sábado, 14 de agosto de 2010

IRAQUE/EUA: O QUE DIZEM OS DE DENTROS E O QUE AFIRMAM OS QUE QUEREM SAIR
















O general iarquiano e os soldados afegãos nos seus labirintos






A Administração norte-americana sustenta, com os olhos fechados, que tudo corre às mil maravilhas no Iraque.

De tal modo, que a autoridade suprema política de Washington, Barack Obama, acolitada pelos conselheiros que a cercam, jura a pés juntos que os norte-americanos vão sair do país em Agosto e que os soldados iraquianos, sem capacidade, nem ânimo, os vão substitur sem qualquer desmebramento da estrutura política fantoche, cuja argamassa é o dinheiro e os soldados dos Estados Unidos.

Mas, vejamos quando se abre os olhos, a realidade é outra. São os próprios soldados do Iraque que desmentem o "reverendo" Obama.

E não são soldados do mais baixo escalão. É o general que os EUA indicaram para comandante supremo das Forças Armadas Iraquianas.

Eis, o relato de imprensa internacional.

"O comandante das Forças Armadas iraquianas afirmou, quinta-feira, que o Exército do Iraque não está preparado para ocupar o luigar das tropas norte-americanas em retirada nos finais de 2011.

"Segundo o general Babakir Zebari, o melhor para os iraquianos - e estes iraquianos são os beneficiários do actual poder de ocupação - é que os Estados Unidos mantenham os seus soldados no país por pelo menos mais dez anos".

"Neste momento, a retirada (das frentes) ainda vai bem porque os norte-americanos estão aqui", disse Zebari, em entrevista à France Presse.

"O problema será a partir de 2011. Se me fosse perguntado sobre a retirada, diria aos políticos (iraquianos) que as forças dos EUA devem permanecer até que o Exército do Iraque esteja completamente preparado, em 2020", sublinhou o general, confessando que, na prática, não existe Exército unificado iraquiano.

Então como é? Estão os EUA a ocupar o território desde 2002 e ainda não conseguiram formar um Exército no Iraque?

Actualmente, segundo os dados das forças de ocupação, as forças de segurança iraquianas contam com 400 mil policiais e 220 mil soldados. Será verdade? Ou são soldadinhos de chumbo!!!

Eis o ponto de vista, de olhos fechados, de um general norte-americano, que é muito valente, mas está mortinho por vir as costas rumo a casa, fazendo lembrar os generais portugueses de 1974, que sustentavam que tinham a guerra ganham em Angola, Moçambique e na Guiné.

Voltemos ao grande oficial-general norte-americano.

"O general norte-americano Steve Lanza afirmou que, no momento, as forças iraquianas são capazes de garantir a segurança interna. "O Iraque está rapidamente a desenvolver a capacidade para se defender de ameaças externas", disse Lanza.

O responsável militar norte-americano admitiu, porém, que ainda há muito trabalho a ser feito até o fim da missão dos EUA no país, em dezembro de 2011.

Mas, fixemo-mos nas palavras da Casas Branca. Retiramos os resquícios da imprensa.

O exército americano cumprirá o plano de finalização da missão de combate no Iraque no final do mês", declarou na quarta-feira o porta-voz da Casa Branca, no final de uma reunião entre o presidente Barack Obama e altos dirigentes encarregados da situação no país.

"Estamos cumprindo o prazo para concluir nossa missão de combate" no Iraque, declarou o porta-voz, Robert Gibbs, durante uma conferência imprensa diária.

Obama reuniu na manhã de quarta-feira com os seus conselheiros de segurança nacional, civis e militares, para discutir a situação no Iraque, a menos de três semanas da data prevista para a retirada, e quando o país ainda não tem um governo, cinco meses depois das eleições legislativas.

O exército americano, que contabiliza actualmente cerca de 64 mil homens no Iraque, deve terminar sua missão de combate no dia 31 de agosto, conforme o cronograma anunciado pelo presidente Obama logo após sua posse, no início de 2009.

Mas claro, a expressão "nossa missão de combate" não quer dizer que saiam do país, a menos que sejam postos na rua. E esta interpretação parece ser a que o general "transcreveu" na sua mensagem. Se sairem da frente do combate, vão ter de abandonar o país, possivelmente pelo Kuwait. Aliás, por onde entraram.

Ora, os 50 mil militares americanos que permanecerão no país após essa data, especialmente para formar o exército iraquiano, deverão sair até o final de 2011.

Para acabar respiguemos esta reportagem do jornal "New York Times" no Afeganistão.

A tradução é retirada da imprensa brasileira, que lhe deu destaque e antes de expor o comentário do periódico norte-americano tece as suas considerações.

"Em operação que ainda perdura ao leste de Cabul e destinada a mostrar a suposta preparação do Afeganistão na luta contra a insurgência talibã, o Exército daquele país asiático está a demonstrar que está longe de conseguir manter-se sozinho na frente de combate.

"Juntando este alerta à preocupante situação no Iraque - na sexta-feira o principal general daquele país afirmou que seu Exército não será capaz de garantir a segurança antes de 2020 -, a fraqueza das tropas afegãs levanta dúvidas sobre a autonomia millitar do país após o início da retirada das forças norte-americanas no ano que vem.

Agora cita-se o NYT.

"Num raro e longo editorial, o jornal "New York Times" pôs em questão, na sexta-feira, o possível fracasso da missão dos Estados Unidos contra os Talibãs.

"A ambiciosa operação militar teve início no dia 3 deste mês. O que deveria tornar-se numa brilhante acção - na qual soldados mostrariam a sua capacidade de liderança -, transformou-se numa situação embaraçosa.

"Membros dos Talibãs armaram uma emboscada às tropas afegãs numa região remota, e os soldados precisaram pedir auxílio às forças francesa e americana da Otan (NATO) para resgatá-los. Os combates continuam e são tão intensos que a Cruz Vermelha não conseguiu chegar à área para remover mortos e feridos.

"A supostamente extraordinária acção não foi coordenada antecipadamente com as forças da Otan, e não incluía tropas da coligação ou apoio aéreo. Os afegãos pediram ajuda após a morte de dez soldados e a captura (por parte do inimigo) de mais de 20 militares em apenas nove dias.

" Há muito a aprender aqui - disse um oficial americano, que falou ao "New York Times" sob condição de anonimato porque a operação ainda continuava em andamento.

O Exército do Afeganistão tem hoje 134 mil soldados e, na quarta-feira, o novo comandante americano - general David Petraeus - elogiou o governo afegão por atingir esta meta com três meses de antecedência.

"Mesmo assim, o Exército afegão muito poucas operações consegue efectuar por iniciativa própria, especialmente as grandes.

"A situação no país agrava-se no momento em que os EUA preparam uma estratégia para começar a retirar suas tropas do Afeganistão, prevista para o próximo ano.

"De acordo com o editorial publicado no "New York Times", há poucas oportunidades de sucesso no Afeganistão por causa da fraqueza militar do país, da corrupção em Cabul, do jogo duplo paquistanês e, finalmente, por conta do baixíssimo investimento do governo (George W.) Bush nas tropas, além da ausência de atenção à guerra mais longa da História dos Estados Unidos".

São eles que o dizem: O NYT é propriedade do lobby judeu norte-americano.

Sem comentários:

Enviar um comentário