quarta-feira, 9 de novembro de 2011

OS CAPITALISTAS ESPECULADORES DOS EUA ESTÃO A DESTRUIR A UNIÃO EUROPEIA














1 - Jim O´Neill, o traficante mor do capital norte-americano, Presidente do Conselho de Administração do banco de especulação financeira norte-americana, Goldman Sachs, liderado pelos capitalistas judeus, onde a Igreja Católica Vaticana mantém uma grossa fatia de acções, debita "bitaites" sobre a situação da zona euro, como se a crise europeia fosse "obra" que estivesse a leste da quase falência do superbanco que lidera.

Refere o vigarista norte-americano, que recebe uma grossa maquia como administrador de uma instituição, a quem o Estado injectou, há três anos, milhões e milhões de dólares, e que fez esvair, pouco depois, algures, para vários off-shores, que Portugal, Irlanda, Finlândia e a Grécia podem sair da zona euro.

E, como especulador dá orientações para desmembrar a política monetarista europeia: Assinala ele que pode haver "a ideia" - e de quem é a ideia ? - de uma integração orçamental a nível europeu liderada pela Alemanha e se tal "cenário" for posto em prática - e porque ele está preocupado com esta hipótese? - pode levar alguns países da zona euro, nomeadamente Portugal, Irlanda, Finlândia e Grécia, a ponderar abandonar a moeda única.

"Os alemães querem uma maior unidade orçamental e uma fiscalização central mais apertada, com a ideia de um ministro das Finanças [europeu]. É difícil ver todos os países a querer viver com isso", explicou em entrevista ao Sunday Telegraph.




(E o que é o grupo Telegraph? Justamente de capitalistas britânicos refinados do ramo imobiliário: os Barclays).

Deixemos de nos concentrar na entrevista e viremo-nos para o papel e a função que o Goldman Sachs realiza na desagregação do sistema económico e social da União Europeia.

Citemos o jornal francês Le Monde, a este respeito:

"Acusado de ter ajudado a Grécia a camuflar o estado real das suas finanças públicas e de especular sobre a dívida daquele país, o grande banco comercial norte-americano dispõe de uma rede sólida de conselheiros aos quais os responsáveis europeus dão ouvidos.

Petros Christodoulou finge que não liga aos cumprimentos. Desde a adolescência que este primeiro aluno da turma está habituado a ouvir dizer o melhor possível da sua pessoa.


Nomeado, em 19 de Fevereiro, director do organismo de gestão da dívida pública grega, está hoje na primeira fila. Acontece que este antigo director de activos do National Bank of Greece (NBG) está no centro do inquérito, anunciado em 25 de Fevereiro pelo Banco Central dos Estados Unidos (Fed), sobre os contratos relativos à dívida grega que ligam o banco comercial americano Goldman Sachs e outras empresas ao Governo de Atenas.

Aquele estabelecimento de Nova Iorque foi pago como conselheiro bancário do Governo grego, ao mesmo tempo que especulava sobre a dívida do país. O banco emissor norte-americano está interessado no papel desempenhado por Petros Christodoulou, que, no início de 2009, supervisionou, ao lado do Goldman Sachs, a criação da sociedade britânica Titlos para transferir a dívida orçamental da Grécia para o NBG. Antes de trabalhar para este último, o interessado tinha sido funcionário do… Goldman Sachs.

"Governo Sachs"

Este caso é esclarecedor quanto ao poder da rede de influências europeia do Goldman Sachs, sedimentada desde 1985. Esta trama apertada, simultâneamente subterrânea e pública, tem intermediários e fiéis que, graças às suas agendas de contactos, abrem as portas dos gabinetes governamentais. Estes conselheiros, recrutados com extremo cuidado e a preço de ouro, conhecem todas as subtilezas dos corredores do poder no seio da União Europeia. Têm a confiança dos decisores, aos quais podem telefonar directamente nos momentos de crise.

Quem são esses membros da vertente europeia do "governo Sachs", como há quem chame àquele banco, devido ao seu poder de influência em Washington?


O elo de ligação principal é Peter Sutherland, presidente do Goldman Sachs International, a filial europeia com sede em Londres. Este antigo Comissário Europeu da Concorrência e antigo presidente da BP é o homem fundamental, no que diz respeito aos Vinte Sete e à Rússia.


Em França, o banco beneficia do apoio de Charles de Croisset, antigo presidente do Crédit Commercial de France (CCF), que sucedeu a Jacques Mayoux, inspector da Inspecção-Geral de Finanças e antigo patrão da Société Générale.


No Reino Unido, o Goldman conta com Lorde Griffiths, que foi conselheiro da antiga primeira-ministra Margaret Thatcher, e, na Alemanha, com Otmar Issing, antigo membro da Comissão Executiva do Bundesbank e antigo economista principal do Banco Central Europeu (BCE).

Goldman funciona no mundo real

Para já não falar da série de "antigos colaboradores", catapultados para as esferas dirigentes e com os quais o banco pode contar para mover os seus peões. O mais conhecido é Mario Draghi, que foi vice-presidente para a Europa entre 2001 e 2006 e é actualmente governador do Banco de Itália e patrão do grupo de reguladores, o Conselho de Estabilidade Financeira. (
AGORA, PRESIDENTE DO BANCO CENTRAL EUROPEU).

Contudo, não esperem encontrar antigos diplomatas refinados nos corredores vetustos do Goldman Sachs International: o banco recorre a ex-financeiros e economistas, altos quadros de bancos centrais e altos funcionários das organizações económicas internacionais. Considera que os embaixadores na reforma são figuras decorativas simpáticas que não têm contactos ao mais alto nível e não percebem nada do mundo dos negócios. O Goldman funciona no mundo real.

Para o Goldman Sachs, uma das vantagens desta rede é a possibilidade de avançar sob disfarce. Assim, no Financial Times de 15 de Fevereiro, Omar Issing assina um texto hostil à operação de salvamento da Grécia pela União Europeia. O interessado assina o artigo, sem especificar que é conselheiro internacional do Goldman Sachs desde 2006 – nem que o departamento de negócios do banco, que especulou contra a moeda única, tem tudo a perder com uma intervenção europeia".

Verifiquem ainda alguns dos gabirús da política e economia (o contrário também é verdadeiro), ligados à Goldman:

Hank Paulson, antigo secretário de Estado do Tesouro dos EUA
Saiu da liderança do Goldman Sachs para ser secretário de Estado do Tesouro durante a administração Bush. Paulson delineou o programa de ajuda à banca durante a crise financeira de 2008, que também resgatou o Goldman.

Mark Carney, governador do Banco Central do Canadá
O actual governador do banco central do Canadá passou 30 anos no Goldman.Foi responsável pelas áreas relacionadas com risco soberana e foi o homem com a tarefa de delinear a estratégia do banco durante a crise russa de 1998.

Romano Prodi, antigo presidente da comissão europeia
O antigo presidente da Comissão e ex-primeiro-ministro italiano esteve no Goldman nos anos 90. A ligação valeu-lhe críticas da Oposição quando rebentou um escândalo a envolver o Goldman e uma empresa italiana.

Robert Zoellick, presidente do Banco Mundial
O actual presidente do Banco Mundial foi director-geral do Goldman. Antes de se juntar ao banco tinha trabalhado no Departamento do Tesouro norte-americano. Lidera o Banco Mundial desde Julho de 2007.

Robert Rubin, antigo Secretário de Estado do Tesouro dos EUA
Robert Rubin teve cargos de topo na administração do Goldman. Após 26 anos no banco foi escolhido por Bill Clinton como secretário de Estado do Tesouro. Após passar pelo Governo, trabalhou no Citigroup.

Ducan Niederauer, presidente da NYSE Euronext
O presidente da NYSE Euronext, Duncan Niederauer, que detém as bolsas de Nova Iorque e de Paris, Bruxelas, Amesterdão e Lisboa, foi responsável do Goldman pela área da execução de ordens dadas sobre títulos financeiros.

Mark Patterson, Chefe de Ganibete do Secretário do Tesouro dos EUA
Mark Patterson é o chefe de gabinete do actual secretário do Tesouro dos EUA, Timothy Geithner. Antes de se juntar ao governo estava registado como lóbista, intercedendo para defender os interesses do Goldman.

Ora este Goldman Sachs, que está, agora, à beira da falência, e socorremo-nos da própria imprensa económica capitalista portuguesa, neste caso o Jornal de Negócios de 6 de Julho passado "foi o banco que contraiu a maior dívida numa linha de financiamento criada pela Reserva Federal durante o pico da crise financeira. Os detalhes da operação foram, até hoje, mantidos em segredo.

Entre 7 de Março e 30 de Dezembro de 2008, a Reserva Federal conduziu leilões de dívida denominados "acordos de recompra de tranche simples" para fornecer liquidez ao sistema financeiro norte-americano durante o ano da crise internacional.

As iniciativas de financiamento de curto prazo ocorreram, ao longo de 2008, com uma frequência de quase uma por semana e os montantes das emissões foram de 15 ou 20 mil milhões de dólares. A maturidade dos empréstimos foi de 23 ou 28 dias.

Os detalhes destas operações foram mantidos em segredo pela Reserva Federal e divulgados hoje, no âmbito de um pedido da Bloomberg, no âmbito da Lei de Liberdade de Informação ("Freedom of Information Act").

O Goldman Sachs tomou o empréstimo mais avultado das várias acções de financiamento. No dia 7 de Dezembro, o banco financiou-se em 15 mil milhões de dólares numa linha de financiamento a 28 dias em que pagou uma taxa de 1,16% implícita no preço de compra e subsequente venda dos títulos.

No mesmo dia, o banco financiou-se em cinco mil milhões de dólares através do mesmo mecanismo. Mas a taxa implícita nesta operação foi já de 1,25%.

As taxas de juro variavam de operação para operação. O juro mais baixo pago nesta linha de financiamento foi numa operação em que o Goldman Sachs contraiu um empréstimo de 200 milhões de dólares".

Ora, este dinheiro foi utilizado para fazer empréstimos a juros avultados ao próprio país e a outros paises, como a Grécia.

Pura agiotagem. Feita com a conivência dos judeus Ben Bernanke, presidente da Reserva Federal norte-americana e Timothy Geithner, secretário do Tesouro dos EUA, e, naturalmente, a assinatura e cumplicidade activa do Presidente Barack Obama.




2 -Os bancos portugueses precisam de se capitalizar em 7.804 milhões de euros para atingir o novo rácio de capital de 9 por cento, segundo cálculos da European Banking Authority (EBA)

Há mais de um ano que os bancos portugueses vivem suportados pelo Banco Central Europeu (BCE).

Ora, seguindo as orientação do capital internacional, o Executivo pretende injectar oito mil milhões de euros na Banca em 2012, com o objectivo de promover a recapitalização dos bancos, noticia o Diário Económico.

O Orçamento de Estado para 2012 (OE 2012) apresentado pelo Governo refere que, em 2012, será injectado na Banca portuguesa até oito mil milhões de euros para promover a sua recapitalização e fomentar a economia.

Claro que os banqueiros especuladores portugueses somente aceitam esta capitalização, se não houver interferência na gestão dos respectivos bancos. E é essa a ideia do governo portugueses.

Recorrer a medidas de austeridade para financiar, praticamente a fundo perdido, o sistema bancário capitalista português. Certamente, isso irá acontecer.

Ora, os bancos portugueses estão já a ser beneficiados a custos praticamente zero, sendo o juro máximo de 1%. Uma roubalheira. Pois, já estão descapitalizados. Para onde foi o dinheiro que receberam?

Aqui aparece, novamente, a Goldman Sachs nas manobras especulativas através dos seus homens de mão e dos respectivos bancos interessados, que não são nacionais, mas filiais de estabelecimentos bancários internacionais, como o BPI, o BES, o BANIF, e a própria Caixa Geral de Depósitos (embora esta contenha uma forte participação nacional).

Vejamos os homens:


António Borges, director do Departamento Europeu do FMI
O economista foi vice-presidente e director-geral do Goldman entre 2000 e 2008. Após sair do banco foi da associação que delineia a regulação dos ‘hedge funds'. Em Outubro de 2010, foi nomeado director do FMI para a Europa.

Carlos Moedas, Secretário de Estado adjunto do Primeiro Ministro.
Após acabar o MBA em Harvard, no ano 2000, o actual responsável pelo acompanhamento do programa da ‘troica' foi trabalhar para a divisão europeia de fusões e aquisições do Goldman Sachs. Saiu do banco em 2004.

António Horta Osório, presidente do Lloyds Bank
O primeiro emprego de Horta Osório após terminar o MBA no Insead foi no Goldman, centrando-se na área de ‘corporate finance'. Actualmente é presidente do banco britânico Lloyds depois de ter estado no Santander.

E ainda Miguel Frasquilho, deputado do PSD, que está encarregue no acompanhamento da troica e é quadro superior do BES e Marques Nunes, deputado do CDS, que está igualmente a fazer parte do acompanhamento da troica e é advogado de um dos maiores escritórios de advocacia do país (Morais Leitão e associados), justamente interessado nas grandes privatizações que o executivo de Passos Coelho quer fazer passar para o capital internacional.



Ora, os governos dos EUA e da União Europeia, incluindo o português, não representam nada mais, nada menos, do que uma enorme organização societária estabelecida pelos capitalistas mundiais, centrados na Wall Street e na City de Londres que pretendem repartir os Estados por áreas de concorrência bolsista para enriquecimento à custa da exploração desenfreada de quem trabalha.

Ou, se desfaz esta trama a nível internacional, com acções concertadas e imediatas ou, cairemos no empobrecimento geral da população e no retrocesso da própria sociedade.





















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