segunda-feira, 14 de março de 2011

ARÁBIA SAUDITA OCUPA BAHREIN: UM PROBLEMA CALADO NA IMPRENSA DE CÁ


Claro que o bárbaro regime monárquico saudita é um modelo de democracia para os EUA




Mais de um milhar de soldados de élite da Arábia Saudita, que este país sustenta ser parte de uma "força comum" do Conselho de Cooperação do Golfo chegaram ao Bahrein, para dedender o poder interno do emir daquele país rico em petróleo e onde está sediado o comando norte-americano de ocupação do Médio-Oriente.

De imediato, a oposição do Bahrein considerou tal facto como "ocupação", seja qual for o estatuto inventado para a presença das forças sauditas.

Mais de um milhar de soldados sauditas que fazem parte da força comum do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG) chegaram ao Bahrein, confrontado com uma contestação social desde meados de Fevereiro.

“A força chegou ao Bahrein no domingo à noite”, afirmou um responsável saudita, que pediu para não ser identificado.

A oposição afirmou que irá considerar ”qualquer presença militar estrangeira” como “uma ocupação”, numa reacção a notícias segundo as quais tropas sauditas chegaram ao pequeno reino do Golfo.

“O povo do Bahrein enfrenta um perigo real, o de uma guerra contra os cidadãos do Bahrein sem que haja uma declaração de guerra”, sublinharam em comunicado os sete partidos da oposição, incluindo o xiita Wefaq.

“Consideramos a entrada de qualquer soldado, qualquer veículo militar no espaço terrestre, aéreo ou marítimo do reino do Bahrein como uma ocupação flagrante, uma conspiração contra o povo do Bahrein desarmado, e uma violação dos acordos e das convenções internacionais”, adianta o texto.

A oposição apelou à comunidade internacional para “assumir rapidamente as suas responsabilidades” e para “proteger o povo do Bahrein do perigo de uma intervenção militar”.

Mas claro, a chamada comunidade internacional está com o fito na Líbia.

A Arábia Saudita pertence ao bando imperialista ocidental, embora seja, formalmente, árabe.

Ora, isto acontece, precisamente, quando a Arábia Saudita lançou uma maciça operação de segurança já iniciada no final da semana passada, como forma intimidatória e repressiva para dissuadir os manifestantes de levar adiante o plano de celebrar um "Dia de Fúria" para pressionar a adopção de reformas democráticas no reino medieval.

Manifestações ilegais estavam previstas para o meio-dia, depois das orações desta sexta-feira, dia santo para os muçulmanos, mas enquanto as mesquitas se esvaziavam não havia sinais de manifestações e as forças de segurança controlavam postos de vigilância das principais vias em localizações chave de várias cidades. Todo o armamento era (e é) de origem ocidental.

Foram presos centenas de activistas, bem como dirigentes oposicionistas.

A Arábia Saudita, com cerca de um quarto das reservas de petróleo do mundo, é chave para a segurança ocidental no Oriente Médio e sinais de instabilidade no reino são nervosamente acompanhadas pelos Estados Unidos e por outras potências europeias.

Os ativistas pedem reformas amplas, como a adoção de um governo representativo, um poder judicial independente, a abolição da polícia secreta, a libertação de todos os prisioneiros políticos e garantia de liberdade de expressão.

Na área econômica, pedem um salário mínimo de 2.667 dólares e trabalho já que a taxa onde a taxa de desemprego é de 10,5% e atinge cerca de 30% na população com idades entre 20 e 29 anos.

A origem da inquietação deve-se, em parte, à distribuição desigual da riqueza derivada do petróleo, enquanto cerca de 40% da população vive em relativa pobreza.

Entretanto a Arábia Saudita arma-se com o apoio militante dos Estados Unidos, retirando este dinheiro da distribuição da riqueza pela população.

A Arábia Saudita vai adquirir 84 novos caças-bombardeiros F-15SA, assim como modernizar aproximadamente 70 F-15S para o mesmo padrão. Essa compra, de mais de 29 mil milhões de dólares, representa praticamente metade do que o país deverá gastar nos próximos cinco a dez anos em armas fornecidas pelos Estados Unidos, conforme notificação ao congresso dos EUA feita pela DSCA (Defense Security Cooperation Agency) no final do ano passado.

São 60 mil milhões de dólares no total, representando o maior acordo já feito pelos EUA para venda de armamento a um outro país.

Segundo reportagem da Arabian Aerospace, a Força Aérea do Reino da Arábia Saudita (RSAF) tem preferido um longo e, em geral, constante relacionamento com a norte-americana Boeing.
Por seu turno, a Raytheon informou no último dia 20 de Janeiro que assinou um contrato no valor de 475 milhões de dólares com o Reino da Arábia Saudita, referente a uma encomenda de armamento do modelo Paveway – kits que transformam bombas chamgadas de “burras” em munições guiadas de precisão.

Segundo o presidente da Raytheon Missile Systems, Taylor W. Lawrence, “esta venda é o mais recente capítulo co compromisso de quatro décadas de duração da Raytheon com o Reino da Arábia Saudita e com a segurança regional do Golfo Árabe.”

Ora, no meio de todo este rápido armamento, o Presidente dos Estadios Unidos pediram ao monarca da Arábia Saudita para enviar, rapidamente, armas de vários tipos aos rebeldes líbios, que se encontram em fase de retirada.

Curioso não é: os meios de comunicação social quase não dão relevo a toda estra tramóia.

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