quinta-feira, 5 de agosto de 2010

PODEM OS RESÌDUOS TRAMAR OS POLÍTICOS?


Quando um simples negócios de recolha de resíduos, envolvidos na especulação financeira norte-americana tramou uma pequena cidade, segundo a revista Times







A revista "Visão", de hoje, traz uma interessante reportagem, traduzida da sua homóloga norte-americana "Time", que titula "Como a Goldman Sachs tramou uma cidade".

O objectivo da reportagem é descrever como o capitalismo financeiro norte-americano, neste caso através da multinacional Goldman Sachs, propriedade do lobby judeu norte-americano, engendrou todo o processo de especulação financeira em torno do capital de risco improdutivo, vindo a atingir, no caso em apreço, uma pequena vilória chamada Cedar Rapids, no Iowa, com uma empresa de recolha de resíduos sólidos.

Ora, segundo a revista, a falência de uma empresa alemã, que estava em parceria com a Goldman, devido ao descalabro do cumprimento das obrigações sobre hipotecas, vai levar os habitantes de Cedars Rapids a pagarem taxas suplementares para a recolha de lixo na vila, sem terem qualquer responsabilidade no sucedido. (Estão a pensar nisso: não há presos nos altos executivos da Goldman...)

Por detrás de toda a estratégia da especulação financeira fraudulenta deste caso, desde o seu início, está um grande gestor de fundos que trabalhava com a Goldman. Chama-se John Paulson, que, por acaso, também é judeu.

Em 2007, a revista Alpha Magazine publicava uma lista dos gestores de fundos que ganharam mais nesse ano. O primeiro da lista, e, provavelmente, o primeiro na história de Wall Street, era John Paulson que ganhou o rendimento astronómico de 3.7 mil milhões de dólares. E foi simplesmente graças à crise dos subprime (fundo especulativos)!

Qual a razão desta pequena introdução?

O negócios dos resíduos em Portugal.

É um sector de mercado que está, aparentemente, em expansão há quase 10 anos.

Quem é uma das principais empresas (o grupo maioritário) que se está a expandir com larga repercussão na privatização da recolha e tratamento de lixos nas autarquias?.

Nada mais, nada menos que um grupo apelidado de Fomentinvest, cujo testa de ferro é o ex-ministro de Cavaco Silva e ex-dirigente do PSD Ângelo Correia. Ora, este grupo não é autónomo, está intimamente ligado ao capital financeiro português, com destaque para o BES, BANIF, Ilídio Pinho, Banif, Amorim, BCP e CGD.

Não há indicações concretas de negócios obscuros, mas existem fortes rumores. Di-lo a grande imprensa

O que nos leva a referir tudo isto:

O homem elevado a lider do PSD, Passos Coelho, está ligado ao grupo e apareceu sob a orientação de Ângelo Correia.

Cito de uma anterior mensagem: "Faz estágio como gestor, e, em 2004, ingressa, como director financeiro, no Grupo Fomentinvest (2004-2006), tornando-se num dos braços direitos do ex-ministro Ângelo Correia. Passou a membro da Comissão Executiva (2007-2010), funções que acumulou com as de presidente do Conselho de Administração da HLCTejo (2007-2009)".

Mas esse alerta de negócios tidos como obscuros, ou, sendo mais simpático, apenas simples rumores, não é uma chamada de atenção minha. Está inserida numa extensa reportagem surgida em Fevereiro na revista Sábado

Transcrevo para que conste: "As empresas de resíduos do grupo Fomentinvest, onde Pedro Passos Coelho desempenha responsabilidades de gestão directa, têm como sócios figuras envolvidas em escândalos financeiros: os construtores Irmãos Cavaco, acusados de burla qualificada no caso BPN e Horácio Luís de Carvalho, que está a ser julgado por corrupção e branqueamento de capitais no processo do aterro da Cova da Beira".

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