quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

O PRÓXIMO HITLER PODE SER UMA MULHER














1 - A declaração que vou fazer pode parecer uma provocação, mas ela é, pura e simplesmente, uma constatação: uma mulher pode ser proximamente a figura política de Adolf Hitler.

Estou, neste caso, concreto a falar da secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton. De liberal na juventude, ela hoje é a personalidade radical que orienta a política externa, abertamente imperial dos Estados Unidos, e porque este país se encontra em fase decadente na sua economia, está a procurar, em termos políticos, fascizar a sua actividade como Nação, forçando a guerra abertas (por enquanto locais e regionais) cada vez mais prolongada e sangrentas, com invasões, ocupações, intromissões, descaradas e bestiais, nos assuntos internos dos países.

No fundo, tal como Hitler preconizou na sua ascensão ao poder que o seu objectivo era o "restabelecimento" da grandeza da Alemanha e, para isso, era preciso ir "procurar espaço vital" noutras regiões. Este espaço vital era, justamente, a ocupação ou invasão para dominar as matérias-primas essenciais (minerais, alimentares ou humanas) para a manutenção da "superioridade" da raça ariana.

Ora, a política actual dos EUA - visível há 30 anos, mas de maneira claramente evidente agora, até pela divulgação dos documentos *secretos* da sua acção no Iraque, Afeganistão e da sua própria diplomacia - tem, precisamente, esse mesmo objectivo: procurar "espaço vital" que sirva "os interesses nacionais" norte-americanos.

E a personalidade agressiva e incisiva da aplicação dessa política está concentrada nas mãos de Hillary Clinton. Ela, não tem pejo, em fomentar uma guerra de grandes dimensões.

Os documentos secretos e confidenciais da Administração norte-americana, divulgados pelo site "Wilileaks" revelam, sem qualquer imagem metafórica, que a actual secretária de Estado, Hillary Clinton, autorizou espionagem contra embaixadores e funcionários de topo da Organização das Nações Unidas (ONU), incluindo o secretário-geral da entidade, o sul-coreano Ban Ki-Moon, bem como de todas as Nações que lhe possam ser concorrentes no futuro, mesmo que agora sejam aliados, como a França, a Alemanha e o Reino Unido.

E essa espionagem não é para verificar se fulano dorme com a mulher do outro. É para combater toda e qualquer política que vá contra a a prática imperial de Washington.

Claro que quando digo que uma mulher pode ser o próximo Hitler, estou a fazê-lo porque a Clinton está, nitidamente, a preparar-se para suceder a Barack Obama.

Mas, também posso afirmar que o próximo Hitler pode ser um negro/mulato, como Obama, que persegue idêntica orientação política.

Ou seja, a fascização de um país, tanto pode fazer-se em nome da "supremacia da raça" ariana, como o fez o austríaco Hitler, em nome do Capital alemão, como em "nome dos interesses nacionais" de um país, na sua hegemonia capitalista, o podem vir a efectuar os inquilinos de Casa Branca de Washington, musculando o poder democrático, sejam eles a branca Clinton, o mulato de origem africana Obama ou outro candidato de origem sul-americana.

2 - Em segundo plano, mas devo registá-lo: a ascensão da mulher na carreira numa sociedade desigual não torna a mulher mais humana, mais igual.

Quando chega a esse lugar pode-se compará-la, normalmente, isso sim ao que de pior fazem os homens no exercício do poder, seja económico, político ou social.

A questão da igualdade de sexos no emprego é uma conquista; a questão de ascensão em cargos de responsabilidade política em submissão ao Capital pode representar, para a mulher, um retrocesso em termos ideológicos e morais.

As evidências estão, na realidade da vida: as Golda Meir, Margareth Tatcher, Indira Ghandi, Dilma Roussef e, naturalmente, Hillary Clinton.

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