Mundial”. Todo o planeta é, pois, “espaço vital” para o poder norte-americano. 

Os Estados Unidos da América são, pois, na actualidade, um Estado nazi enfeitado com um pseudo sistema político parlamentar, na realidade oligárquico, dividido entre os principais sectores do lúmpen capitalismo financeiro, cujos representantes rotativos, mas convergentes, são os Partidos Democrata e Republicano. 

A crise financeira que abalou, em 2008, todo o sistema económico norte-americano, e que foi “exportada” rapidamente para a Europa, como entidade concorrente, veio reforçar as teses já impregnadas no poder de Estado de Washington desde a década de 80 do século passado de que o papel principal daquele na economia devia ser o de proteger a todo o custo as grandes entidades financeiras e seguradoras, utilizando como “capa protectora” nos negócios mundiais a força castrense cada vez mais modernizada e sofisticada. 

3 - Entretanto, desde a crise “petrolífera” de 1973 – na realidade uma crise que se iniciou uma meses antes do embargo dos países produtores de crude, cujo epicentro continha, em tons menos escuros e menos ostensivos, os mesmos fenómenos que aprofundaram o actual colapso mundial: o empolamento desgravado já em gestação do mercado imobiliário, a desindustrialização interna, a falência de vários bancos, e colapsos parciais das bolsas norte-americanas -, novas potências (ou grupo territoriais de Estados aglomerados) começaram a emergir a solidificar capacidade económica e política concorrencial com os Estados Unidos da América. 

Este último facto levou os financeiros, estrategas e políticos do poder de Washington a desenvolver, sem olhar a meios, orçamentos cada vez mais crescentes e custosos de encargos militares e de alastramento pelo mundo todo de bases e esquadras permanentes, com intervenções violentas castrenses, que transformaram a acção das Forças Armadas como a política oficial do Estado norte-americano. 

O militarismo entranhou-se na sociedade norte-americana e começou, também, a minar os Estados em concorrência, e, mesmos aqueles que começaram a emergir, economicamente, já neste século, como a Índia, o Brasil ou o próprio Irão. 

Mas, a expansão capitalista em Estados, que anteriormente, eram subalternos dos ditames de Washington, por um lado, e por outro, da ex-URSS, mas acima de tudo naqueles que estavam subjugados à preponderância e pujança da economia e das qualidades da tecnologia militar dos Estados Unidos, produziu, em meados dos anos 90 do século passado, um salto enorme e impulsivo nas condições materiais – ou sejam essencialmente económicas – e nas estruturações de tecnologias de guerra nacionais, com reforço acentuado das Forças Armadas dessas entidades estatais a Índia, o Paquistão, e, ultimamente o Irão, e numa escala territorial alargada na América Latina, com a formação do MERCOSUL (economia) e UNASUR (força comum de defesa). 

(O caso chinês seguiu outros trâmites, mais nacionalista e independente). 

Justamente, o que é novo nas actuais relações de forças geo-políticas-estratégias -  o que está a suceder é que a principal potência económica, os Estados Unidos, está em recessão contínua há vários anos, e, este facto que mina a sua capacidade de projectar forças armadas em extensão, quantidade e qualidade, retira-lhe igualmente capacidade de impor a hegemonia, que apregoa.

Sem incremento das condições materiais, a força deixa de a ser. 

O seu “espaço de dominação” começa a ser contestado e a ser ocupado, lenta mas paulatinamente, por Estados (ou grupos de Estados) concorrentes. 

O que se torna preocupante, mas também desafiante, é que essa potência em decadência económica, está toda ela impregnada de militarismo, com material castrense de qualidade e a transformar-se, radicalmente, em formação estatal de guerra, como forma de sobrevivência da sua doutrina de superioridade. 

Internamente, estrutura um forte Estado policial, como está a acontecer, e dele falaremos mais adiante, e externamente, utiliza (e continuará a utilizar), directa ou por intermédio de capangas associados, a violência guerreira sem limites. 

O que os próximos anos – dez, 15 – nos irão indicar é, se a ascensão sem limites do grande capital financeiro ao domínio total do poder público, se torna um travão à evolução económica interna e externa (na indústria, na agro-indústria, na garantia de melhoria das condições de vida das populações), e então teremos um isolamento quase total do seu poder político estabelecido. 

(Pouco antes da primeira eleição de Barack Obama, como Chefe de Estado norte-americano, a CIA emitiu um relatório, intitulado “Como será o mundo em 2025?”, onde o departamento oficial da espionagem dos Estados Unidos admite que, naquela data, aquele país já não será a principal potência mundial, embora registem que ainda terá um papel a desempenhar na política activa mundial). 

E se tal ocorrer, certamente, irão haver movimentações populares e mesmo de sectores sociais da pequena burguesia que contribuirão para a destruição desse poder político. 

4 – Como atrás referimos, a crise de 1973 foi o sinal de alarme para um sem número de crises, que se estenderam desde a social democrata Suécia às falências dos “trigres asiáticos” nos anos 80. 

Os EUA voltaram a sentir nova crise de envergadura no sistema financeiro entre os meados dos anos 80 e os princípios de 90, com mais de dois mil bancos e entidades financeiras a entrarem em colapso e a falirem. 

É, precisamente, neste período que os mentores do sistema político norte-americano emitem e põem em prática a doutrina de, em primeiro lugar, está o grande capital financeiro, e, para conseguir tal, o poder de Estado tem de impor esta doutrina a qualquer preço, interna e externamente. 

Está, deste modo, em marcha a fascização de novo tipo da sociedade norte-americana, e, em todo “o seu espaço vital”. 

É nesta altura que, ideologicamente, se impõem os “neo-cons”, e politicamente, se vai organizar internamente, toda a superestrutura estatal norte-americano com cariz policial. 

O pretexto foi o chamado ataque às Torres Gémeas, a 11 de Setembro de 2001, na realidade um “golpe de Estado interno”. 

E a ele estiveram associados todos os nomes sonantes dos “new cons”, pertencentes à Administração norte-americana, ou em sintonia política com essa orientação, nomeadamente os então vice-presidente Dick Cheney, o secretário de Defesa Ronald Rumsfeld, o procurador-geral da Justiça, primeiro, John Ashcroft, secretário da Defesa adjunto Paul Wolfowitz, subsecretário de Estado da Defesa Richard Perle, subsecretário da Defesa para os Serviços Secretos William. Boykin, a conselheira da Defesa Nacional Condoleeza Rice e a embaixadora dos EUA na ONU Jeanne Kirkpatrick, o director da CIA George Tenet e os principais chefes militares da altura. 

(Todos estes políticos estão ligados ao lobby judaico, que domina o sistema financeiro e bancário norte-americano. A maior parte são mesmo judeus ortodoxos de submissão aos ditames da política de Israel, o seu primeiro e principal país!!!) 

Sem qualquer tipo de investigação, apontaram de imediato que teria havido um ataque da Al Qaeda e instituíram uma teoria e prática de “Guerra ao Terror” e apontaram o Afeganistão, naquele momento, como o centro de formação de “terroristas”. 

O governo do Afeganistão pediu provas ao seu homólogo de Washington de que os ataques teriam provindo de Osama Bin Laden. Caso fossem apresentadas, segundo Cabul, o executivo talibã entregaria de imediato Bin Laden. 

A Administração norte-americana nunca apresentou quaisquer provas, nem a Cabul, nem publicamente, e, prontamente lançou uma guerra contra aquele país. 

Em poucos dias, estava elaborado o chamado “Acto Patriótico”, em que, em nome da “segurança nacional”, poderiam ser detidas, sem qualquer mandado judicial, pessoas eventualmente suspeitas de poderem praticar actos lesivos da mesma. 

Deste modo, começaram a ser detidas ilegalmente milhares de pessoas, primeiro, nos Estados Unidos e, posteriormente, em todo o Mundo. 

Em 2002 (Setembro) foi, oficializada, a “Doutrina Bush” de guerra preventiva, votada e apoiada no Conselho de Segurança Nacional, como texto intitulado “Estratégia de Segurança Nacional dos Estados Unidos”, que, se pontuava pelo seguinte: “temos de dissuadir e defender contra a ameaça antes que ela seja desencadeada…mesmo que não existam certezas quanto ao momento e local do ataque do inimigo…Os Estados Unidos. Se necessário, agirão preventivamente”. 

Esta política nazi levou à detenção indiscriminada de estrangeiros (cerca de 1.500 teriam sido detidos e colocados em prisões, muitas delas secretas, nos dias seguintes ao 11 de Setembro). 

A Administração norte-americana nunca divulgou o número real, nem até agora levou a julgamento esses detidos. 

Nem se sabe exactamente o que aconteceu à sua maioria. 

Pelos documentos oficiais, entretanto tornados conhecidos, além do planeamento já existente para levar a guerra ao Afeganistão, sabe-se que, a 11 de Setembro, o secretário da Defesa Ronald Rumsfeld emitiu ordens de acção imediata para os seus mais próximos colaboradores para arranjarem “provas de evidência” do envolvimento do Iraque no chamado ataque terrorista às Torres Gémeas, de Nova Iorque. 

Em conluio, e sem qualquer espécie de reflexão, os países membros da NATO sustentaram que um ataque contra os Estados Unidos se transformava num ataque a todos os países da coligação militar ocidental. 

De imediato, países como a Austrália, Nova Zelândia e Inglaterra, puseram em marcha medidas idênticas nos seus países contra estrangeiros e troca de informações privadas. 

A política de “segurança de Estado” norte-americana levou à oficialização da tortura como método legal de obtenção de informações, à criação de campos de concentração em áreas exteriores aos limites do Estado norte-americano, mas sob ocupação ou supervisão da Justiça e das Forças Armadas, à utilização de cadeias secretas em numerosos países, amigos ou inimigos, mas que aceitavam, secretamente, as condições de Washington. 

Tudo com a assinatura do próprio Presidente dos Estados Unidos, ou, no caso das torturas, do seu Ministro da Justiça, que nos EUA se apelida de Procurador-Geral. 

E, foram postas em prática a intervenção e ocupação de países estratégicos para “a segurança nacional” dos EUA. 

Falamos concretamente do Iraque e Afeganistão, 

Existe um único “relatório oficial” sobre o 11 de Setembro, que culpabiliza sem qualquer prova a Al-Qaeda.  

Hoje, sabe-se que aquela estrutura é uma formação formada pela CIA e financiada pelo regime sunita wahhabita da Arábia Saudita. 

Nunca houve uma reivindicação formal daquela da efectivação do ataque às Torres Gêmeas. 

Os especialistas independentes e conhecedores, sempre desmentiram que indivíduos, sem experiência de navegação aérea, tivessem capacidade de pilotar aviões, com a tecnologia desenvolvida como a dos dois que se despenharam sobre as citadas Torres. 

3 - Nem a “Guerra do Terrorismo” era (e é) uma questão meramente passageira norte-americana, nem a politica dos “neo cons” de defesa intransigente do sistema financeiro dos Estados, como uma questão fulcral da defesa do Estado, um assunto apenas da classe dominante de Washington (políticos, governo e capitalistas), que esmorecia com o afastamento dos principais impulsionadores do centro de decisão de um novo executivo que sucedeu a Bush filho

Os propagandistas liberais do sistema capitalista eterno e duradoiro, que se poderia “democratizar” com o sucessor democrata e descendente de africano na chefia do Estado, como Barack Obama, depressa ficaram desiludidos com o seu ídolo de pés de barro. 

Não só não acabou com o sistema nazi-fascista que orienta o “Acto Patriótico”, como manteve os campos de concentração, como o de Guantánamo, e as cadeias secretas, que se estão vindo a descobrir um pouco por todo o Mundo, forjadas quer por liberais e sociais democratas da Europa, quer por “ditaduras” então amigas dos Estados Unidos, como a Síria e a Turquia. 

Mas avançou mais. Autorizou a organização de operações que podem conduziram à “morte selectiva” e secreta dos próprios norte-americanos que se manifestem contra a doutrina da supremacia imperial ianque. 

E deu cobertura total aos massacres e métodos nazis de tortura desencadeados nos países ocupados do Médio-Oriente, como Iraque e Afeganistão, efectuado sob o comando do general David Petraeus, que veio a nomear, como prova da sua dedicação á causa imperial, director da CIA. 

Na realidade, conforme foi agora tornado público pelo jornal inglês “The Guardian”, não desmentido, David Petraues está acusado de formar campos de concentração para sunitas no Iraque, onde eles seriam torturados por xiitas, supervisionados pela chefia militar norte-americana. 

O subordinado de Petraeus, que dirigia esses “esquadrões da morte” era um coronel de nome James Steel, nomeado para aquela missão pelo secretário da Defesa de Bush Donald Rumsfeld. 

A demissão apressada de Petraeus da CIA, há seis meses, atribuída a um caso extra-conjugal, parece estar relacionada, na realidade, com a investigação que o jornal britânica estava a realizar e que chegou ao conhecimento dos serviços secretos de Washington. 

Entretanto, Obama nomeou para o cargo vago de director da CIA, outro torturador, John Breenam, também ele ligado aos centros de detenção e tortura e aos programas de utilização de “drones” (pequenos aviões ultra-sofisticados, sem tripulação) para abate selectivo de oposicionistas, incluindo cidadãos norte-americanos, que o poder considere serem “terroristas”. 

El presidente estadounidense, Barack Obama (izda), escucha a su consejero adjunto para Seguridad Nacional, John Brennan, nombrado nuevo director de la CIA, en reemplazo del general David Petraeus, en la East Room de la Casa Blanca, Washington, EE.UU. EFE

Mas a continuação da política económica dita “neo-conservadora” (os economistas da nossa praça chamam-lhe neoliberal) foi prosseguida por Barack Obama. 

Claro que noutras condições e com a mudança de certas caras. 

Ele deu o lugar de secretário de Estado do Tesouro, no seu primeiro mandato, precisamente, a um dos homens-chave de Wall Street, apologista da defesa intransigente do sistema financeiro, o judeu Tim Geithner e os seus conselheiros económicos – Richard Rubin e Larry Summers, ambos judeus – personalidades chaves da desregulamentação total do sistema bancário nos Estados Unidos. 

Mas como referíamos, a questão da “luta anti-terrorista", bem como a política de sustentação a todo o custo do grande capital financeiro, como objectivo central do Estado, não está confinada aos Estados Unidos. 

Alastrou-se a todo o Mundo, incluindo aos modelos de capitalismo de Estado, como a China. 

O ídolo da burguesia mundial que foi Barack Obama, no seu primeiro mandato, rapidamente levou as suas premissas económicas de modelo capitalista, e ele está a ser aplicado, com a força, com gradações diversas segundo os países mais ou menos industrializados, na União Europeia, em menor escala na América Latina, mas em grande escala no Japão, Malásia, Tailândia e Coreia do Sul. 

Bem como, o modelo de nazificação crescente da sociedade. 

Tal processo esta a ser introduzido, paulatinamente, como “única alternativa” de “salvação da sociedade”. 

E estão a fazê-lo utilizando, justamente, o voto popular e as eleições parlamentares, para tornar legais, através de uma campanha, sem precedentes, de manipulação de propaganda, via grandes meios de comunicação social, as medidas mais opressivas e de rapina das classes trabalhadoras, sugando-as até ao tutano. 

A interajuda dos poderes políticos dominantes actuais – desde republicanos ou democratas, nos EUA, conservadores ou social democratas na Europa e noutros Estados, é-nos, precisamente, relatado com o que se está a passar – porque a situação persiste hoje - com a colaboração entre os governos norte-americanos de 54 países dispersos por todo o mundo para manter prisões secretas e de tortura de prisioneiros, que se iniciou, oficial e clandestinamente, com o 11 de Setembro de 2001. 

Um relatório da organização humanitária Open Society Justice Iniciative referiu, sem contestação, 54 paises, onde estão, nomeadamente, a Bélgica, Dinamarca e Canadá. Na Europa são citados 25, alem dos já mencionados, entre outros, apontam-se Áustria, Bósnia-Herzegovina, Croácia, Finlândia, Alemanha, Irlanda, Reino Unido, Espanha, Itália, Roménia, Polónia e Lituânia. 

Mas abrange, territórios tão diversos: do Afeganistão, passando pelo Iémen, Tailândia e pelo Zimbábue. A Austrália é mencionada, assim como o Irão, que entregou dez pessoas aos Estados Unidos apesar da difícil relação com Washington. 

5 – O grande capital financeiro chegou a um impasse. E a sua expansão baseada no poder crescente da força das armas está a minar a própria sociedade. 

Quer o poder do Capital, quer a voracidade armamentista, como política imperial de Estado, está a minar o actual sistema política, não só dos Estados Unidos, mas da própria Europa, e a dar sinais que poderá atingir, nos próximos anos, a China e a Rússia. 

As relações produtivas capitalistas estão a dar sinais de decadência acelerada, mas ainda não se verifica um amadurecimento total do capitalismo para levar à sua eliminação indolor. 

Terá de haver uma melhor preparação da subversão, com um programa mais elaborado, um alargamento maior e a um estádio superior de descontentamento e revolta para fazer implodir um movimento revolucionário nos Estados mais avançados e conscientes. 

Os contratos estabelecidos entre os povos, através de conquistas de melhorias sociais e societárias, estão a ser quebrados. 

As classes trabalhadoras que estavam confinadas e cumpriam esse contrato, começam a deixar de estar sujeitas a essas leis, incluindo as Constitucionais. 

O direito à Revolução é um espectro que hoje ameaça as classes dirigentes. 

Vamos ver como serão os próximos tempos.

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