quarta-feira, 13 de outubro de 2010

O PAPA CAPITALISTA SUSTENTA QUE É UMA AMEAÇA

















Estava, há dias, em Itália, e ouvi, na televisão local, que o Chefe da Igreja Católica Romana, o alemão Ratzinger, que na simbologia daquela estrutura religiosa, se intitula seu Pontifíce Máximo, tal como os Imperadores romanos, com o cognome de Bento XVI, afirmava, com a maior das canduras, que o capitalismo é uma ameaça para o mundo.

"Achamos que as potências do mundo moderno, os capitais anónimos que escravizam os homens (...) são um poder destrutivo, que ameaça o planeta", sem qualquer esgar de riso, proferiu estas palavras o Papa Bento XVI, na passada segunda-feira, na abertura de uma reunião religiosa católica, que apelidou de Sínodo de Bispos sobre o Oriente Médio.

Claro que me ri: minutos antes tinha feito um levantamento numa caixa de multibanco duma sucursal bancária de um dos principais estabelecimentos financeiros, pertencentes ao Vaticano: o Banco Popolare.

É preciso ter lata. Pensei. Mas a realidade é mesmo essa: o Papa Bento XVI é o líder do maior sistema financeiro mundial, juntamente com os capitalistas judeus. Ele, que é o chefe de fila dos especuladores financeiros, atreve-se a fazer tais afirmações. Pior cinismo, não há.

E estas declarações seguem-se depois da justiça italiana colocar em investigação Ettore Gotti Tedeschi, Presidente do Conselho de Administrção do Banco do Vaticano (IOR - Instituto para as Obras Religiosas) por branqueamento e lavagem de dinheiro.
Ora, Tedeschi foi nomeado para o cargo pelo Papa Ratzinger.

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