quinta-feira, 13 de maio de 2010

A aliança PS/PSD: O PODER POLÍTICO DO CAPITAL FINANCEIRO












Os banqueiros internacionais, em particular os especuladores de Wall Street, lançaram, nos últimos 15 dias, a ameaça da bancarrota sobre as economias europeias, recusando ou então limitando os empréstimos, se não houvesse condições mais favoráveis para as suas traficâncias.
Em lugar de enfrentar essa arrogência, com a arma da economia, do poder económico, contra-atacando o poder da especulação, com o controlo dos off-shores, aplicando impostos à alta finança, o poder político dominante europeu apanicou-se. Recuou.
Os seus confrades europeus, onde, no caso português, se destaca esse inefável Vitor Constâncio, que para manter as prebendas, agora aumentadas na alta roda bancária europeia, logo fizeram coro sustentando que novas taxas, novos cortes nos salários, novas restrições ao bem-estar social teriam de aplicados para "garantir" que a economia da classe dominante seja mantida, sem beliscar a sua riqueza.
O Presidente da República, Cavaco Silva, que se instituiu como "casa de aconchego" da especulação financeira, recebendo em audiência os antigos ministros das Finanças, onde ele se inclui, responsáveis directos, ao longo de décadas, pelo desperdício de dinheiros públicos em obras faraónicas de fachada, em concursos públicos desastrosos para as finanças públicas, em vigarices e subornos de todo o tipo a favor de empresas e capitalistas de que agora são administradores ou gestores de negócios, obrigou os lideres dos dois principais partidos do regime, PS, com Sócrates, (que está formalmente no governo) e PSD, com Passos Coelho (que se ofereceo para ser co-governante, mas, em tom lamentoso, se afirma de oposição balofa).
Esta tríade - sustentáculo político no momento do actual regime - é a gestora no terreno dessa sociedade accionista capitalista que domina a política dos negócios em Portugal.
Em conchavo, quase secreto, à revelia da mínima transparência, deitando para trás das costas juramentos eleitorais, decretaram aumentos generalizados dos impostos sobre os mais desfavorecidos, com aumentos do IVA para todas as categorais de produtos, incluindo os bens essenciais, lançaram novas taxas sobre os salários, que já estão congelados - e em arremedo de populismo lançam o aumento de 2,4 sobre o IRC das grandes fortunas, bem como um decréscimo de cinco por cemto sobre os salários dos titulares de cargos públicos, como se isso provocasse qualquer mossa a quem podem aumentar as comparticipações adicionais aos salários já de si elevados (ou seja tira-se 5% no salário, mas dá-se 10 por cento nas ajudas de custa. Demagogia barata).
Mas claro não se mexe no imposto de 13 por cento da banca, quando a legal deveria ser no mínimo de 25 por cento. Foi com essa taxa que a banca - os cinco maiores bancos: BES, BCP, CGD, BPI e Santader, arrecadou, em 2009, 1.724 milhões de euros em lucros líquidos. Uma barbaridade para quem é espoliado.

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