quinta-feira, 17 de junho de 2010

A SOCIEDADE COMERCIAL E FINANCEIRA CHAMDA VATICANO






















Qual a razão porque um prelado, altamente considerado na Cúria Romana, decide desmascará-la?









Deram-me há dias, com presente, um livro, recentemente editado em Portugal, pela Editorial Presença, com um nome sugestivo "Vaticano S.A".

É escrito por um jornalista de Itália, natural de Milão, nascido em 1969, que colaborou com vários diários italiano e, actualmente, é correspondente especial da revista Panorama.

O essencial do seus escritos é um espólio documental de um obscuro, para nós, hierarca da Igreja Católica Romana, monsenhor Renato Dardozzi, que, na sua discrição, foi, desde 1974 até finais do século XX, conselheiro das figuras mais importantes na gestão do banco central da Igreja, o IOR.

No final da sua vida, tal como assinala o guião de informação inserto no livro, Dardozzi determinou que o arquivo que ele próprio elaborou, com todos os processos que acompanhou, se tornasse público.

Segundo esse guião, Vaticano, SA contém o essencial das informações recolhidas por este prelado, sendo um documento de grande interesse histórico que expõe a frenética a actividade da Igreja, durante duas décadas, visando, sob a capa de obras de caridade, secretíssimas manipulações políticas, subornos, pagamentos a políticos corruptos e elementos da Máfia, e até mesmo um elaborado sistema de lavagem de dinheiros: um paraíso fiscal inexpugnável em plena cidade de Roma.

Irei pronunciar-me, mais tarde, sobre o conteúdo deste livro, porque uma pergunta me atormenta: qual a razão porque o prelado decidiu tornar público tal acervo, que desmacara toda a actividade religiosa da Igreja Católica Apostólica Romana?

Sem comentários:

Enviar um comentário