terça-feira, 28 de junho de 2011

NUNO CRATO: O CRISTÃO-NOVO DO PSD














De um lado para outro...
















O novo Ministro da Educação e do Ensino Superior, Nuno Crato, apresenta-se como professor de Matemática, pedagogo e crítico do sistema de ensino existente em Portugal.

Tem, naturalmente, detractores e admiradores, principalmente, quando pretende impor "disciplina" nas aulas e "obrigar" os professores a serem mais eficientes no seu trabalho profissional.

Tornou-se, para muitos, um sacrossanto de um novo sistema de ensino no país.

Naturalmente, não poderemos fazer-lhe uma avaliação completa, como Ministro, sem sabermos, com clareza, quais são os seus propósitos, e os materializar.

Devemos, todavia, em primeiro lugar, interrogar-nos sempre, quando aparece num sistema abertamente capitalista, um "salvador da Pátria" neste caso na Educação e no Ensino. Principalmente, quando já fez muitos desvios ideológicos.

Em primeiro lugar, Nuno Crato vem para o governo, não directamente de uma empresa de ensino ou de pedagogia escolar, mas da presidência do Taguspark, cargo para que foi escolhido - não houve eleição, nem concurso público, convem referir isto -, em Junho de 2010, ou seja quando o seu "indicador" foi nada mais nada menos que o governo do PS. Recebia - melhor dizendo, empochava - qualquer coisa como 15 mil euros/mês.

Nada mal. Então temos de ficar de pé atrás sobre a verdadeira razão porque abandona um cargo principescamente renumerado para aceitar ser ministro e ganhar metade.

Mas vamos conhecer então algo do percurso de Crato.


Como estudante da Faculdade de Ciências de Lisboa, aderiu a um dos grupos chamados m-l, e após o 25 de Abril, pertenceu, de alma e coração, ao PC(R)/UDP, onde foi activo e convicto militante. Foi membro do Conselho Permanente do Conselho Nacional da UDP.


Finalizou essa actividade por ocasião de uma dissidência naquele, encabeçada pelo então membro do secretariado do PC(R) e director do seu jornal "A Voz do Povo" João Carlos Espada, hoje um universitário e teorico das ideias "neo-liberais" do capitalismo.


Quando saiu do PC(R), Espada fez uma profissão de fé - eu assisti - na continuidade do seu apego ao comunismo. Profissão de fé que foi "ar que lhe deu" quando progrediu "na carreira académica e política" do neo-liberalismo.

Crato, que fora estudante da Faculdade de Ciências de Lisboa, tida como uma instituição exigente no ensino e no trabalho escolar, não foi a entidade educativa de retorno aos estudos de Nuno Crato. Escolheu Económicas e Financeiras, que era então considerado um centro de "passagens fáceis". Nunca se soube como Crato conseguiu pagar as proprinas e os estudos. Não trabalhou nesse período. É uma zona cinzenta da sua vida, que não está na sua biografia oficial, como não está a sua passagem pela militância m-l.

Curioso é que a sua passagem ao "limbo" da matemática dá-se com um doutoramento nos Estados Unidos: Stevens Institute of Technology e no New Jersey Institute of Technology, onde esteve muitos anos. É a partir desta passagem pelo estrangeiro que Nuno Crato se apresenta como teorizador, divulgador da matemática e de novos métodos de ensino. Recebe inclusivé premios internacionais, no domínio da sua especialização em Matemática.

Além de propor mais exames nacionais em todas as disciplinas e de reforçar a avaliação dos professores, que pode parecer magnífican à primeira vista a muita gente, o que Nuno Crato fez questão de sublinhar é que a sua linha de orientação irá ser regida pelo acesso a entidades privadas para as pôr em prática, bem como a "redescobrir" a figura do reitor/director dos estabelecimentos de ensino público, que podem também ser escolhidos através de gestões privadas.

Isto, em termos políticos, - e em política não há neutralidade -, quer queiramos, quer não, são formas de privatização do ensino. Logo, Crato tem uma missão como representante de interesses privados a cujo governo pertence. E nesse sentido vai o apoio ao ensino privado, que é maioritariamente, dependente da Igreja Católica.

Não sejamos, portanto, ingénuos. Esperemos.


sábado, 25 de junho de 2011

PORTUGAL/5 DE JULHO: FOI DERROTADA A REVOLUÇÃO?



























As recentes eleições legislativas em Portugal a 5 de Junho trouxeram uma derrota violenta para aqueles que se proclamavam revolucionários, e, no interior dos partidos que se reclamavam de tais, germinam, ou começaram a germinar, polémicas e acusações, mais visíveis no Bloco de Esquerda, como sempre encapotadas, desde a sua existência, no PCP.


E isto quando estão, em "cima da mesa", sinais evidentes de uma crise política, social e económica, cujos efeitos estão a recair, sem qualquer remissão, sobre as classes assalariadas, e em menor escala, sobre alguns sector da pequena burguesia urbana e rural.


(Convém assinalar que o sucedido em Portugal a 5 de Outubro, não é um acto isolado, mas faz parte de um drama contra-revolucionário que está a percorrer a Europa, em particular a União Europeia, e os EUA, com largas semelhanças, ao que ocorreu nos anos 30 e subsequentes e, que nos finais dos mesmo desembocaram, nessa altura, numa guerra apelidada de mundial. Por isso, na minha opinião, a análise que deve ser feita e o debate necessário não só em Portugal, deve ser alargado, especialmente, para essa mesma Europa e Estados Unidos).


A - O que de novo se deu neste drama, e porque aconteceu no interior de um sistema parlamentar, facto este que deve trazer alertas para uma debate mais profundo - para a estratégia e a tácticas revolucionárias - é que os poderes (económicos e políticos) que estavam no poder antes do 25 de Abril - com o marcelismo na sua fase de estertor - são, agora, os reais e sucessores do mesmo, na ideologia, na política e na economia.


E os homens tidos como os mentores fátuos do 25 de Abril, mas, na realidade, os fautores primários que conduziram a esta situação, os dinossauros do PS, na versão "sociedade social", quer seja nas suas carcaças barbáricas e pós-moderna, ou seja desde Mário Soares a José Sócrates, ou na versão "militar", os oficiais dos grupo do Nove, que realizaram o golpe de Estado de 25 de Novembro de 1975, foram lançados, sem apelo, nem agravo, pela borda fora, com lamentações ridículas de incompressão e proclamações altisonantes de que estarão sempre atentos à defesa da democracia e da liberdade.


B - Nestas eleições legislativas foi destroçada a perspectiva revolucionária?


Eu penso que não. O que foi derrotado em Portugal, e sigamos o que tem estado em jogo na UE, em termos eleitorais, mas não só, é uma concepção reformista revolucionária de fazer política. E é esta concepção que está, para mim no centro do debate.


O taticismo que enfermam os partidos considerados revolucionários em Portugal e na UE é a "perseguição inglória" de que pode haver uma "aliança histórica" com um Partido Socialista, arrastado para a "esquerda". É uma visão distorcida de uma táctica revolucionária, que deve saber utilizar a arena parlamentar para levar as classes assalariadas a "cortar" com a "esperança" de que a social-democracia é a alternativa ao poder puro e duro do capital financeiro especulativo.


Conforme tenho referido, em política revolucionária não existe "direita" e "esquerda", mas sim luta anticapitalista contra o sistema capitalista dominante, o que pressupõe, em estratégia, um programa de ruptura, perfeitamente delineado e que tem de ser divulgado.


Ora, isto nunca existiu em Portugal desde sempre, mas de maneira mais evidente desde o 25 de Abril. PCP, UDP, PSR, MES, MRPP e outros partidos, estagnaram os seus programas sobre os escombros contra-revolucionários que se seguiram à Revolução de Outubro de 1917.


A aproximação ao PS, alimentando, ideologicamente, que ele é de "esquerda" é um erro e uma deturpação de toda a economia política e da análise teórica materialista da História.


Numa época de crise política e económica, de desnorte no seio das massas laboriosas sobre a possibilidade de haver uma novo caminho na evolução societária, o principal esforço teórico revolucionário - e as derrotas servem para meditar sobre tal - é o de procurar definir uma nova via que separe águas e impulsione a consciência política daqueles que começam a sentir a carência social de sobrevivência, e querem descortinar ao fundo do túnel uma luz que possa trazer-lhe uma esperança de mudança, de ultrapassagem das hesitações que existem neles sobre a implantação de uma nova sociedade.


C - Ora, nestes anos de derrotas política para o campo revolucionário, temos de baixar os braços e afirmar que não há possibilidade de uma convulsão revolucionária?


Não. Temos de verificar que, apesar do desnorte programático e da inexistência de partidos revolucionários na Europa e em particular na União Europeia nestes 30/40 anos, verificaram-se profundos efeitos das lutas desenvolvidas. A França de 1968 esteve em vias de produzir um novo regime. Foi preciso um golpe militar interno e uma certa desmobilização dos sectores operários para conter uma massa laboriosa que deseja "mudar o Mundo".


A burguesia, hoje, com a actual crise sabe que o que está em jogo é, justamente, a possibilidade de uma grande convulsão social poder transformar-se em revolução. E esta deixou de ser uma palavra de nojo para se tornar numa palavra de realidade.


4 - Na derrota eleitoral de 5 de Junho, como nas derrotas eleitorais e políticas revolucionárias na UE, o que, no meu ponto de vista, temos de aprofundar, é precisamente as mudanças económicas e sociais no interior das sociedades neste anos de construção europeia, e de maneira evidente, as mudanças no interior das próprias classes trabalhadoras.


Temos de ver causas, temos de inquirir sobre as modificações das relações sociais, temos de buscar razões fundamentadas para ver porque as contradições sociais não se aprofundaram quando as crises burguesas atingiram patamares elevados. Não fulanizaram ou estiolar a discussão em torno de guerras pessoais.


Penso que uma das nossas faltas de perspectiva política foi a não compreesão do que estava a ser destroçado pelo avanço da burguesia, em particular da burguesia financeira ultra-marginal, não era a revolução propriamente dita, mas os atrasos ainda existentes do modo de produção capialista no interior dessa mesma UE. E isso, do ponto de visto histórico para mim, foi o mais importante.


Para a maior parte dos países da UE, a sua inserção na mesma obrigou-os a acelerar o seu desenvolvimento capitalista, incluindo Portugal, e as massas trabalhadoras não estavam preparadas, na sua consciência e no seu incremento como seres despojados de todos os pertences materiais dos restos de um quase feudalismo que existiam nas regiões rurais e em muitas zonas urbanas próximas daquelas, não conseguiam aderir a um verdadeiro e consciente projecto de transformação social.


Quero com isto dizer que o desenvolvimento societário português - e mesmo europeu - que impulsionou camadas cada vez mais elevadas para a verdadeira proletatização (mesmo de colarinho branco), que, em termos de avanço histórico, foi revolucionário, não conduziu essas massas para o mesmo campo, mas, pelo contrário, trouxe para a sua consciencia laivos e práticas contra-revolucionárias, apoiando os partidos burgueses.


E isto, da parte dos partidos revolucionários não foi - assim o penso - verdadeiramente assimilado para forjar um programa revolucionário que estivesse à altura.


A derrota de 5 de Julho - e a situação na Europa, que do ponto de vista político trouxe um avanço enorme em potencial económico, financeiro e melhoria do bem-estar humano, o que igualmente está a elevar a consciência da própria massa de explorados - deve servir para elevar a sabedoria do que é necessário fazer no campo revolucionário.


E, para mim, um desses ensinamentos é a unidade programática e prática europeia na luta contra o Capital.

domingo, 19 de junho de 2011

NOVO GOVERNO: O DOMÍNIO ABSOLUTO DO GRANDE CAPITAL




Depois do descalabro governativo do governo do PS, liderado por José Sócrates, executivo este que representou, em especial, na segunda fase da sua permanência no poder, os interesses do grande capital financeiro, mas que menosprezou uma parte da grande burguesia industrial e comercial, surgiu um novo, liderado por um senhor desconhecido da governação do país, de nome Passos Coelho, mas não das hostes partidárias de onde são escolhidos os intermediário directos dos interesses centrais dos capitalistas, e ouviram-se as "vozez avisadas" dos diferenres patronatos numa sonora sintonia: "Temos o nosso governo, vamos impor a nossa política sem entraves".

Na realidade, quem governou, sob os últimos anos do governo de Sócrates, em exclusividade, não foi a burguesia portuguesa no seu conjunto, mas uma parte dela: a que domina a banca.

Foi ela quem impôs a modificação da legislação laboral, quem orientou os sistemas de controlo de crédito (público e privado), foi ela que regeu todo o planeamento e execução das grandes empresas públicas rentáveis e fortemente geradores de lucro.

Ela, neste três últimos anos, foi, realmente, a majestática "figura" que impôs as leis mais gravosas, arrepanhou o poder dos cargos no interior dessas grandes empresas e ditou o rumo nos investimentos públicos a favor do capital privado.

Temos, pois, o novo governo. Qual a razão desta alegria concertada de toda a burguesia nacional e internacional?

Para respoder a esta questão, em espaço telegráfico de um blog temos de ser concisos e precisos:

Porque este governo concentra em interesses imediatos, precisamente, o que de mais simbólico tem para a chamada grande burguesia, na sua facção ultra-dominante - o capital financeiro superespeculativo -, o apoio sem freio freios, nem hesitações: governo, leis, acção pró-hegemonia da bolsa, da fraude, do lucro fácil.

E principalmente um aspecto de enorme importância: vai ser este governo que irá transformar o défice público em argamassa e proveito de fonte de enriquecimento sem freio desse grande capital financeiro.

Para isso, temos de seguir o "curriccullum" económico, exactamente, meus amigos, este curricullum dos primeiro-ministro e dos ministros que vão ter papel na execução prática da política.

Comecemos por Passos Coelho. Este homem nunca teve um emprego, a não ser quando foi escolhido por Ângelo Correia, antigo ministro da Administração Interna de Cavaco Silva, para administrador real - ou fictício - do seu núclo de empresas, que não sei se existem ou não. Só uma auditoria ou investigação policial o poderá determinar. Mas que uma certeza tem: são "apendices" comerciais de grandes bancos.

Ora esse núcleo é apelidado de Fomentinvest, cujo testa de ferro é o ex-ministro de Cavaco Silva e ex-dirigente do PSD Ângelo Correia. Ora, este grupo não é autónomo, está intimamente ligado ao capital financeiro português, com destaque para o BES, BANIF, Ilídio Pinho, Banif, Amorim, BCP e CGD.

Se consultarem a imprensa, verifica-se que há indicações concretas de negócios obscuros.

Curso rápido de gestão e cito, da imprensa: "Faz estágio como gestor, e, em 2004, ingressa, como director financeiro, no Grupo Fomentinvest (2004-2006), tornando-se num dos braços direitos do ex-ministro Ângelo Correia. Passou a membro da Comissão Executiva (2007-2010), funções que acumulou com as de presidente do Conselho de Administração da HLCTejo (2007-2009)".

Leiam, com olhos de ler, a propósito, a extensa reportagem surgida em Fevereiro na revista Sábado

Transcrevo e repiso para que conste: "As empresas de resíduos do grupo Fomentinvest, onde Pedro Passos Coelho desempenha responsabilidades de gestão directa, têm como sócios figuras envolvidas em escândalos financeiros: os construtores Irmãos Cavaco, acusados de burla qualificada no caso BPN e Horácio Luís de Carvalho, que está a ser julgado por corrupção e branqueamento de capitais no processo do aterro da Cova da Beira".

O "herói" do novo governo é o Ministro de Estado e das Finanças - Vítor Gaspar.

Licenciou-se em Economia pela Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica Portuguesa em 1982, e obteve um doutoramento em Economia pela Universidade Nova de Lisboa em 1988.

Como professor e académico - que aliás foi a sua única actividade profissional, além de ter servido, fielmente, o sector financeiro nacional e internacional. É verdade, nada mais tem no seu curriccullum, além do facto de dar umas aulas. Sempre, sempre a teorizar a economia segundo Friedman, o mentor teórico do capitalismo lumpen norte-americano.

Retenhamo-nos na sua biografia: Foi membro suplente do Comité Monetário Europeu de 1989 e 1998 e representante pessoal do Ministro das Finanças na IGC que conduziu ao Tratado de Maastricht, foi chefe do comité entre 1994 e 1998 e membro do Gabinete de Consultores Políticos da Comissão Europeia de 2005 a 2006. Em Janeiro de 2007, passou a chefiar o departamento.

Em Portugal, foi conselheiro especial do Banco de Portugal e director-geral da área de investigação do Banco Central Europeu de Setembro de 1998 até Dezembro de 2004. Também foi Director de Investigação e Estatísticas do Departamento do Banco de Portugal e Director de Estudos Económicos do Ministério das Finanças.

Passemos ao Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas. Foi ministro da Defesa na governação de Santana Lopes. O que de mais importante rubricou foi a compra de dois submarinos à Alemanha. Custo real dos submarinos: cerca de 500 milhões de euros, custo real dos mesmos, mais de mil milhões de euros. Esta diferença deveria ser comtenplada por contrapartidas, que nunca ficaram insertas em compromissos selados. Um rol de corrupção que passa por toda a estrutura do aparelho de Estado: desde a Marinha até ao então Primeiro-Ministro Durão Barroso até à governação alemã. Com cumplicidades por todo o lado, incluindo judiciais.

Poderia fazer-se uma resenha mais profunda dos restantes. Mas, falemos somente nos "interesses próximos" de alguns.

O Ministro da Defesa Nacional, José Pedro Aguiar Branco, é um "grande" advogado do Porto - este grande é em volume de negócios. Pertence a uma empresa virada para o grande capital financeiro, industrial e comercial: desde os apoios aos bancos e finanças, passando pelos direitos comerciais, seguradoras e responsabilidade civil. Ou seja, os seus interesses são os de cima.

O Ministro da Administração Interna é Miguel Macedo. Outro "grande" advogado da região nortenha. Além de variegados cargos - tachos - no sector público desde vereador até secretário de Estado, passando por deputado, sempre em *part-time*. Os full-time estava noutro campo, a empresa de advogados de Macedo é "abrangente" nos serviços ao Capital.

Citemos somente uma parte da actividade: "Consultoria, Gestão de Empresas, Prestação de Serviços nas Áreas de Estratégia Empresarial, Orientação e Assistência Operacional a Empresas e Organizações, Objectivos e Políticas de Marketing, Gestão de Recursos Humanos e Actividades Complementares, Importação e Exportação de Bens e Serviços, Distribuição e Representação de Marcas, Bens e Serviços, de Âmbito Nacional e Internacional".

Agora é a vez da Ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz. Além de ter sido casada com o antigo Presidente do Conselho de Administração do BCP Paulo Teixeira da Cruz, de cujas actividades nunca se distanciou, a nova ministra está num dos principais grupos de advogados da nossa praça: F. Castelo Branco & Associados, onde coordena o Departamento de Direito Público, Administrativo e do Ambiente.

Convém agora referir um "jovem" político, que serve de "intermediário", há muito, em "facilitador de negócios". As palavras são dele. É o Ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas.

Tem uma licenciatura em Ciência Política e Relações Internacionais, na Universidade Lusófona. Brilhante, naturalmente.

Foi secretário-geral da Juventude Social Democrata, de 1987 a 1989, deputado à Assembleia da República, entre 1991 e 2009, presidente da Assembleia Municipal de Tomar, entre 1997 e 2009, presidente da Região de Turismo dos Templários, entre 2001 e 2002, secretário de Estado da Administração Local de Durão Barroso, entre 2002 e 2004, e secretário-geral do PSD, de 2004 e 2005, e, novamente, a partir de 2010. Brilhante, não é?

Como se licenciou, brilhantemente, permitiu-lhe tornar professor do "Ensino Superior"na disciplina de Marketing Político no Curso de Gestão de Marketing do Instituto Superior de Comunicação Empresarial (ISCEM).

Como facilitador foi - é é- carreirista na área da consultoria e gestão de empresas, sendo desde 2007 Administrador Executivo da Fineterc FINERTEC.
É um Grupo económico que - sustenta o próprio - ter como como principal actividade a produção de energia. Mas este é apenas o primeiro e maior capítulo da nossa história - assinala o *marketing da mesma empresa * enquanto protagonistas de relevo em diversos sectores produtivos, disseminados por Portugal, Angola, Cabo Verde, Guiné Equatorial, São Tomé e Príncipe, República do Congo (Brazzaville) e Moçambique.) (, Consultor da Euromedics e Consultor da Alert Life Sciences Computing.

Referenciemos agora o Ministro da Economia e do Emprego, Álvaro Santos Pereira. Também um teórico da economia capitalista. Pouco conhecido a não ser de um blog, que interresa ler até por aquilo que escreveu sobre o seu actual chefe Passos Coelho.

De onde veio? Vejamos. É docente na Simon Fraser University e professor visitante na University of British Columbia. Entre 2000 e 2004, ensinou no departamento de Economia da University of British Columbi. Entre 2004 e 2007, foi docente no departamento de Economia da Universidade de York, onde leccionou Economia Europeia e Desenvolvimento Económico.

Como surge no governo. Ele confessa. Catroga indiciou-o. Está tudo dito.

Ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território - Assunção Cristas.

Como ascende esta jovem ao governo e a tal pasta? Pensem no que exerce e no que fez.

É consultora jurídica na empresa de advogados Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva e Associados, desde 2010.

Foi assistente da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, entre 1997 e 1999, onde já era monitora, desde 1995.

Mas somente foi admitida na Ordem dos Advogados, em 1999.

Depois, em 2004 tornou-se professora convidada na Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa, onde apresentou a dissertação de doutoramento em Direito Privado, Transmissão contratual do direito de crédito. Do carácter real do direito de crédito. Prosseguiu a sua carreira como professora auxiliar, em 2005, e professora associada, em 2009. Brilhante não é?

Curioso: Foi assessora da Ministra da Justiça do XV Governo Constitucional, em 2002, e assumiu a direção do Gabinete de Política Legislativa e Planeamento, até 2005.

Interessa falar de um ministro em particular, o mais político dos que estão neste executivo: Nuno Crato, que convém analisar nas suas propostas políticas, mas desde já citar um passo do seu curricullum que está "esquecido" nas suas birgrafias actuais. Foi militante destacado do PC(R) e da UDP, antes e depois do 25 de Novembro de 1975. A sua actividade iremos referi-la mais tarde.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

AVENIDA DA LIBERDADE: REPAREM QUEM MANDA EM PORTUGAL.

Quem manda em Portugal?







Querem saber quem manda, realmente, em Portugal?






Vejam o que se passa na Avenida da Liberdade, em Lisboa, uma via pública, que durante três dias estará completamente congestionada ao trânsito, somente para que realize uma enorme promoção de propaganda do grupo SONAE, de Belmiro de Azevedo.






Inventa-se um "Mega Pic-Pic", sob a capa de "festa do campo" e de "divulgação dos produtos nacionais" e coloca-se em roda livre a campanha de marketing de um homem, que tem uma fortuna pessoal que ultrapassa os mil milhões de euros. Que não são taxados, nem contribuem para pagar a dívida que ele e os seus pares provocaram no país.






E claro tudo isto é feito com a cumplicidade, apoio directo e desfaçatez da Câmara Municipal de Lisboa, liderada pelo braço direito de Sócrates. Nada mais, nada menos que o inefável António Costa. Negócios privados, despesas e vícios públicos.






É a própria Câmara Municipal de Lisboa está a apelar a todos os automobilistas para que "evitem a utilização do eixo central do Marquês de Pombal-Restauradores nos dois sentidos".

"Apenas as laterais da Avenida da Liberdade servirão para o escoamento do tráfego, o que poderá significar demora na utilização destas vias", precisa um comunicado da autarquia.



E coloca a polícia pública ao serviço da causa privada.




"A divisão de trânsito da Polícia de Segurança Pública (PSP) estará no local para gerir as alterações da circulação e garantir as condições de segurança e fluidez viária".

sábado, 11 de junho de 2011

A CONFISSÃO DE GATES: A NATO CHEGOU AO FIM




O militarismo está a devorar a NATO, e, isto, acima de tudo, porque a capacidade militar está a ser, para os principais mentores daquela, em especial os Estados Unidos, o fim principal de toda a actividade política, económica e diplomática dos Estados e, de maneira evidente, dos seus principais decisores.


Isto vem a propósito de quê? De uma confissão e de uma crítica desabrida e sem sentido do Secretário da Defesa dos Estados Unidos, Robert Gates, feita na semana passada, na Bégica, sede ficticia do comando da organização (o real é Washington), numa reunião de altos responsáveis da NATO a propósito das participações "aliadas" nos últimos conflitos onde se enlamearam. Afeganistão, Iraque e Líbia.


O senhor Gates confesssa mesmo - dirigindo-se aos aliados europeus - que o "fracasso" da intervenção imperial na Líbia se devia à falta de empenho dos mesmos, que já vinha do Afeganistão. (Ele sabe que a Europa está desprezar cada vez mais a NATO, e, por tabela, o poder de Washington)


E acrescentou a verdadeira razão: investimentos insuficientes em novos recursos militares e na própria organização.


No discurso perante ministros dos 28 países-membros da organização, onde estava o português de saida Santos Silva, (que militou no MES em 1975, quando pensava que o poder pessoal poderia vir daí), o secretário de Defesa americano, Robert Gates, advertiu para o risco de "irrelevância" e de "triste futuro" para a NATO.


O senhor Gates fez outra confissão, esta de ter a orelha desperta: os EUA não poderão continuar a sustentar financeira e militarmente a NATO.


Ora aqui está a raiz da crítica e da verdadeira situação do governante norte-americano: Nós somos a NATO, queremos que os vassalos paguem impostos acrescidos.


Mas aqui é que está o cerne de toda a política imperial: o militarismo dos EUA não é produto da democracia, mas sim da sua premência em manter a supremacia económica. Ora, tal custa dinheiro, e o impulso constante para colocar a questão militar no centro de toda a atenção do seu Estado, os senhores de Washington criaram um "monstro", que é o corrupio da sua própria destruição.


A concorrência imperial que os EUA desencadearam depois da segunda grande guerra tendo como lema aceitável, então, um programa de destruição de entraves feudais e pré-capitalistas para fazer penetrar o modo de produção capitalista pró-ocidental em todo o mundo desapareceu, porque nestes 60 a 50 anos esse capitalismo tornou-se dominante em todo o Mundo, mesmo em países como a Chima e a Rússia.


Ora, essa concorrência, nos últimos vinte anos, adquiriu mais a expressão de luta entre Estados com o mesmo sistema (claro que em fases diferentes de desenvolvimento) que, por sua vez, viam (e vêem) na opção militar de Washington o desejo, único, de ocupação e supremacia. Ora, isto, obriga, por um lado, os EUA a gastar de maneira crescente cada vez mais dinheiro nas instituições castrenses, em detrimento da produção industrial interna própria, por outro leva os Estados concorrentes a armarem-se e a refinar a sua orientação castrense.


Isto justifica em grande parte o actual descalabro financeiro do Mundo.


Os EUA estão com uma dívida pública (oficial, a real é muito maior) de 14 biliões de dólares.


No próximo Outono, quando se discutir o Orçamento Federal dos EUA estes valores vão surgir à luz do dia. Na realidade, os EUA está, tecnicamente, na bancarrota.


Deverá ser altura para se contabilizar a hipótese de uma nova grande crise mundial. Só que desta vez, o centro está em Washington.


A crise financeira dos Estados Unidos de 2008 - que se estendeu depois a outras partes do Mundo - abriu um novo período de reeorientação na economia, na economia e na geo-estratégia global.


A União Europeia continua a ser a "alternativa" económica crescente para a decadência dos EUA. Naturalmente, poderá ser "palco de cenas imaginárias e talvez reais de guerras". A defesa do euro por parte da UE será um dos aspectos mais importantes para construir um baluarte para os tempos que se avizinham.


Mas, também, essa Europa terá de pensar em formas superiores de unidade política e militar.


E é nessa mesma Europa que se encontram os sectores mais avançados da consciência de uma nova construção societária.


Daí a critica do senhor Gates, o presentante político do sector financeiro e do complexo industrial militar de Wall Street.



terça-feira, 7 de junho de 2011

ANA GOMES: PAULO PORTAS FEZ MALFEITORIAS



















Quando o peixe não está no mercado









Quando uma deputada portuguesa do Parlamento Europeu, ainda que integrada um partido português que perdeu as eleições em Portugal, mas que está situada em comissões poderosas desse parlamento e muito bem informada, porque pertence ao "omipresente" e "omipotente" grupo diplomático, sustenta que o líder do CDS, que espera vir a ser o número dois do governo de Lisboa, acusa Paulo Portas de "malfeitorias" públicas e privadas as "antenas políticas e policiais" têm de agir com rapidez.


Ou é verdade ou pura mentira. O DILEMA tem de ser desfeito em três tempos. As acusações são graves e dificilmente escapam ao crvo de uma investigação policial ou parlamentar.


Por muitos paninhos quentes que sejam lançados para esconder o que se passa.


O que está em causa foi dito e está escrito:


"A eurodeputada Ana Gomes defendeu hoje em Estrasburgo a exclusão do líder do CDS-PP do próximo Governo, afirmando que está em causa a idoneidade pessoal e política” de Paulo Portas, e fez um paralelo com o sucedido a Dominique Strauss-Kahn.

“Penso que está em causa não obviamente a legitimidade politica do seu partido, CDS-PP, como resultou das eleições, em governar, em integrar a coligação governamental, mas do dr. Paulo Portas pessoalmente, por a sua idoneidade pessoal e política estarem em causa em face do seu comportamento em anteriores responsabilidades governamentais”, disse, apontando “o caso dos submarinos e outros casos”.

Falando em Estrasburgo à margem da sessão plenária do Parlamento Europeu, a eurodeputada socialista, quando confrontada com o facto de Paulo Portas nunca ter sido condenado judicialmente e não haver assim nada que o iniba de integrar o futuro Governo, respondeu que “também não havia nada que inibisse o senhor Dominique Strauss Kahn de ser diretor do FMI”.

“E, no entanto, toda a gente sabia que o senhor Dominique Strauss Kahn tinha comportamentos pessoais altamente reprováveis, que tinham repercussões na sua vida politica e profissional, e que poderiam ser comprometedores para o seu pais, que hoje passa por uma tremenda humilhação”, afirmou.


E ela sabe, tem de apresentar provas ou propor ao seu grupo parlamentar para que seja feitas investigações. Ou então, o sistema judicial português actual por antecipação.

Não há meios termos, nem desculpas de falsos pagadores.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

AS REDES DE PEDOFÍLIA SÃO ORGANIZADAS PELAS CLASSES DIRIGENTES




















1 - Sabem qual é o aspecto prático "benéfico" de uma "zanga" em família dos partidos da governação burguesa, após a derrota de umas das facções, é a denúncia dos vícios de depravações privadas das suas elites.

Eu espero que isso venha a acontecer em Portugal.

Eu tenho nas minhas memórias "coisas", mas não tenho provas documentais, mas sei que elas existem. Pode ser que agora se soltem e venham para a luz do dia. Desde a alta finança até à Igreja Católica.

Estou a referir-me em particular aos casos constantes e inerraráveis de pedofília.

Não estou a situar o caso isolado medonho do tio ou pai da barrraca que viola o filha ou filha pequena, falo nas redes organizadas e planeadas que estão "blindadas" pela imagem que os poderosos ainda pensam que têm. Compram a polícia e a magistratura. Ou melhor dizendo, dão-lhe migalhas que eles abocanham em nome da cumplicidade e das "carreiras".


Naturalmente, nada terá efeitos práticos se não houver uma auditoria profunda às polícias e aos tribunais.

Até agora apenas saltararam para as páginas controladas da comunicação social institucionalizada casos relativos a figuras relacionadas com o Partido Socialista. Alguém acredita que as redes se "enrolem" apenas no PS?


2 - Há dias, era notícia o seguinte em França: o Ministério Público francês abriu um inquérito a possíveis actos de pedofilia de um antigo ministro, depois de vagas alegações feitas pelo filósofo e antigo ministro da Educação Luc Ferry.

Num programa televisivo, Ferry afirmou que o antigo ministro, que não identificou, tinha sido apanhado numa orgia com jovens rapazes em Marrocos, e que fontes governamentais, incluindo um antigo primeiro-ministro, lhe tinham falado do incidente. O ex-ministro disse que não nomearia o antigo membro do Governo por ter medo de um processo por difamação.

Este é o mais recente escândalo sexual a abalar a França desde a prisão, em Nova Iorque, do antigo líder do FMI Dominique Strauss-Kahn. Neste domingo, o secretário de Estado encarregado da Função Pública de Sarkozi demitiu-se na sequência de alegações de assédio sexual por duas mulheres que já tinham trabalhado com ele.

O que estava por detrás do caso Kahn, não era apenas o alegado assédio, sim a prática desgarrada de vida sexual de toda a classe política e financeira de França, incluindo a própria mulher do ex-director do FMI: eram clientes habituais de casas de prostituição, que se disfarçam debaixo do nome inglês pomposo de swing. Sempre com o beneplácito da polícia e da magistratura.


3 - O primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, já deveria estar há muito tempo na prisão. Desde o escândalo da Loja Macónica P2/Banco Ambrosiano, de que foi personagem importante em tudo o que é corrupção, nepotismo e degradação humana. Claro que, então, não era figura de primeira água.


Mas foi sob a protecção da maçonaria pró-fascista e da Igreja Católica que Berlusconi continuou nos negócios e na política. Impunemente.


Berlusconi pratica orgias sado-masoquista, com menores, com a cumplicidade do aparelho de Estado, mas continua nas boas graças de Igreja Católica.


4- O relato que segue, não é da minha autoria. É retirado da revista ultra-conservadora brasileira Veja (31 de Maio de 20111).



"Duas strippers entram no palco e iniciam as suas performances. Decidem, então, homenagear o organizador da festa. Ele usa calças jeans, cinto branco, camisa rosa desabotoada até o umbigo e tem uma pele bronzeada. Trata-se de um francês, de mais ou menos 35 anos, que mora em Roma. As moças o envolvem em uma dança lasciva.

A cena descrita acima não aconteceu em uma das festas promovidas pelo primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi; e conhecidas como *bunga-bunga*.


É um excerto do livro Sex and the Vatican: Viaggio Segreto nel Regno dei Casti (Sexo e o Vaticano: Viagem Secreta ao Reino dos Castos, Piemme), do jornalista Carmelo Abbate, que acaba de ser lançado em cinco países - Bélgica, Canadá, França, Itália e Suíça - entre Abril e Maio deste ano.


O texto, que defende o fim do celibato dos hierarcas profissionais da Igreja Católica, traz uma nova visão sobre a sexualidade dos padres, bispos e cardeiais, especialmente em um momento em que eles são associados aos escândalos de pedofilia na Igreja Católica.

Nas palavras do autor, a noitada em Roma continua da seguinte maneira: +Há poucos dias esse francês celebrou a missa matinal da Basílica de São Pedro. No Vaticano. O francês não é o único padre presente na festa. Há um sacerdote italiano. Há um sacerdote alemão. Há um sacerdote brasileiro, jovem, alto e bonito+.



Os padres e o celibato - Em Sex and the Vatican¸ Abbate revela os segredos da vida nocturna romana, quando muitos dirigentes católicos (padres e bispos) se dirigem a clubes privados, saunas e casas de suas (ou seus) amantes. O livro é uma colectânea de depoimentos anónimos e cenas que o próprio Abbate presenciou enquanto investigava o tema. *Segundo minhas averiguações, a regra do celibato é ignorada por grande parte dos padres com o decorrer do tempo”, disse o autor ao site de VEJA.

Richard Sipe, especialista em saúde mental clínica que conduziu um estudo de 25 anos sobre o tema e se especializou no tratamento de padres católicos com transtornos mentais, confirmou que a conclusão de Abbate não vale só para o Vaticano.


Segundo a sua pesquisa, cerca de 25% dos padres americanos têm relações secretas com mulheres - e 30% são gays. Outros estudos mostraram que, na Alemanha, de um total de 18.000 presbíteros e outros hirarcas, pelo menos 6.000 têm relacionamentos ocultos. Na Áustria, são mais de 20% dos clérigos. No Brasil, 3.000 sacerdotes se encaixam nesse caso - alguns deles têm relações estáveis em sigilo, mas não abandonam a batina.

A tese que ele sustenta no seu livro é a de que a alta cúpula do Vaticano tem conhecimento destas transgressões. Mas faz vista grossa, contanto que não tenha de lidar com escândalos. “Além de não ser respeitada, a regra do celibato produz consequências terríveis, como abortos, esposas clandestinas e pessoas cheias de culpa”, diz o autor. “Não seria a hora de a Igreja mudar essa postura e prevenir que histórias assim continuem acontecendo?”.

5 - A Amnistia Internacional (AI) denunciou na passada sexta-feira, em Londres, o não cumprimento pelo Vaticano de obrigações internacionais em matéria de proteção das crianças, apesar do aumento cada vez maior de denúncias de casos de pedofilia sacerdotal em todo o mundo.

"A Santa Sé não cumpriu com todas as suas obrigações relativas à proteção da infância", escreveu a organização internacional no seu informe anual sobre o estado dos direitos humanos no mundo, no qual dedica pela primeira vez um capítulo a este pequeno Estado.

A Amnistia lamenta, em particular, que o Vaticano não tenha apresentado o informe que deve apresentar desde 1997 ao Comitê de Direitos da Criança, órgão que vela pelo cumprimento da Convenção dos Direitos da Criança, assim como outro sobre a Convenção da ONU contra a Tortura, previsto para 2003.

A organização assinala também "provas crescentes de abusos sexuais generalizados contra menores de idade cometidos pelo clero católico nas últimas décadas, e afirma que a Igreja Católica não lidou correctamente com estes crimes" em diversos países.

5- As redes de pedofília e pornografia infantil estão enraizadas nas classes altas.


Vejamos o relato feito pela BBC Brasil em Maio de 2011.



Um alemão de 32 anos foi preso e acusado de abusar dos próprios filhos em iates de luxo e de distribuir vídeos desses abusos através de uma rede de pornografia infantil pela internet.

A polícia de Mallorca, Espanha, descreveu o acusado, identificado apenas pelas iniciais H.J., como "milionário", e diz que ele usava na rede o apelido de “cool daddy”, algo como “pai porreiro”. Foi detido em Abril, segundo a polícia, com diversas gravações nas quais aparecia mantendo relações sexuais com menores de 3 a 9 anos.

A polícia disse que as gravações que circulavam pela internet eram feitas em camarotes de iates de luxo que navegavam pelo litoral Mediterrâneo.


(Ora estes iates eram frequentados pela mesma classe do milionário alemão!!!)

De acordo com a Brigada de Investigação Tecnológica da Polícia Nacional e4spanhola, o milionário não só abusava sexualmente de seus dois filhos biológicos, como também de outros dois menores.