quinta-feira, 30 de setembro de 2010

COMEÇA A DESTABILIZAÇÃO NA AMÉRICA DO SUL











Estarão de volta os Pinochets?






A propósito de reivindicações laborais, forças especiais da polícia e das Forças Armadas do Equador puseram em marcha um plano de golpe de Estado para derrubar o Chefe de Estado eleito do país.

Os principais países sul-americanos convocaram de emergência uma reunião da Organização dos Estados Americanos (OEA). Após insistência de alguns dos delegados, a representante dos EUA, Carmem Lomellin, afirmou que o seu país está contra os golpistas, mas insistiu que o Presidente eleito deve dialogar com os rebelados, ou seja, com a parte que os norte-americanos desejam.

Curiosa é a posição da Secretaria de Estado dos Estados Unidos, tão lesta a criticar qualquer atitude daqueles que se lhe opõem, apenas fizeram saber que Washington "acompanha de perto a situaçõ". Todos sabemos que eles estão a acompanhar e de perto.

O Presidente da Bolívia, Evo Morales, sustenta, mesmo, que os EUA estão por detrás do golpe.
Se repararem este levantamento militar no Equador, segue-se às eleições ocorridas, democraticamente, na Venezuela, onde a oposição teve a total liberdade de se exprimir e de comentar, por vezes, capciosamente o que se passava no país. É natural que o regime de Chavez, que segue as orientações económicas para o país semelhantes às dos EUA, mas não aceita a "tutela" ou "protectorado" da Administração norte-americana, tenha sofrido um desgaste eleitoral, mas ganhou, legal e democraticamente, as eleições no país. Pois, até agora Washington ainda não reconhceu a realidade.

O que é real é a documentação privinda de Washington que, há alguns meses foi desclassificada e que prova o que se passa com a intromissão norte-americana nos assuntos internos dos países.

Retiramos da imprensa sul-americana de Junho passado (Um aparte pouco relevo teve nos grandes meios de comunicação europeus e mesmo dos Estados Unidos).

Referem esses jornais que documentos recentemente desclassificados (Junho de 2010) do Departamento de Estado dos Estados Unidos através da Lei de Acesso à Informação (FOIA, por suas siglas em inglês) revelam qie mais de 4 milhões de dólares do governo dos EUA foram remetidos para a Venezuela para financiara meios de comunicação social e jornalistas venezuelanos durante os últimos anos.

O financiamento provem directamente do Departamento de Estado através de três entidades públicas do país: a Fundação Panamericana para o Desenvolvimento (PADF, por suas siglas em inglês), Freedom House e pela Agência de Desenvolvimento Internacional dos Estados Unidos (USAID).

Nos documentos que colocou o rótulo de desclassificado, o Departamento de Estado censurou, no entanto, a maioria dos nomes das organizações e dos jornalistas que receberam os subsídios.
Um documento datado de julho de 2008 registou, no entanto, os nomes das principais organizações venezuelanas recebendo os fundos: Espaço Público e Instituto de Imprensa e Sociedade (IPYS).

Espaço Público e IPYS são as entidades que se encarregam de coordenar a distribuição dos fundos e os projectos do Departamento de Estado com os meios de comunicação privados e jornalistas venezuelanos.

Os jornais explanam depois como se fazem as operações, e elas podem ser consultadas na NET.

Há cerca de um ano, o regime de Evo Morales foi alvo de uma tentativa de destalibização política, depois de ter anunciado a nacionalização dos recursos minerais do país, especialmente o gás e o petróleo.

Estão de volta os velhos métodos dos anos 50 e 60 do século passado.

Já agora uma pequena nota final, os EUA, nem uma referência fizeram à vantagem, até agora, substancial da candidata presidencial do Brasil, Dilma Roussef, apoiada pelo Presidente Lula da Silva, que, apesar de ter sido uma das promotoras da expansão do capitalismo no Brasil no mandato daquele, tem no entanto reticências à presença norte-americana na vida interna brasileira.


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