sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

COMO TRABALHAM OS MONSTROS IMPERIAIS








A teia conspiradora e o exercício do terror





























































Dizem os propagandistas dos diferentes regimes políticos, aliados ou não dos Estados Unidos: as revelações do Wikileaks são inofensivas, não apresentam nada de novo, não trazem grandes problemas às relações diplomáticas e geo-estratégicas internacionais.


Na realidade, para os propagandistas, tudo isto era conhecido.

No seu cinismo e hipocrisia de detentores do poder, com divergências menores, políticas, face aos Estados Unidos, eles estão a ser sinceros (mas só por fora), nas entranhas removem-se, porque os documentos revelados têm a particularidade de serem em primeira mão e representarem o ponto de vista oficial, real, da superpotência face aos vassalos (naturalmente a sua subserviência) e estas revelações chegaram ao grandes público, ou seja àqueles que verdadeiramente eram desconhecedores de como as cobras, enguias e hienas do poder político e económico governam o Mundo, ou seja, os MONSTROS que são.

E, claro, esta denúncia atinge em cheio o "coração" da superpotência.
Verifica-se que ela trafica, conspira, mata e engendra todo o tipo de trapaças para encobrir os crimes dos poderosos. Os inofensivos telegramas do Departamento de Estado - que têm a assinatura dos embaixadores e da Secretária de Estado - são, no entanto, oficiais, não podem ser rebatidos.
Põe a nú o mundo sórdido que enxameia o poder político e económico dos Estados Unidos. Daí a sanha repressiva que se abate sobre a mero e vulgar "cabeça" visível de um site que tem a coragem de denunciar a tenebrosa "segurança nacional" pró-nazi (sim, não tenhamos medo das palavras, porque o nazismo, que começou pelo parlamento democrático, foi a forma sinistra e monstruosa com que o capital alemão se expandiou criminosamente pela Europa em nome "do espaço vital" ou a segurança nacional" fora de portas).

Vamos aos casos.


1- A farmacêutica Pfizer procurou obter informações comprometedoras acerca do antigo procurador-geral da Nigéria, Michael Aondoakaa, para evitar ser processada devido a um ensaio clínico que acabou por causar a morte de 11 crianças, de acordo com documentos diplomáticos norte-americanos, divulgados pela WikiLeaks.

O telegrama diplomático em que as pressões são referidas foi publicado pelo diário britânico “Guardian”, e nele se fica a saber que o responsável pela Pfizer na Nigéria, Enriço Liggeri, informou os responsáveis norte-americanos sobre a questão num encontro a 9 de Abril de 2009.

Segundo Liggeri, a Pfizer contratou investigadores para descobrir eventuais casos de corrupção ligados ao procurador-geral Michael Aondoakaa, de forma a pressioná-lo a abandonar o caso”, adiantou a AFP.

A Pfizer negou ter contratado alguém para investigar o procurador-geral nigeriano. Em Julho passado acabou por assinar com o Governo da Nigéria um acordo de 75 milhões de dólares relativo ao ensaio clínico de um medicamento para a meningite, Trovan, em 1996. O medicamento foi testado em 200 pessoas e 11 crianças acabaram por morrer.

Em comunicado, a Pfizer adiantou que negociou o acordo “de boa-fé”. Ou de "boa-morte".



2- A embaixada dos EUA em Tegucigalpa afirmou em uma mensagem diplomática enviada a Washington, pouco depois do golpe de Estado em Honduras, em Junho de 2009, que o presidente deposto Manuel Zelaya foi vítima de conspiração.

"A perspectiva da embaixada é de que não há dúvida que o exército, o Supremo Tribunal e o Congresso conspiraram no dia 28 de junho no que constituiu um golpe inconstitucional e ilegal contra o poder executivo", afirma uma das mensagens divulgadas pelo Wikileaks que aparece nesta segunda-feira na página dos jornais The New York Times e El País.

A mensagem redigida pelo embaixador norte-americano em Tegucigalpa, Hugo Llorens, destaca que, independentemente dos méritos de um caso contra Zelaya, a tomada do poder por parte de Roberto Micheletti, que ocupou a presidência após o golpe, foi "ilegítima".

Segundo a mensagem, "nenhum" dos argumentos para justificar o afastamento de Zelaya gozavam de "validade substancial" segundo a Constituição hondurenha.

O diplomata vai além ao afirmar que alguns dos argumentos para justificar o golpe foram "abertamente falsos" e outros "simples suposições".

Os EUA condenaram, em palavras, o golpe de Estado em Honduras, mas a Administração Obama impediu sempre que os golpistas fossem apeados do poder, pois receberam o apoio directo de Washington, através das tropas norte-americanas estacionadas naquele país.
Apoiaram,, depois, umas eleições fantoches, em Novembro de 2009, que nunca foram reconhecidas até agora pelos restantes países sul-americanos, e impuserem um homem da sua confiança, Porfírio Lobo.

3 - Liberdade de liberdade, liberdade de comércio, liberdade de circulação de dinheiro. Tudo balelas na boca das autoridades norte-americanas quando está em causa a sua própria política.

Repare-se como actuam os monstros. Por iniciativa dos EUA - e naturalmente dos seus acólitos na Europa e no Mundo -, governos e empresas estão a efectuar uma verdadeira "caça virtual" e real, com a prisão do principal responsável do Wikileaks (mas não dos grandes jornais e televisões, que, claro, são pertença das empresas, aos servidores do site Wikileaks. Como?
Pelo estrangulamento financeiro, pelas vias obscuras judiciais, pela chamada contra-informação, pela cumplicidade do sector dominante do jornalismo.

Na tentativa de silenciar o Wikileaks, –site responsável pelo vazamento de mais de 250 mil telegramas da diplomacia internacional– governos e empresas do mundo inteiro empreenderam uma verdadeira “caça virtual” aos servidores do projeto idealizado pelo jornalista e activista australiano Julian Assange. A pressão, que partiu principalmente dos EUA, também buscou o sufoco financeiro da organização.

"Cancelamos a conta do WikiLeaks porque o governo dos EUA disse que era ilegal", confirma a firma PayPal, que serve de intermediária nos pagamentos da net ao site.

Contudo, nao ficou esclarecido que tipo de legislaçao o WikiLeaks estaria na ilegalidadede.

Igualmente, as empresas Mastercard e Visa cortaram a movimentação de dinheiro para o site, através de doações.

3 - Os grandes assassinos em série saõ os políticos de topo norte-americanos e os seus servidores do jornalismo.

Jonah Goldberg, colaborador da National Review, uma grande publicação norte-americana, com larga audîência, pediu na sua coluna publicada numa rede de jornais: "Porque Assange não foi estrangulado no seu quarto de hotel anos atrás?".

A candidata à vice-presidência dos EUA e ex-governadora do Alasca, Sarah Palin, e uma das líderes de um grupo de extrema-direita, o Tea Party, que se movimenta, com influência paga e influenciada por políticos e capitalistas do país, afirmou que deseja que Assange seja perseguido e trazido à justiça, argumentando: "Ele é um operacional anti-americano com sangue nas suas mãos".

4 - A preparação para o reino do Terror, até para os estrangeiros, pois Assange é australiano.

O procurador-geral norte-americano, Eric Holder, anunciou que o Departamento da Justiça e o Pentágono conduzem "uma activa investigação criminal agora em curso" quanto à mais recente fuga de documentos publicados por Assange utilizando para o efeito da Lei de Espionagem de Washington.

Inquirido sobre como os EUA podiam processar Assange, um cidadão não americano, Holder declarou: "Deixe-me ser claro. Isto não é preparação para combate" e prometeu "fechar rapidamente as lacunas na atual legislação dos EUA..."

Por outras palavras, o estatuto da espionagem está sendo escrito reescrito para atingir Assange e a curto prazo. Claro que Holder não fazia estas declarações, sem a concordância do Presidente Barack Obama, o tal democrata abraçado por todos os liberais.


5 - Forjaram tudo para atingir os fins. Desacreditar, denegrir, quem ousa por em causa a chama do Império.

Depois de divulgar o que se passa no Iraque e no Afeganistão, o site Wikileaks mostrou a verdadeira face da ocupação neocolonial e cruel daqueles países.

A táctica dos norte-americanos hoje é desacreditar o elo mais fraco. Como com uma campanha de moralidade. Julian Assange dormiu com duas suecas, que o "engataram" no país. Caiu, talvez na esparrela.

Quando começam a surgir as revelações do Wikileaks. Essas duas suecas, maduras, que levaram o homem - elas confirmam-no - para a cama, afirmando, tempos depois, que foram violadas. Prestimosamente, uma procuradora do Ministério Público manda reabrir, há dias o caso, depois de ter sido arquivado há meses por outra procuradora.

O director da Rádio Caracol, da Colómbia, descreve-as: "Anna Ardin - a acusadora oficial - nasceu em Cuba e escreve artigos contra Fidel Castro e o seu país de origem em publicações financiadas com dólares do contribuinte norte-americano, através de grupos cubano-americanos apoiados em Miami pela CIA, enquanto a sua sócia, Sofia Wilen, de 26 anos, montou a Assange conhecido um engate tipo «meias de rockeira» para o levar para a cama, para depois ser a primeira a acusá-lo de violação, aparentemente como vingança pelo facto de o responsável da Wikileaks não lhe ter *telefonado no dia seguinte*.

Versões divulgadas em vários sites assinalam que a segunda acusadora Sofia Wilen é amiga de Anna. Num vídeo, entretanto retirado da circulação, de uma conferência de imprensa de Assange dada na Suécia podem ser vistas as duas mulheres juntas.

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